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Turismo regional em grupo é opção nos EUA no meio da pandemia

As empresas do setor estão compensando os prejuízos provocados pela pandemia com viagens domésticas, principalmente aos parques nacionais dos Estados Unidos

Rio Yellowstone em Livingston, nos Estados Unidos (William Campbell/Getty Images)
DS

Daniel Salles

Publicado em 7 de setembro de 2020 às 09h00.

Última atualização em 7 de setembro de 2020 às 10h45.

Depois de várias viagens com a empresa de turismo Mango Africa Safaris, incluindo uma personalizada para Madagascar no ano passado, Irene Bowers e David Register ficaram intrigados com um boletim que receberam por e-mail com um convite para uma experiência de viagem em grupo perto de casa. A pandemia havia frustrado outros planos de viagens mais distantes do casal aposentado do Oregon, então eles decidiram entrar no carro e dirigir até Montana para um “safari” no rio Yellowstone.

Na viagem, feita em agosto, eles avistaram ursos pardos e lobos pretos e cinzentos. Além disso, fizeram rafting no rio com nove estranhos e alguns guias.

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Estes são tempos difíceis para os operadores de turismo em grupo que atendem ao público americano. Alguns encerraram as atividades, pelo menos até o outono no país. Aqueles que persistiram, experimentam perdas anuais de 40% a 90%, de acordo com pesquisa com 590 operadores de turismo feita pela WeTravel.com. As empresas estão compensando a diferença por meio de viagens domésticas, principalmente aos parques nacionais dos Estados Unidos. Para a coproprietária da Mango, Teresa Sullivan, essa estratégia reduziu o prejuízo do ano, de 90% para 78%.

Por pior que possa parecer, é bom sinal que as viagens em grupo não tenham sido totalmente interrompidas no momento atual, visto que a maioria foi cancelada pela pandemia. Por outro lado, este tipo de negócio poderia ter uma vantagem sobre o resto do setor de viagens e cruzeiros por causa das precauções extremas que exigem e a ênfase da categoria em aventuras ao ar livre.

O casal aposentado e todos os seus companheiros de viagem, por exemplo, foram obrigados a fazer os testes do Covid-19 antes da viagem, uma tática que algumas linhas de cruzeiro também estão usando. Eles também tiveram que praticar o distanciamento social e usar máscaras sempre que não pudessem ficar distantes uns dos outros. O casal pagou adicionalmente por banheiro privativo, mesa de jantar e veículo com motorista; as opções padrão agruparam os viajantes em até sete pessoas. Ainda assim, eles gostaram da camaradagem.

“Depois do jantar, sempre havia uma boa fogueira acesa, e as pessoas podiam conversar noite adentro enquanto as estrelas e uma linda lua cheia apareciam no céu”, diz Register. “Nossos amigos e familiares nos apoiaram muito - e talvez tenham ficado com um pouco de inveja”.

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