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Quem foi vaiado (até agora) no Festival de Cannes 2014

Veja as produções que desagradaram a plateia durante o festival que entregará a Palma de Ouro no próximo domingo

Apesar de seu grande sucesso como ator, Ryan Gosling não agradou o público em sua estreia na direção de "Lost River”  (Getty Images)

Apesar de seu grande sucesso como ator, Ryan Gosling não agradou o público em sua estreia na direção de "Lost River” (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 16h51.

São Paulo – Sinceridade é o que não falta à plateia que frequenta o Festival de Cannes, que acontece até dia 25 de maio, quando entregará a Palma de Ouro. É de praxe alguns filmes, atores e diretores serem vaiados ao final de suas exibições.

Dessa sina, nem o conceituado cineasta Lean-Luc Godard escapou. Em 2010, o longa-metragem Film Socialisme foi recebido entre aplausos e vaias na mostra Um Certo Olhar. Neste ano, o jogo virou e, ao apresentar o trabalho "Adieu au langage" na competição, foi ovacionado.

Em 2011, o filme A Árvore da Vida também foi vaiado durante o festival, mas isso não impediu que a obra de Terrence Malick fosse agraciada com a Palma de Ouro daquele ano.

Apesar de não ser determinante para a escolha do prêmio, nem para o futuro da carreira dos profissionais envolvidos, o fato é que ninguém acha bom ter esse tipo de recepção em um festival.

A seguir, você confere quais produções já sentiram esse gosto amargo nesta edição.

Grace: A Princesa de Mônaco

Um silêncio fúnebre foi o que se pôde ouvir logo após a exibição do filme Grace: A Princesa de Mônaco, que abriu o Festival de Cannes de 2014. O longa, estrelado por Nicole Kidman e dirigido por Olivier Dahan, teve uma péssima recepção do público presente, que reagiu com vaias, risos em momentos não previstos para serem engraçados.

A história gira em torno da vida da atriz e princesa Grace Kelly (Nicole Kidman), mostrando os momentos desde seu casamento com o príncipe de Mônaco Rainier III (Tim Roth) até o convite para voltar à carreira para atuar em "Marnie - Confissões de uma Ladra", de Alfred Hitchcock – tudo isso em meio ao clima de tensão política no principado.

Segundo a crítica, o massacre foi merecido por suas referências históricas equivocadas, roteiro fraco, exageros na trilha sonora, movimentos instáveis de câmera e elenco capenga.

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The Captive

Enquanto Blake Lively, esposa de Ryan Reynolds, recebeu grandes elogios por sua elegância no tapete vermelho em Cannes, o filme protagonizado pelo ator foi duramente criticado. O longa-metragem The Captive foi dirigido pelo cineasta canadense Atom Egoyan e é um dos vaiados do festival.

O suspense é baseado em uma história real, do desaparecimento de uma criança após ser deixada sozinha no carro por alguns minutos pelo pai. Apesar do grande apelo, o filme foi considerado pouco original e abaixo do nível da competição pela Palma de Ouro.

Lost River

O primeiro filme de Ryan Gosling como diretor de cinema não teve uma recepção animadora. Lost River foi exibido na mostra Um Certo Olhar e foi marcado pela evasão de várias pessoas antes do final e pela mescla de aplausos e muitas vaias.

A produção conta a história de Billy (Christina Hendricks), mãe de uma criança (Landyn Stewart) e um adolescente (Iain De Caestecker ) que, ao ver que sua casa está para ser demolida, busca ajuda em uma estranha casa de shows. O filho mais velho, por sua vez, anda junto com sua amiga Rat (Saoirse Ronan) até encontrar uma cidade subaquática.

Antes de chegar às telas, a expectativa era grande, mas o que o público viu foi um longa-metragem não muito agradável, que aparentou forte influência dos cineastas Nicolas Winding Refn, David Lynch e Edward Hooper.

As críticas se concentraram principalmente no excesso de cenas cult, mas sem grande propósito, nas bizarrices e no exagero de sangue mostrado no enredo.

"The Search"

O diretor Michel Hazanavicius, do vencedor do Oscar de melhor filme O Artista (2011), não teve a mesma sorte ao apresentar seu mais recente longa-metragem The Search, neste ano em Cannes.

O trabalho recebeu poucos aplausos e muitas vaias, após a exibição e foi criticado pelo ritmo lento e da narrativa piegas. Inspirada em Perdidos na tormenta (1948), de Fred Zinnemann, a produção se passa em 1999, durante a guerra na Chechênia.

O longa, que declaradamente tenta humanizar o conflito, mostra duas histórias paralelas: a de um menino órfão checheno que se vê perdido com o irmão menor até encontrar Carole (Bérénice Bejo), uma assistente social disposta a ajuda-los, e a de um jovem russo preso que se transforma em assassino com o incentivo do exército russo.

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