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Produtoras brasileiras ganham espaço internacional

A Belli Studio, a HGN Produções, a Lightstar Studios e a Playground têm a expectativa de fazer parcerias com produtores de outros países


	Cinema: referência no mercado internacional em animação, o Festival de Annecy recebeu no ano passado 7 mil profissionais credenciados, de 80 países.
 (MorgueFile)

Cinema: referência no mercado internacional em animação, o Festival de Annecy recebeu no ano passado 7 mil profissionais credenciados, de 80 países. (MorgueFile)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 16h45.

Rio de Janeiro – Um grupo de produtoras brasileiras espera abrir espaço em emissoras de TV de vários países, durante o Mercado Internacional do Filme de Animação, aberto hoje (12) na cidade francesa de Annecy. A Belli Studio, a HGN Produções, a Lightstar Studios e a Playground têm a expectativa de fechar negócios para exibição de seus filmes e fazer parcerias com produtores de outros países.

A Belli Studio, instalada em Blumenau, Santa Catarina, levou o projeto da série Urso Bipolar destinada a crianças entre 6 e 10 anos. Produtora executiva da empresa, Aline Belli disse à Agência Brasil que duas TVs estão interessadas e uma distribuidora negocia a pré-venda na Europa.

"A gente está nos primeiros passos. O projeto, para andar, precisa de televisões interessadas e, a partir disso, vamos começar a compor o orçamento. O projeto foi para a Ancine [Agência Nacional de Cinema] e está em fase de captação [de patrocinadores]. A gente planeja entrar em produção no final de 2014", completou.

Para a executiva, quando os brasileiros começaram a produzir e a vender lá fora aprenderam muito. "Temos séries que, de certa forma, foram uma escola para roteiristas, diretores e animadores. Com a lei da TV a cabo conseguimos chegar com os nossos produtos aqui. Antes disso, tínhamos que levar lá fora. Hoje existem mais oportunidades", informou.

Aline Belli explicou que, quando os produtores participam de eventos no exterior, são muito procurados para fazer coproduções e para mostrar os produtos. É superlegal, porque são pessoas do mundo inteiro vêm para conversar e ouvir quais são as produções feitas aqui e sobre o mercado", contou.


Aline acha que, além da qualidade dos produtos brasileiros, que têm atraído profissionais estrangeiros, a crise econômica global ajuda a trazer os profissionais para o Brasil. "Eu acho que as duas coisas somam. A crise econômica tem seu papel e faz com que as pessoas busquem lugares onde há mais oportunidade", explicou.

A diretora da Belli Studio disse que o mercado internacional é bem variado e que as faixas de interesse acabam determinando o caminho para produções. Segundo ela, a área de pré-escolar tem diversos projetos pelo mundo. "A gente tem outras possibilidades de produtos para crianças e pré-adolescentes. Esta é uma faixa a ser explorada. É um desafio", contou.

As séries brasileiras Peixonauta, Meu Amigãozão e Escola para Cachorro; Princesas do Mar, Nilba e Os Desastronautas; Sítio do Picapau Amarelo, Julie e Os Fantasmas (indicado ao Emmy Kids Awards 2012) são exibidas em canais infantis internacionais como Discovery Kids, Cartoon Network, Nickelodeon.

O retorno financeiro das produções brasileiras ultrapassou a venda dos produtos para exibição ou de parcerias no exterior. "A partir do momento em que entrou na televisão, as séries ganharam a área de licenciamento, porque as crianças têm identificação com os personagens. Eles viraram bonequinhos, escovas de dente, revistinhas e vários outros produtos", disse a produtora.

Referência no mercado internacional em animação, o Festival de Annecy recebeu no ano passado 7 mil profissionais credenciados, de 80 países. Este ano vai reunir mais de 450 produtoras e 300 distribuidores, além de investidores.

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