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Um brasileiro está comprando todos os discos do mundo

Zero Freitas têm milhões de discos e vai demorar 20 anos para descobrir exatamente quantos são

Em uma biblioteca de Paris, homem segura vinil de Louis Armstrong e Ella Fitzgerald (MIGUEL MEDINA/AFP/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2014 às 12h43.

São Paulo — “Compramos qualquer coleção de discos. De qualquer estilo musical . Pagamos melhor que qualquer um”.

O anúncio acima, publicado nos Estados Unidos, é apenas um resumo da compulsão que o brasileiro Zero Freitas tem por discos de vinil. Seu jeito de comprar resultou em uma vastíssima e bagunçadíssima discoteca que chamou a atenção de outros colecionadores e até do New York Times.

Segundo o jornal americano, Freitas compra discos compulsivamente desde 1964, quando adquiriu o primeiro, “Roberto Carlos Canta Para a Juventude”. Na faculdade, já tinha 3.000 LPs. Hoje são milhões, mas não se sabe exatamente quantos. Sabe-se que apenas uma das coleções compradas por ele tinha 3 milhões de exemplares e que só de Roberto Carlos são mais de 1.700.

Freitas nem faz questão de saber o que está comprando por que suas intenções parecem ser maiores que a de um colecionador comum. Em vez de reunir objetos que gosta, o brasileiro quer acumular e preservar toda a música já registrada neste tipo de mídia na história. Por isso mantém olheiros em Nova York, África do Sul, Cairo e Nigéria procurando coleções à venda.

Comprar desse jeito, é claro, só podia dar em caos. Freitas, que ficou rico com sua empresa de ônibus que opera em São Paulo, acabou obrigado a usar os galpões de seu outro negócio (uma empresa de aluguel de equipamentos para shows e eventos) para guardar os discos.

Doze universitários foram contratados para organizar, fotografar e catalogar digitalmente os vinis e tentar dar alguma ordem ao mar de discos. Em uma espécie de linha de produção, mais ou menos 500 são registrados por dia, com nome, artista, ano, gravadora e antigo proprietário.

Em mais ou menos 20 anos, os registros estariam prontos se Freitas parasse de comprar. Mas ele não vai parar.

Infância

Ao NY Times, Freitas conta que tudo começou quando ele tinha cinco anos de idade e seu pai comprou um toca-discos com 200 LPs. Adolescente, ele adquiriu seu primeiro por conta própria e décadas se passaram sem que ele conseguisse parar. “Passei 40 anos na terapia tentando explicar isso para mim mesmo”, resume.

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Segundo o jornal americano, Freitas compra discos compulsivamente desde 1964, quando adquiriu o primeiro, “Roberto Carlos Canta Para a Juventude”. Na faculdade, já tinha 3.000 LPs. Hoje são milhões, mas não se sabe exatamente quantos. Sabe-se que apenas uma das coleções compradas por ele tinha 3 milhões de exemplares e que só de Roberto Carlos são mais de 1.700.

Freitas nem faz questão de saber o que está comprando por que suas intenções parecem ser maiores que a de um colecionador comum. Em vez de reunir objetos que gosta, o brasileiro quer acumular e preservar toda a música já registrada neste tipo de mídia na história. Por isso mantém olheiros em Nova York, África do Sul, Cairo e Nigéria procurando coleções à venda.

Comprar desse jeito, é claro, só podia dar em caos. Freitas, que ficou rico com sua empresa de ônibus que opera em São Paulo, acabou obrigado a usar os galpões de seu outro negócio (uma empresa de aluguel de equipamentos para shows e eventos) para guardar os discos.

Doze universitários foram contratados para organizar, fotografar e catalogar digitalmente os vinis e tentar dar alguma ordem ao mar de discos. Em uma espécie de linha de produção, mais ou menos 500 são registrados por dia, com nome, artista, ano, gravadora e antigo proprietário.

Em mais ou menos 20 anos, os registros estariam prontos se Freitas parasse de comprar. Mas ele não vai parar.

Infância

Ao NY Times, Freitas conta que tudo começou quando ele tinha cinco anos de idade e seu pai comprou um toca-discos com 200 LPs. Adolescente, ele adquiriu seu primeiro por conta própria e décadas se passaram sem que ele conseguisse parar. “Passei 40 anos na terapia tentando explicar isso para mim mesmo”, resume.

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