No mundo, futebol feminino supera masculino dentro e fora do campo
Os Estados Unidos, por exemplo, são os maiores campeões do Mundial Feminino, com três títulos
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de junho de 2019 às 12h50.
São Paulo - Enquanto no Brasil o futebol feminino ainda está à sombra do masculino, em outros países o cenário é de igualdade ou até de superioridade da modalidade praticada pelas mulheres.
Os Estados Unidos, por exemplo, são os maiores campeões do Mundial Feminino, com três títulos, enquanto a seleção masculina levantou apenas um troféu na história, da Copa Ouro.
O mesmo ocorre no vizinho Canadá, que disputou apenas uma Copa do Mundo masculina e terminou com a pior campanha em 1986. Já na modalidade feminina, a seleção canadense chegou a uma semifinal de Mundial e soma duas medalhas de bronze em Olimpíada.
Na Europa, alguns países começaram a desenvolver o futebol feminino nos últimos anos. A França, anfitriã da Copa deste ano, tem o principal time do mundo: o Lyon, que conquistou em maio sua sexta Liga dos Campeões. Além disso, a equipe conta com a atacante norueguesa Ada Hegerberg, uma das melhores do mundo.
Itália e Espanha estão no mesmo caminho. Nesses países, o futebol feminino passou a receber mais investimento nas últimas temporadas, com a entrada de clubes grandes. Milan, Juventus, Roma, Barcelona e Atlético de Madrid possuem equipes femininas e começaram a atrair torcedores. Consequentemente, as TVs passaram a transmitir os jogos, gerando visibilidade e mais interesse.
Neste contexto, o maior campeão da Liga dos Campeões masculina percebeu que estava ficando para trás e tratou de agir. O Real Madrid confirmou que terá um time feminino no ano que vem. O clube anunciou a fusão com o Deportivo Tacón, equipe feminina fundada em 2014. A brasileira Marta está na mira dos dirigentes.
O duelo entre Atlético de Madrid e Barcelona registrou o recorde de público em um jogo de futebol feminino. No estádio Wanda Metropolitano, 60.739 torcedores acompanharam a vitória do Barcelona por 2 a 0.
Em outros casos, Suécia, Noruega, Japão e China são potências na modalidade e contam com times apenas comuns no masculino.