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Morre o guitarrista Celso Blues Boy

'Pai' do blues no Brasil, músico gravou com BB King e inspirou as novas gerações de 'bluseiros'

A carreira de Blues Boy começou cedo, quando ainda aos 17 anos integrou a banda que acompanhava Raul Seixas (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2012 às 19h59.

São Paulo - Considerado o principal nome do blues no Brasil, Celso Blues Boy, 56, morreu na manhã desta segunda-feira em Joinville, Santa Catarina, onde passou a viver nos últimos anos. Segundo o empresário do guitarrista, Celso sofria de bócio, causado pela perda de iodo no organismo.

Nas redes sociais, fãs do pai do blues brasileiro estão, desde o início da tarde, lamentando a perda do artista que, apesar do mercado limitado para o gênero no Brasil, conseguiu feitos como gravar com BB King, a expressão máxima do blues, e inspirar uma nova geração de bluseiros, da qual fazem parte bandas como Blues Etílicos e Baseado em Blues.

A carreira de Blues Boy começou cedo, quando ainda aos 17 anos integrou a banda que acompanhava Raul Seixas, na década de 70. Nos anos 80, quando a rádio Fluminense ajudava a propagar o rock brasileiro, o branco de voz rouca e sempre empunhando uma Fender Stratocaster, tal qual o ‘Deus’ Eric Clapton, tornou-se conhecido e ganhou espaço nos programas de auditório. O primeiro álbum solo, ‘Som na Guitarra’ (1984), transformou Blues Boy no pai do gênero no Brasil, apesar de ser um rock a faixa mais tocada desse período (‘Aumenta que Isso Aí e Rock’n’Roll’).

Ao lado das bandas que surgiram no Rock Brasil, o guitarrista ficou marcado como uma espécie de ‘guitar hero’ de uma época. Ainda nos anos 80, estourou nas rádios com ‘Marginal’, gravada com Cazuza, ‘Fumando na Escuridão’ e com sua participação nas trilhas dos longas nacionais ‘Rock Estrela’ e ‘Bete Balanço’.

Nos anos 90, tentou a carreira internacional, e vem daí a realização de um sonho do músico. Como desejam absolutamente todos os músicos que um dia se aventuraram no blues, Celso Blues Boy gravou ‘Mississipi’ com BB King – um blues com a mítica e incansavelmente repetida lenda do bluesman que vende a alma ao diabo. A faixa integrou o LP ‘Indiana Blues’, de 1995. Naquele ano Blues Boy se apresentou no Festival de Monreaux, na Suíça, onde, além de participar da programação oficial, tocou com músicos da banda de James Brown e artistas da música instrumental de outros cantos do planeta, reunidos em canjas no The Duke’s, ponto de encontro das atrações do evento.

Tal como na lenda do bluesman que vende a alma ao diabo, um artista de blues no Brasil não faz fortuna. E, recentemente, com a nova ordem do mercado fonográfico, com vendas em queda e pirataria a todo vapor, a saída para músicos fora das paradas de sucesso são os shows em sequência. Na última década, apesar de a produção de novas canções ter caído de ritmo, Blues Boy mantinha o ritmo de viagens e apresentações em festivais, casas de show e bares onde o rock e o blues são cultuados. O último álbum de inéditas foi gravado em 2011 (‘Por um Monte de Cerveja’).

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São Paulo - Considerado o principal nome do blues no Brasil, Celso Blues Boy, 56, morreu na manhã desta segunda-feira em Joinville, Santa Catarina, onde passou a viver nos últimos anos. Segundo o empresário do guitarrista, Celso sofria de bócio, causado pela perda de iodo no organismo.

Nas redes sociais, fãs do pai do blues brasileiro estão, desde o início da tarde, lamentando a perda do artista que, apesar do mercado limitado para o gênero no Brasil, conseguiu feitos como gravar com BB King, a expressão máxima do blues, e inspirar uma nova geração de bluseiros, da qual fazem parte bandas como Blues Etílicos e Baseado em Blues.

A carreira de Blues Boy começou cedo, quando ainda aos 17 anos integrou a banda que acompanhava Raul Seixas, na década de 70. Nos anos 80, quando a rádio Fluminense ajudava a propagar o rock brasileiro, o branco de voz rouca e sempre empunhando uma Fender Stratocaster, tal qual o ‘Deus’ Eric Clapton, tornou-se conhecido e ganhou espaço nos programas de auditório. O primeiro álbum solo, ‘Som na Guitarra’ (1984), transformou Blues Boy no pai do gênero no Brasil, apesar de ser um rock a faixa mais tocada desse período (‘Aumenta que Isso Aí e Rock’n’Roll’).

Ao lado das bandas que surgiram no Rock Brasil, o guitarrista ficou marcado como uma espécie de ‘guitar hero’ de uma época. Ainda nos anos 80, estourou nas rádios com ‘Marginal’, gravada com Cazuza, ‘Fumando na Escuridão’ e com sua participação nas trilhas dos longas nacionais ‘Rock Estrela’ e ‘Bete Balanço’.

Nos anos 90, tentou a carreira internacional, e vem daí a realização de um sonho do músico. Como desejam absolutamente todos os músicos que um dia se aventuraram no blues, Celso Blues Boy gravou ‘Mississipi’ com BB King – um blues com a mítica e incansavelmente repetida lenda do bluesman que vende a alma ao diabo. A faixa integrou o LP ‘Indiana Blues’, de 1995. Naquele ano Blues Boy se apresentou no Festival de Monreaux, na Suíça, onde, além de participar da programação oficial, tocou com músicos da banda de James Brown e artistas da música instrumental de outros cantos do planeta, reunidos em canjas no The Duke’s, ponto de encontro das atrações do evento.

Tal como na lenda do bluesman que vende a alma ao diabo, um artista de blues no Brasil não faz fortuna. E, recentemente, com a nova ordem do mercado fonográfico, com vendas em queda e pirataria a todo vapor, a saída para músicos fora das paradas de sucesso são os shows em sequência. Na última década, apesar de a produção de novas canções ter caído de ritmo, Blues Boy mantinha o ritmo de viagens e apresentações em festivais, casas de show e bares onde o rock e o blues são cultuados. O último álbum de inéditas foi gravado em 2011 (‘Por um Monte de Cerveja’).

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