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Rodrigo Santoro lança 'Heleno' nos EUA

''Heleno foi um personagem muito importante na história do futebol brasileiro'', declarou o ator

Filme "Heleno": O astro brasileiro acrescentou que o único membro de sua família que lembrava de Heleno era seu avô (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 18h13.

Nova York - O jogador Heleno de Freitas, uma lenda do futebol brasileiro da década de 1940 que caiu no esquecimento, voltou a brilhar na pele do ator Rodrigo Santoro em um filme que já deixou sua marca na salas brasileiras e estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos.

''Heleno foi um personagem muito importante na história do futebol brasileiro, parte de nosso patrimônio, mas sua história se perdeu no tempo, por isso é uma honra poder recuperá-la para minha geração, e inclusive para a do meu pai'', declarou Santoro nesta quinta-feira à Agência Efe.

Por isso, o filme ''Heleno'', dirigido por José Henrique Fonseca, que estreou em março deste ano no Brasil e que chega amanhã aos cinemas de Nova York, Miami e Los Angeles, tenta resgatar a figura deste jogador (1920-1959) que, mais que um simples atleta, era também um ''ator'', segundo Santoro.

O astro brasileiro acrescentou que o único membro de sua família que lembrava de Heleno era seu avô, já que essa foi a geração que presenciou a fulgurante carreira deste jogador que defendeu o Botafogo e que morreu de sífilis aos 39 anos, para depois cair pouco a pouco no esquecimento.

Santoro descreveu como Fonseca lhe falou da biografia de Heleno, após o que começaram a investigar e entrevistar pessoas anos que o viram jogar. Este trabalho lhes tomou um ano, durante o qual escutaram ''um montão de histórias incríveis'', relatou o ator.

''Cada pequeno detalhe que descobria sobre este personagem me intrigava mais e mais. Como jogador era muito bom, habilidoso, um gênio, mas pessoalmente era extremamente instável e problemático, tinha quase dupla personalidade'', detalhou Santoro.

Sua polêmica personalidade contrastava com a qualidade de seu jogo, louvado inclusive pelo escritor Gabriel García Márquez, que disse, durante a época na qual Heleno jogou em Barranquilla (Colômbia), que a entrada para vê-lo em ação valia cada centavo, mesmo que o time perdesse a partida.


Santoro lembrou ainda o grande ''desafio'' que enfrentou para dar vida a este personagem, uma preparação ''longa e intensa'' que incluiu aulas com jogadores profissionais, conversas com médicos para informar-se sobre a sífilis e perder 12 quilos em dois meses.

''Mas sinto que a missão foi cumprida'', ressaltou, celebrando o fato de o filme, no qual ele também participou como produtor, ser distribuído agora nos EUA e, possivelmente, em países europeus como Espanha, Reino Unido e Alemanha.

Por fim, Santoro sugeriu como possíveis razões para que Heleno caísse no esquecimento o fato de ter ''má reputação'' e a profusão de estrelas futebolísticas do Brasil.

''Mas esta história perdida precisava ser contada. Heleno era um grande jogador, atrevido, com uma personalidade muito forte e o que sempre gostou de desafiar o público'', concluiu.

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Nova York - O jogador Heleno de Freitas, uma lenda do futebol brasileiro da década de 1940 que caiu no esquecimento, voltou a brilhar na pele do ator Rodrigo Santoro em um filme que já deixou sua marca na salas brasileiras e estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos.

''Heleno foi um personagem muito importante na história do futebol brasileiro, parte de nosso patrimônio, mas sua história se perdeu no tempo, por isso é uma honra poder recuperá-la para minha geração, e inclusive para a do meu pai'', declarou Santoro nesta quinta-feira à Agência Efe.

Por isso, o filme ''Heleno'', dirigido por José Henrique Fonseca, que estreou em março deste ano no Brasil e que chega amanhã aos cinemas de Nova York, Miami e Los Angeles, tenta resgatar a figura deste jogador (1920-1959) que, mais que um simples atleta, era também um ''ator'', segundo Santoro.

O astro brasileiro acrescentou que o único membro de sua família que lembrava de Heleno era seu avô, já que essa foi a geração que presenciou a fulgurante carreira deste jogador que defendeu o Botafogo e que morreu de sífilis aos 39 anos, para depois cair pouco a pouco no esquecimento.

Santoro descreveu como Fonseca lhe falou da biografia de Heleno, após o que começaram a investigar e entrevistar pessoas anos que o viram jogar. Este trabalho lhes tomou um ano, durante o qual escutaram ''um montão de histórias incríveis'', relatou o ator.

''Cada pequeno detalhe que descobria sobre este personagem me intrigava mais e mais. Como jogador era muito bom, habilidoso, um gênio, mas pessoalmente era extremamente instável e problemático, tinha quase dupla personalidade'', detalhou Santoro.

Sua polêmica personalidade contrastava com a qualidade de seu jogo, louvado inclusive pelo escritor Gabriel García Márquez, que disse, durante a época na qual Heleno jogou em Barranquilla (Colômbia), que a entrada para vê-lo em ação valia cada centavo, mesmo que o time perdesse a partida.


Santoro lembrou ainda o grande ''desafio'' que enfrentou para dar vida a este personagem, uma preparação ''longa e intensa'' que incluiu aulas com jogadores profissionais, conversas com médicos para informar-se sobre a sífilis e perder 12 quilos em dois meses.

''Mas sinto que a missão foi cumprida'', ressaltou, celebrando o fato de o filme, no qual ele também participou como produtor, ser distribuído agora nos EUA e, possivelmente, em países europeus como Espanha, Reino Unido e Alemanha.

Por fim, Santoro sugeriu como possíveis razões para que Heleno caísse no esquecimento o fato de ter ''má reputação'' e a profusão de estrelas futebolísticas do Brasil.

''Mas esta história perdida precisava ser contada. Heleno era um grande jogador, atrevido, com uma personalidade muito forte e o que sempre gostou de desafiar o público'', concluiu.

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