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Quanto custa comer nos 8 restaurantes brasileiros da lista estendida dos melhores da América Latina

Antes de saber quem são os vencedores da lista dos 50 melhores, vale a visita aos restaurantes que estão no ranking dos 51 a 100 melhores restaurantes da América Latina

(Divulgação/Divulgação)
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 16 de novembro de 2024 às 07h09.

No último dia 14 de novembro, a organização do Latin America's 50 Best Restaurants divulgou a lista com os melhores restaurantes da região nas posições 51 a 100. A revelação antecede a lista principal, que será conhecida em uma cerimônia realizada no Rio de Janeiro no dia 26 de novembro.

Antes de saber quem são os vencedores da lista dos 50 melhores, vale a visita aos restaurantes que estão no ranking dos 51 a 100 melhores restaurantes da América Latina. O Brasil tem oito representantes com menus autorais e em diversas cidades brasileiras. Abaixo um roteiro sobre cada um deles e quanto custa a experiência gastronômica.

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60 - Manu, Curitiba

Manu Buffara, do Manu: primeiro restaurante do Brasil comandado por uma mulher a servir apenas menu degustação (Helena Peixoto/Divulgação)

Manu Buffara é daquele tipo de pessoa que se dedica ao extremo em tudo o que faz. É ligada no 220 volts, adora estar rodeada de bons cozinheiros —Alex Atala e Rene Redzepi são alguns deles — e tem uma boa dose de ousadia. Desde 2011 comanda o Manu, em Curitiba, o primeiro restaurante do Brasil comandado por uma chef mulher a servir apenas menu degustação — custa 720 reais, sem harmonização. Por meio dela a capital paranaense ganhou destaque no cenário gastronômico mundial. Ela foi eleita, em 2022, a melhor chef da América Latina pelo célebre Latin America’s 50 Best Restaurants. Para suas criações, trabalha somente com ingredientes sazonais e frescos, sendo 60% deles de origem vegetal. É daquele tipo de chef que não apenas compra os ingredientes mas conhece os fornecedores, toda a cadeia e ajuda a fomentar o ecossistema da gastronomia local. Neste ano, abrirá seu segundo restaurante, o Ella, em Nova York, respeitando os mesmos princípios de sazonalidade e ingredientes frescos, mas com um toque brasileiro.

Serviço: Alameda Dom Pedro II, 317, Batel, Curitiba. De quarta-feira a sábado, das 18h às 22h30.

67 - DOM, São Paulo

D.O.M. (D.O.M./Divulgação)

"A gastronomia brasileira é um sonho alcançável." A afirmação do chef Alex Atala resume a história do restaurante D.O.M. Criado em uma época em que os sabores brasileiros eram pouco conhecidos, o D.O.M. nasceu como um projeto e hoje é uma realidade. Uma realidade autêntica que ecoa pelo mundo, promovendo ingredientes como açaí, jambu e tucupi. Não por arrogância, mas por uma missão. Com duas estrelas no renomado Guia Michelin, o D.O.M. é um restaurante singular. No menu degustação (690 reais), Atala apresenta cardápio estritamente autoral, expondo sua ousadia e experimentações resultantes de sua pesquisa com os ingredientes brasileiros.

Serviço: Rua Barão de Capanema, 549, Jardins, São Paulo. Abre de segunda a sexta no almoço e no jantar; sábados somente no jantar.

68 - Origem, Salvador

Menu do Origem, em Salvador: referência de pratos de origem indígena. (Leonardo Freire/Divulgação)

Contar a história do Brasil por meio de um menu degustação em três atos, montado diariamente, respeitando a sazonalidade e o frescor dos ingredientes, com muito dendê. Essa é a proposta do Origem, em Salvador, na Bahia, que subiu duas posições em relação à edição anterior deste ranking e aparece agora na vice-liderança.

Os chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca mergulharam a fundo em uma pesquisa sobre a formação do povo brasileiro para desenvolver os pratos do cardápio. O primeiro ato do menu degustação (320 reais, sem harmonização), por exemplo, começa com uma homenagem aos povos nativos indígenas e exalta a mandioca como um ingrediente ilustre. O restaurante é um exemplo de que a capital baiana não só é um ótimo destino de verão pelos atrativos já conhecidos, mas também um exemplo da alta gastronomia brasileira. Atual­mente ocupa a 76a no Latin America’s 50 Best Restaurants.

Serviço: Alameda das Algarobas, 74, Caminho das Árvores, Salvador. De terça a sábado, das 18h30 à meia-noite.

