Durante o governo do presidente Ernesto Pérez Balladares (1994-1999), foi nomeado mais uma vez representante permanente do Panamá junto às Nações Unidas (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2012 às 20h14.
Panamá - O advogado e diplomata Jorge Illueca Sibauste, que foi presidente constitucional do Panamá durante oito meses em 1984, morreu nesta quinta-feira aos 94 anos devido a problemas respiratórios.
Nomeado vice-presidente constitucional em 1982, Illueca substituiu em fevereiro de 1984 o então presidente Ricardo de la Espriella, e se manteve no cargo máximo da República até a realização das eleições presidenciais de outubro do mesmo ano.
Durante sua trajetória como diplomata, foi embaixador do Panamá junto às Nações Unidas em 1956 e, um ano depois, foi nomeado delegado do 11ª Período Regular de Sessões da Assembleia Geral da organização.
Durante o governo ''de facto'' do general Omar Torrijos Herrera, foi nomeado novamente embaixador na ONU (1976-1981), cargo do qual defendeu o reinício das negociações de um novo tratado com Washington pela soberania das áreas da chamada Zona do Canal do Panamá, uma faixa de oito quilômetros de cada lado da via interoceânica que era então controlada pelos Estados Unidos.
Entre os anos de 1981 e 1983, atuou como ministro das Relações Exteriores e, nesse último ano, foi eleito presidente da 38ª edição da Assembleia Geral da ONU.
O político e diplomata panamenho também foi representante de seu país perante organismos da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Movimento Não Alinhado e do Grupo dos 77, entre outros.
Também, a título pessoal, foi membro da Comissão de Direito Internacional da ONU até 1991.
Durante o governo do presidente Ernesto Pérez Balladares (1994-1999), foi nomeado mais uma vez representante permanente do Panamá junto às Nações Unidas.
Em 2006, se opôs ao projeto de ampliação do Canal do Panamá, por considerar que nem todos os panamenhos contavam com as informações técnicas, financeiras, ambientais e sociais necessárias sobre a obra planejada, que foi finalmente aprovada em consulta popular e que é hoje realizada com um orçamento superior a US$ 5 bilhões.