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Maratona olímpica será disputada em Sapporo, apesar da oposição de Tóquio

COI propôs levar as duas provas olímpicas de atletismo de maior distância a Sapporo com o objetivo de "proteger a saúde dos atletas"

Tóquio 2020: o presidente do COI, Thomas Bach, se desculpou com as autoridades e os cidadãos japoneses (Issei Kato/Reuters)
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EFE

Publicado em 1 de novembro de 2019 às 11h39.

Tóquio — A maratona dos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020 será disputada na cidade de Sapporo, no norte do Japão, por decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) e apesar da oposição dos organizadores e da capital japonesa à mudança.

O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do COI, John Coates, anunciou que todas as partes "reconheciam a autoridade da organização olímpica internacional para decidir a mudança de sede" das provas de maratona e marcha atlética.

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"Ainda achamos que o melhor era que (essas provas) ocorressem em Tóquio, mas queremos garantir o sucesso dos Jogos. Não podemos concordar com a decisão do COI, mas também não podemos obstruí-la", disse a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, que classificou a medida como "decisão sem consenso".

O COI também se comprometeu a não realizar mais modificações de sedes e definiu com os organizadores japoneses que os custos da mudança das duas provas para Sapporo não serão arcados pelo governo da Região Metropolitana de Tóquio, embora ainda falte decidir quem irá financiar a medida.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2020, o governo de Tóquio, o COI e o governo central japonês concordaram com essas medidas durante uma reunião realizada entre quinta-feira e sexta-feira em Tóquio, o que põe fim ao conflito aberto entre essas partes desde que o Comitê Olímpico Internacional propôs a transferência de sedes em meados de outubro.

O COI propôs levar as duas provas olímpicas de atletismo de maior distância de Tóquio a Sapporo (cerca de 800 km ao norte) com o objetivo de "proteger a saúde dos atletas", pois as temperaturas na cidade do norte são muito inferiores às da capital nas datas dos Jogos.

Koike criticou o fato de a proposta ter chegado "abruptamente", cerca de nove meses antes dos Jogos - que serão disputados de 24 de julho a 9 de agosto - e deixou clara a "decepção" da organização e dos japoneses "que trabalharam duro e com grande entusiasmo" para preparar os eventos.

O presidente do COI, Thomas Bach, se desculpou com as autoridades e os cidadãos japoneses e pediu "entendimento" por uma medida que foi obrigado a tomar "pelo bem dos atletas", em um e-mail pessoalmente endereçado a Koike, segundo a governadora.

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