Restaurante Gastromar é atração para quem vai conferir a Flip em Paraty
Nova casa da chef Gisela Schmitt, é escala imperiosa para quem vai conferir a festa literária que começa no dia 10 de julho
Marília Almeida
Publicado em 11 de junho de 2019 às 14h26.
Última atualização em 1 de julho de 2019 às 12h03.
São Paulo - Atulhada de turistas durante eventos como a Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, cuja 17ª edição ocorre entre 10 e 14 de julho, a cidade histórica à beira-mar espelha à perfeição o que vem sendo chamado de novo luxo. Do que se trata? Em resumo, ele privilegia a experiência acima de tudo e se opõe à ostentação. E o que isso tem a ver com Paraty? É onde o príncipe João de Orleans e Bragança, por exemplo, mantém uma casa, ou melhor, um casarão de 1850, bem no centro histórico.
Quem veleja em direção ao Saco do Mamanguá, um dos principais atrativos da região, não demora a avistar numa ponta da praia Santa Rita uma casa envidraçada formada por duas caixas de concreto aparente. Projetada pelo arquiteto Marcio Kogan, pertence à família Marinho, dona da Rede Globo. Já a propriedade com piscina de borda infinita que magnetiza os olhares numa praia adiante é do pai de Xandinho Negrão, o automobilista que casou com a atriz Marina Ruy Barbosa. Foi cenário de incontáveis selfies da atriz e suas amigas.
Ciente da clientela endinheirada que frequenta Paraty - em geral sem que ninguém fique sabendo -, a chef paulistana Gisela Schmitt resolveu mirar
exatamente nela. Com a experiência de quem comandou o bufê Panela da Gisela durante 15 anos, ela ancorou na cidade em 2015 depois de prestar consultoria para um restaurante local. Começou oferecendo catering para embarcações de luxo, serviço que continua e custa entre R$ 470 e R$ 1.000 por pessoa, dependendo do número de participantes. Depois encomendou uma traineira e a transformou em um barco de eventos, o Sem Pressa.
Com capacidade para até 18 pessoas, a embarcação dispõe de cozinha, deque superior, lavabo e pranchas de stand up paddle. A charmosa cozinha é
comandada pessoalmente pela Gisela. “Privilegio ingredientes locais e a sazonalidade dos alimentos”, diz ela. O aluguel do Sem Pressa custa R$ 2.800
por um período de cinco horas mais o valor do catering conforme o número de participantes (para o serviço em outra embarcação cobra-se R$ 1.800 e o preço do catering).
Há pouco mais de um ano ela levou o conceito do Sem Pressa para terra firme ao inaugurar o Gastromar. A localização é estratégica: fica na Marina Porto Imperial, distante do às vezes frenético centro histórico e bem perto do heliporto da cidade. Num sábado de junho, a reportagem almoçava no estabelecimento quando um helicóptero pousou no local ao mesmo tempo em que um enxame de seguranças se postou na proximidades. Em poucos minutos, diversas malas foram carregadas para dentro de um iate ancorado na marina enquanto integrantes da família de um conhecido banqueiro subiam a bordo.
Da cozinha do Gastromar saem petiscos como bolinho de siri com molho da casa (R$ 42) e tartar de atum com avocado, pepino e chips de batata doce (R$ 58). O filé de robalo grelhado com purê de batata levemente trufada, espinafre orgânico e escama de rabanete e amêndoas (R$ 92) é um dos pratos principais mais apreciados. A massa orecchiette chega à mesa com molho cremoso de vinho branco, camarão, marisco, polvo, lula, limão siciliano e páprica defumada (R$ 86). Enquanto a comida não chega, recomenda-se saborear a caipirinha de abacaxi com manjericão feita com a cachaça local Maria Izabel (R$ 34).
Feche a refeição com a cheesecake de goiabada cascão cremosa com canolli de requeijão (R$ 25). Dica: as noites de sábado costumam ser animadas por pocket-shows de jazz. Só não esqueça de conferir também a programação da Flip.