Patrick Stewart diz que pensou duas vezes antes de virar Professor Xavier
Declaração foi dada em coletiva realizada nesta quarta-feira, em São Paulo, na companhia de James McAvoy; Stewart só aceitou caso fossem filmes com 'significado'
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2014 às 16h12.
O sétimo filme da franquia X-Men, Dias de um Futuro Esquecido, está com a estreia marcada para o próximo dia 22 e terá novamente Patrick Stewart como Charles Xavier. Mas a história poderia ter sido bem diferente: segundo o próprio ator, ele relutou bastante antes de aceitar o papel, já na primeira parte da saga e poderia muito bem não ter sido o professor.
A declaração foi dada em coletiva realizada nesta quarta-feira, em São Paulo, organizada para divulgar o novo filme do diretor Bryan Singer. Na entrevista, também esteve presente James McAvoy, que interpreta pela segunda vez a versão mais jovem do mesmo Professor Xavier.
Aceitei [o papel] com a condição de que fossem filmes que acrescentassem algo, afirmou o inglês de 73 anos, referindo-se à temática da série, que aborda, entre outros temas, a luta de uma classe reprimida os mutantes. E eles acabaram sendo.
Porém, o motivo maior para essa dúvida, como o próprio Stewart afirmou na entrevista, estava mais relacionado à identificação dele com outros personagens clássicos na época do início das filmagens mais especificamente com o Capitão Picard, de Star Trek, vivido por ele durante sete anos, entre 1987 e 1994.
Na conversa descontraída, os dois atores britânicos (Stewart é inglês e McAvoy, escocês) ainda falaram sobre a experiência de interpretar um mesmo papel, mas em épocas diferentes algo que foi complicado para ambos.
Ao voltar no tempo, você troca as roupas e a ambientação, mas não o personagem, disse McAvoy, que ainda tinha que seguir a personalidade do Xavier do ator mais velho, um grande exemplo para ele. E Stewart completou: no caso de James, ainda existia a complicação de [fazer um professor] que ainda não sabia o que estava por vir.
O escocês continuou falando do papel de Professor X, e ainda justificou a opção de criar e interpretar um mutante mais humano que o de seu colega de personagem. Segundo ele, a opção foi feito basicamente porque vamos ao cinema para nos assistir. Mesmo Xavier sendo um super-herói, com ps próprios problemas grandiosos, ele e os outros colegas de profissão acabam sendo praticamente humanos: sofrem preconceitos, são perseguidos e têm dilemas como os nossos, e tento levar isso para o personagem.
Fora da história do filme, McAvoy e Stewart também discutiram sobre os tipos de super-poderes que gostariam de ter se fosse possível. No caso do ator mais novo, a resposta foi a mais curiosa: gostaria de conseguir fazer as pessoas gostarem de mim e de ter o poder da confiança, afirmou, para a surpresa do colega sentado ao lado.
Por fim, sobre o lado que escolheriam caso fossem mutantes de verdade, a dupla de Professores penderia para o de Erik Lehnsherr, o Magneto. Mas não exatamente pelos ideais, no caso de Stewart. Acho que ele tem as melhores roupas, afirmou o ator inglês que mesmo assim não se esqueceu das vestes de couro que usou em outro filme da série e que o faziam se sentir mais durão.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido estreia no Brasil na próxima quinta-feira, 22 de maio. A história é baseada na contada em uma série dos quadrinhos Uncanny X-Men , e mostra, em uma explicação simplificada, a luta dos mutantes para acabar com os Sentinelas, robôs criados especialmente para matá-los. No filme, Wolverine volta ao passado para impedir que essas máquinas sejam construídas e, consequentemente, evitar que os mutantes sejam extintos por elas.