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Quatro dicas de exposições de arte para o fim de semana

EXAME VIP dá as dicas culturais para os momentos de folga

Imagens de uma saudade, de Luciana Fátima e Arlindo Gonçalves (Luciana Fátima/Arlindo Gonçalves/Divulgação)

Imagens de uma saudade, de Luciana Fátima e Arlindo Gonçalves (Luciana Fátima/Arlindo Gonçalves/Divulgação)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 18 de outubro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 18 de outubro de 2019 às 06h00.

Zanine 100 anos – Forma e Resistência

A engenhosa peça “Namoradeira”, na foto, resume o impacto da obra de José Zanine Caldas, designer de móveis baiano que ficou conhecido como o “mestre da madeira”. Morto em 2001, aos 82 anos, ele está sendo homenageado pelo MAM do Rio de Janeiro com uma exposição por ocasião dos 100 anos de seu nascimento.

É a madeira, naturalmente, o fio condutor da mostra, para a qual foram selecionados 18 itens de Caldas, que também foi arquiteto, paisagista e maquetista - cumpriu a última função para ninguém menos que Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.

Defensor ferrenho da matéria-prima que mais utilizava, o baiano a coletava em regiões de abates irregulares como forma de denúncia e resistência. A indústria moveleira Móveis Artísticos Z, inaugurada por ele, foi inspirada na descoberta da madeira compensada, que evitava o desperdício e tinha forte influência modernista.

Onde: MAM-RIO, Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, (21) 3883-5600. Até 17 de novembro.

Zanine 100 anos – Forma e Resistência

Zanine 100 anos – Forma e Resistência (Andre-Nazareth/Editora-Olhares/Divulgação)

À deriva SP, de Paulo von Poser

O paulistano Paulo Von Poser se notabilizou por retratar paisagens conhecidas dos paulistanos com a ajuda de nanquim, crayons e tinta acrílica - em geral imprimindo mais cores e graça à realidade.

A mostra em cartaz no Museu da Cidade de São Paulo, situado no Solar da Marquesa de Santos, reúne 28 trabalhos de autoria do desenhista e 27 fotos históricas dos cartões-postais nos quais ele se baseou, selecionadas no acervo da instituição.

Comparar a obra de Poser e sua inspiração é um exercício que permite confrontar o passado, o presente e também o futuro da metrópole. O Pateo do Colégio, por exemplo, foi redesenhado conforme o projeto de revitalização e modernização do arquiteto Pedro Mendes da Rocha.

“Redesenhar o centro de SP, a partir do acervo histórico do Museu da Cidade, revelou traços de lugares desconhecidos e desaparecidos de nossa memória urbana”, diz o artista.

Onde: Solar da Marquesa de Santos – Museu da Cidade de São Paulo, Rua Roberto Simonsen, 136, Centro, São Paulo, (11) 3241-1081.

À deriva SP, de Paulo von Poser

À deriva SP, de Paulo von Poser (Paulo von Poser/Divulgação)

 Senhor das Nuvens, de Rafael Vogt Maia Rosa

Crítico de arte e curador, Rafael Vogt Maia Rosa também elabora aquarelas elogiadas, descobertas pela galerista Regina Boni. Em sua primeira exposição autoral, ele exibe 70 delas, desenvolvidas nos últimos quatro anos, além de vídeos que abordam as relações entre natureza e cultura na arte contemporânea.

As aquarelas exibem, em geral, paisagens imaginárias - Vogt diz buscar inspiração no que chama de “restauro da beleza natural” -, além de figuras humanas nuas e pássaros.

“A técnica da aquarela, tipicamente das que se apreende e não se ensina, me foi transmitida por meus pais, junto à Pedagogia Waldorf. Acredito que a hipótese do artista alemão Joseph Beuys esteja certa, na medida em que cada homem é um artista e que todos, portanto, o sejamos”, sustenta o artista.

Onde: Galeria São Paulo Flutuante, Rua Estados Unidos, 2186, Jardins, São Paulo. Até 14 de novembro.

 Senhor das Nuvens, de Rafael Vogt Maia Rosa

Senhor das Nuvens, de Rafael Vogt Maia Rosa (Rafael Vogt Maia Rosa/Divulgação)

Imagens de uma saudade, de Luciana Fátima e Arlindo Gonçalves

“A saudade não possui nenhuma relação com o vazio. Ao contrário, ela é um espaço cheio de memória, que pulsa e se transforma o tempo todo”, afirma Vanessa Bortulucci. Ela é a curadora da mostra “Imagens de uma saudade”, em cartaz na Sala do Museu de Arte Sacra de São Paulo no Metrô Tiradentes.

A exposição é composta por 21 imagens da chamada arte tumular, clicadas pelos fotógrafos Luciana Fátima e Arlindo Gonçalves. Em comum, todas resumem o esforço da humanidade em manter viva a memória dos que se foram.

Em preto e branco, as fotografias escancaram a força dos materiais utilizados pelos escultores, como mármore, granito, ferro e bronze, e o fato de que São Paulo dispõe de inúmeros museus a céu aberto, embora meio sinistros.

Onde: Museu de Arte Sacra de São Paulo, Sala MAS/Metrô Tiradentes – Estação Tiradentes do Metrô, São Paulo, (11) 3326-5393. Até 2 de novembro.

Imagens de uma saudade, de Luciana Fátima e Arlindo Gonçalves

Imagens de uma saudade, de Luciana Fátima e Arlindo Gonçalves (Luciana Fátima/Arlindo Gonçalves/Divulgação)

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