77 - Cipriani, Rio de Janeiro

Agraciado com uma estrela Michelin, o restaurante comandado pelo chef Nello Cassese valeria só pela localização: ladeia a mítica piscina do Copacabana Palace. A comida, no entanto, faz justiça ao célebre hotel e a tudo que ele representa. A 545 reais, o menu degustação mais enxuto reúne clássicos do estabelecimento, caso do raviolini del plin, frango à “cacciatora”, raízes, queijo Taleggio. O segundo e único outro percurso disponível, este a 650 reais, junta receitas como cordeiro, avelã, cogumelo e camarão.

Serviço: Avenida Atlântica, 1702, Copacabana, Rio de Janeiro. De segunda-feira a sábado das 19h à 00h.

85 - Notiê, São Paulo

Ambiente do Notiê. (Wesley Emes/Divulgação)

Situado no topo do Shopping Light, no coração do centro de São Paulo, o Priceless é uma iniciativa promovida por uma empresa de cartão de crédito, que abriga o renomado bar Abaru e o restaurante Notiê. O chef Onildo Rocha explora as riquezas dos biomas brasileiros. Com opções de menu degustação e à la carte, os pratos convidam os clientes a desfrutarem de forma multissensorial chamada "Mata Atlântica: Matas & Mares". O restaurante oferece um menu degustação dividido em quatro tempos, por 235 reais, apresentando uma variedade de pratos como polvo acompanhado de mini arroz. O Notiê disponibiliza ainda opções de menu com sete etapas por 390 reais, e um menu com onze pratos por 520 reais.

Serviço: Rua Formosa, 157, Centro Histórico, São Paulo. De quarta a sábado, das 19h às 23h.

87 - Mocotó, São Paulo

O chef Rodrigo de Oliveira, do Mocotó. (Ricardo D'Angelo/Divulgação)

O tradicional Mocotó é um patrimônio de São Paulo. Aberto desde 1973, atrai uma multidão até o bairro da Vila Medeiros, na zona norte paulistana – quase na vizinha Guarulhos (SP). Quem comanda a cozinha é o chef Rodrigo Oliveira – também jurado do MasterChef – que herdou o negócio do pai e o transformou em um ícone da gastronomia local, sem perder a identidade original, mais simples. Não deixe de provar aquela porção clássica de torresminho (19,90 reais), e, é claro, o caldo de mocotó cuja receita é a mesma há 50 anos (24,90 reis a versão mini). Nos principais, uma das estrelas é a carne-seca desfiada com cebola roxa e finalizada com manteiga de garrafa (98,90 reais),

Serviço: Avenida Nossa Senhora do Loreto, 1100, Vila Medeiros, São Paulo. Abre de segunda a sexta das 12h às 23h; sábados das 11h30 às 23h; e domingos das 11h30 às 17h. R. Aroaba, 333 - Vila Leopoldina, São Paulo. De terça a sábado das 12h às 22h e domingo das 12h às 16h.

90 - Manga, Salvador

Os chefs Kafe e Dante BassI, ela alemã, ele baiano: trabalho em parceria no D.O.M antes de abrirem o próprio restaurante (Leonardo Freire/Divulgação)

Mistura da Alemanha com a Bahia. Os chefs Kafe e Dante Bassi — ela alemã, ele baiano — se conheceram quando trabalhavam juntos no restaurante D.O.M, do chef Alex Atala. Do encontro surgiu uma paixão entre os dois, mas também pela gastronomia. Criaram o Manga, em 2018, com uma cozinha que une as experiências da dupla e valoriza alimentos orgânicos e de processos feitos na casa, como a arte da charcutaria, com presunto, língua defumada, lardo, terrines e outros embutidos feitos ali. Além do cardápio à la carte, o menu degustação em dez tempos conta com pratos repletos de sabores, como a língua de boi dry aged por 28 dias na brasa, alho-poró orgânico, abóbora e couve-de-bruxelas. A experiência custa 350 reais, sem harmonização.

Serviço: Rua Professora Almerinda Dultra, 40, Rio Vermelho, Salvador. De terça a sexta, no jantar; sábado, no almoço e no jantar.

91 - Oro, Rio de Janeiro

Desde sua fundação em 2010, o Oro trilhou um caminho repleto de reconhecimento, inovação e transformações na gastronomia brasileira. Consagrado como o melhor restaurante em diversas publicações renomadas, o estabelecimento recebeu sua primeira estrela no Guia Michelin em 2015, seguida pela conquista da segunda estrela em 2018. O restaurante do chef Felipe Bronze trabalha só com menu degustação em duas opções. O primeiro, Criatividade (690 reais), é feito diariamente com produtos de mercado, respeitando a sazonalidade dos ingredientes e constitui um passeio mais longo pela cozinha. O segundo, Afetividade (590 reais), mais enxuto, feitos na medida para quem quer apenas dois pratos.

Serviço: Avenida General San Martin, 889, Leblon, Rio de Janeiro. Abre de terça a sexta das 19h às 23h; sábados das 13h às 15h, e das 19h às 23h.

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