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Robert Downey Jr. completa 50 anos deixando polêmicas

O ator atravessa um de seus melhores momentos profissionais e um período de tranquilidade em sua conturbada vida pessoal


	Robert Downey Jr.: durante uma década o ator entrou e saiu de centros de reabilitação
 (Kevin Winter/Getty Images)

Robert Downey Jr.: durante uma década o ator entrou e saiu de centros de reabilitação (Kevin Winter/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2015 às 13h13.

Los Angeles - Robert Downey Jr. completa 50 anos neste sábado, atravessando um de seus melhores momentos profissionais e também um período de tranquilidade em sua conturbada vida pessoal, que teve como "sets" tribunais e carceragens.

Nascido em Manhattan, Nova York, em 1965, é um dos atores mais bem pagos da história do cinema, e um dos mais respeitados desde o início da precoce carreira.

Cada vez mais, Downey Jr. é desejado por estúdios pela capacidade de gerar retorno em bilheteria.

Além disso, se trata de um ex-viciado e ex-condenado pela Justiça, que durante uma década entrou e saiu de centros de reabilitação. Como já admitiu, as drogas entraram em sua vida antes dos 10 anos, apresentadas pelo pai, o também ator Robert Downey Sr. Em 2014, viu seu filho Indio ser detido por porte de entorpecentes.

Dois anos antes, Downey Jr. comemorou o nascimento do segundo filho, Exton, fruto do casamento com a produtora Susan Levin, com quem se casou em 2005, um ano depois da formalização de sua primeira união, com Deborah Falconer.

A segunda mulher é considerada pelo próprio ator como a responsável pela guinada na vida, pois nela encontrou a estabilidade que precisava para deixar no passado as turbulências pessoais.

"As drogas ou eu", disse Levin a Downey Jr., logo no começo da relação, segundo entrevista concedida por ele em 2008 à revista "Penthouse", o que teria representado um "choque saudável".

A carreira do astro começou quando ele tinha apenas cinco anos, com uma participação em "Pound", escrito e dirigido pelo pai. Apesar de precoce, nunca se tratou de uma estrela infantil.

Sua carreira começaria mesmo em 1983, com as primeiras participações mais relevantes e os primeiros papéis de protagonista, com destaque para "Mulher Nota Mil", de 1985, "De Volta às Aulas", de 1986, até chegar a "1969 - O Ano que Mudou Nossas Vidas", de 1988, e "Air America - Loucos Pelo Perigo", de 1990.

A trajetória ascendente resultou na indicação ao Oscar de melhor ator em 1993, pela atuação em "Chaplin", do ano anterior. Downey foi aclamado ao interpretar Charles Chaplin, mas a partir daí viveu longo período de decadência, com uma série de incidentes.

Em 1996, dois anos depois da participação em "Assassinos por Natureza", de Oliver Stone, o ator foi detido na Califórnia por dirigir alcoolizado e em excesso de velocidade. No veículo, a polícia ainda encontrou uma arma e muitas drogas, inclusive heroína.

Depois de deixar a prisão, o período de liberdade foi curto, já que acabou preso ao ser encontrado inconsciente na cama da filha de um vizinho. Pouco depois, veio a terceira detenção, ao fugir de um centro de reabilitação para dependentes químicos.

A partir daí foi uma série de internações, muitas vezes como medidas alternativas para não voltar a ser preso, até que em agosto de 1999, um juiz o condenou a ficar três anos recluso na penitenciária de Corcoran, na Califórnia, por não entender mais que penas leves fossem possíveis de serem aplicadas.

Downey Jr. saiu da prisão após um ano e procurou tratamento voluntário para se livrar das drogas. Imediatamente, foi recebido de braços abertos por Hollywood, primeiro em um papel na série "Ally McBeal: Minha Vida de Solteira", pelo qual ganhou um Globo de Ouro e foi indicado ao Emmy.

Em novembro de 2000, no entanto, voltou a ser preso com cocaína e metanfetaminas, motivo pelo qual acabou em clínica de reabilitação para escapar de nova prisão.

Longe da primeira mulher, de quem já estava distante há anos, em 2003 entrou na sua vida Susan Levin, com quem trabalhou no thriller de terror "Na Companhia do Medo". Dois anos depois, Downey Jr. trabalharia com a futura esposa em "Beijos e Tiros", filme que voltou a colocar a carreira do ator em alta.

Depois veio "Zodíaco", de 2007, antes da explosão com "Homem de Ferro", na pele do ricaço Tony Stark, que para salvar sua vida cria uma armadura quase imbatível, que depois de aprimorada passa a ser um símbolo do combate ao crime.

Apesar de Downey e Stark parecerem feitos um para o outro, o diretor da obra, Jon Favreau, admitiu posteriormente que teve que travar duelo com a Marvel Studios para escolher o amigo para o papel. O astro teve que fazer testes, o que não acontecia desde Chaplin.

Com os três filmes da série do "Homem de Ferro", os estúdios arrecadaram US$ 2,3 bilhões. Stark, ou melhor, Downey Jr., ainda estrelou "The Avengers: Os Vingadores", e estará de volta em "Vingadores: Era de Ultron", que será lançado no mês que vem.

A retomada do sucesso não parou com o super-herói, já que o ator venceu o Globo de Ouro por "Sherlock Holmes", de 2009. Além disso, obteve a segunda indicação ao Oscar por "Trovão Tropical", de 2008, como ator coadjuvante.

Se em 1993 acabou perdendo disputa para Al Pacino, indicado por "Perfume de Mulher", desta vez foi superado por Heath Ledger, que recebeu o prêmio de maneira póstuma pela atuação em "Batman: O Cavaleiro das Trevas".

Diferente do que havia acontecido 16 anos antes, Downey Jr. mostrou maturidade na derrota, dando mais uma demonstração de que o passar dos anos só vem fazendo bem a ele e fazendo desparecer sua instabilidade emocional.

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