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Quem seremos em 2022? As 10 tendências para o ano segundo a Euromonitor

Após dois anos de mudanças, a recuperação da pandemia é um dos fatores mais determinantes nas principais tendências globais de consumo para este ano

Alguns consumidores se acostumaram com a vida no confinamento e continuarão consumindo em casa. Já outros ficaram inquietos e rebeldes durante a pandemia e estão prontos para voltar a participar plenamente da sociedade. (d3sign/Getty Images)
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Julia Storch

Publicado em 17 de janeiro de 2022 às 08h00.

Os últimos dois anos foram pautados por mudanças radicais no estilo de vida das pessoas. Estas alterações levaram os consumidores a tomarem decisões conscientes e ambiciosas que pautaram tendências para os próximos anos. A Euromonitor Internacional realizou sua pesquisa anual em mais de cem países, e listou as dez tendências globais de consumo para este ano.

Com lançamento exclusivo à Casual EXAME, a pesquisa trouxe resultados desde a digitalização das empresas, aos hábitos de bem-estar dos consumidores.

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1. Sempre com um plano B

Em momentos de escassez na cadeia de abastecimento, como na pandemia, forçaram as empresas a fornecerem novas soluções de produtos e serviços para os clientes. Os consumidores considerados “sempre com um plano B”, utilizam a tecnologia como aliada quando o abastecimento é ameaçado. Serviços de assinatura e compras em grupos são algumas alternativas feitas por este perfil, que possui dois extremos: pessoas que preferem pagar um adicional para obter o produto em primeira mão ou os que fazem escolhas mais econômicas, com produtos de segunda mão ou alugados.

2. Agentes do clima

Em 2021, 67% dos consumidores tentaram causar um impacto positivo no meio ambiente com suas ações do dia a dia. Estas pessoas também esperam ações por meio das marcas e produtos que compram, como com maior transparência na cadeia. Algumas das ações dos consumidores são redução no uso de plástico, diminuição no desperdício de alimentos e reciclando.

Entre as gerações, são os millenials e a geração Z que sentem que podem fazer a diferença por meio de suas escolhas.

3. Idosos digitais

-(Ute Grabowsky/Photothek/Getty Images)

Da resistência à confiança, os consumidores mais idosos estão mais familiarizados e confortáveis com a tecnologia. Forçados a utilizarem os meios digitais enquanto o mundo se fechava, a pesquisa aponta que 45% dos consumidores com 60 anos ou mais usaram um serviço bancário no celular pelo menos uma vez por semana. Além disso, 82% desta faixa etária possuiu um smartphone no ano passado.

4. Aficionados financeiros

A alfabetização financeira se expandiu, e os consumidores estão ganhando confiança para investir e se tornando experientes em poupar. A população com acesso a serviços bancários em países emergentes e desenvolvidos continua em crescimento, dando aos consumidores a possibilidade de usar ferramentas de gestão de dinheiro.

A pesquisa cita empresas como Nubank, que oferece serviços financeiros simplificados na América Latina e a Robinhood, plataforma de negociação acessível e sem comissões.

5. A grande renovação da vida

Paixão e propósito impulsionaram os consumidores para mudanças pessoais. Enquanto em 2015 apenas 12% dos consumidores priorizaram o tempo para si mesmos, em 2021 o percentual aumentou para 24%. Mais de 4 milhões de estadunidenses pediram demissão em julho de 2021 e outros 4 milhões em agosto. Mudanças de carreira ou deixando totalmente a força de trabalho para seguir o propósito são algumas das razões.

Segundo a pesquisa, a rede Hyatt expandiu os pacotes “work from Hyatt” para atrair trabalhadores remotos que desejam uma mudança de cenário.

6. O movimento metaverso

Zuckerberg escolhe avatar em ambiente do Metaverso (Facebook/Meta/Reprodução)

O mundo digital está evoluindo de reuniões virtuais para realidades 3D imersivas, e 38% dos consumidores revelaram participar de jogos online pelo menos uma vez por semana em 2021. Em 2015, este número era de 29%. Com maior participação no universo online, as redes sociais estão aprimorando seus recursos e, em alguns casos, adquirindo startups de tecnologia para entrar no Movimento Metaverso.

Marcas de roupas estão aproveitando o TikTok para terceirizar conteúdo e designs, promover produtos e treinar associados. No ano passado, mais de 30% dos consumidores compraram bens ou serviços depois de verem uma postagem de um influenciador ou anúncio no TikTok.

A Gucci organizou uma experiência de multimídia virtual no Roblox. Já o Facebook foi renomeado para Meta no final do ano passado, destacando o foco da empresa para o metaverso.

7. Antigos produtos, novos donos

Consumidores estão mudando a mentalidade de possuir algo para uma mentalidade de ter experiências. E economizar é a tendência. Ao mesmo tempo em que querem ser sustentáveis e minimizar as pegadas ambientais, ter um preço acessível também faz parte do dia a dia de consumo. A moda vintage e a “Moda lenta” ajudaram a tendência no mercado de vestuário a se desenvolver.

No futuro, a pesquisa aponta que um quinto dos consumidores considerará aumentar as compras de itens de segunda mão.

8. Urbanos Rurais

-(Michael Hanson/Getty Images)

Comunidades suburbanas e rurais oferecem moradias mais espaçosas e paisagens mais verdes, atraindo consumidores para fora da área metropolitana. Porém, os moradores da cidade também querem que esses benefícios sejam trazidos para seus bairros.

No ano passado, os consumidores procuravam por um “Oásis ao ar livre”, mudando-se temporariamente para áreas rurais ou passando mais tempo na natureza. Hoje, os Urbanos Rurais estão tomando essa mudança permanente.

9. Em busca do amor próprio

Aceitação, autocuidado e inclusão estão na vanguarda do estilo de vida do consumidor. Com a retomada da vida normal, consumidores procuram por conforto e amor. Como não estão mais em modo de sobrevivência, estas pessoas querem abraçar o futuro e se orgulham de superar as adversidades.

Cuidado com o corpo e mente são alguns dos investimentos deste grupo. Com isso, inovações de produtos de indulgência estão crescendo globalmente em todos os setores. Nos países ocidentais, produtos que contêm maconha estão prosperando, enquanto os produtos de luxo continuam a ter um desempenho superior na China.

10. O paradoxo da socialização

Enquanto alguns consumidores estão ansiosos para retomar suas atividades normais, outros hesitam, criando o Paradoxo da Socialização. Alguns consumidores se acostumaram com a vida no confinamento e continuarão consumindo em casa. Já outros ficaram inquietos e rebeldes durante a pandemia e estão prontos para voltar a participar plenamente da sociedade.

O trabalho remoto e os eventos virtuais vão coexistir com os compromissos presenciais, mas os consumidores querem ter a opção de escolha.

A pesquisa completa pode ser baixada neste link.

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