Neymar durante partida contra Camarões na Copa do Mundo (REUTERS/Dominic Ebenbichler)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2014 às 23h26.
Brasília - Com 48 partidas em 15 dias, 136 gols e média de 2,8 gols por partida, chegou ao fim hoje (26) a primeira fase da Copa do Mundo.
Das 32 seleções do Mundial, 16 voltaram para seus países e a outra metade permanece no Brasil para os confrontos de oitavas de final a partir de sábado (28).
Entre os times que já voltaram para a casa está a atual campeã, a Espanha. A seleção que conquistou o mundo com o toque de bola envolvente, paciente e que sempre resultava em gol, perdeu o trono no primeiro jogo, contra a Holanda.
A derrota por 5 x 1 foi um golpe duro demais para os espanhóis assimilarem a tempo de uma recuperação. Na rodada seguinte, a derrota para o Chile mandou os campeões, e todo o futebol que eles representavam, de volta para Madrid.
Outras quedas também chamaram a atenção. No Grupo D, cinco títulos mundiais ficaram pelo meio do caminho.
No chamado “grupo da morte” dessa Copa, Itália e Inglaterra não conseguiram garantir a continuidade em gramados brasileiro e astros como Balotelli, Pirlo, Buffon, Rooney e Gerrard vão voltaram mais cedo para casa e vão assistir a Copa no sofá.
O motivo das ausências de italianos e ingleses na fase de mata-mata foi a maior surpresa do torneio até agora: a Costa Rica.
Considerada a seleção mais fraca do grupo, passou por cima do Uruguai e da Itália com autoridade e se classificou com uma rodada de antecipação, quatro gols marcados e apenas um sofrido, de pênalti.
A Costa Rica está em festa, e o bom time, liderado pelo atacante Joel Campbell, tem potencial para ir além. Na próxima fase, o time da América Central enfrentará a Grécia, estreante em oitavas de final.
E a comemoração não é só dos costa-riquenhos. As seleções da América Latina estão aproveitando a Copa em seu continente. Chilenos, colombianos e argentinos protagonizaram verdadeiras invasões nos estádios e nas cidades-sede.
Na lista de classificados, estão oito seleções das Américas, cinco delas sul-americanas. Os europeus têm seis representantes oitavas de final e os africanos, dois.
A primeira fase da Copa do Mundo também reuniu algumas polêmicas.
Uma delas logo na partida de abertura, quando um pênalti duvidoso marcado a favor do Brasil despertou reações de Croatas, derrotados na partida, mas também de outras seleções, temendo um favorecimento aos donos da casa.
Mas a maior polêmica do Mundial até agora foi na última rodada, justamente no “grupo da morte”, com a mordida do atacante Suárez no ombro do italiano Chiellini.
O juiz não viu, mas com tantas câmeras à beira do campo, foi difícil negar. A mordida saiu cara para o atacante, que foi suspenso por nove jogos e está fora da Copa.
A partir de agora, quem perder volta para casa. Vai começar o drama da prorrogação, dos jogadores extenuados à beira do gramado e a sempre tensa disputa de pênaltis.
A primeira partida das oitavas será disputada no sábado, entre Brasil e Chile, no Estádio Mineirão, às 13h. No mesmo dia, às 17h, o Uruguai enfrenta a Colômbia, no Maracanã.