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Mais de 200 cinemas exibirão o polêmico filme "A Entrevista"

Vários cinemas independentes dos EUA foram os primeiros a anunciar nesta terça-feira que estavam dispostos a exibir o filme no dia do Natal, como previsto


	Sony: estreia foi cancelada depois de estúdios da Sony Pictures sofrerem ataque cibernético
 (Toru Hanai/Reuters)

Sony: estreia foi cancelada depois de estúdios da Sony Pictures sofrerem ataque cibernético (Toru Hanai/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 06h24.

Washington - Mais de 200 cinemas se juntaram nesta terça-feira à iniciativa de várias salas independentes de exibir o polêmico filme "A Entrevista", que teve sua estreia cancelada após um ataque de hackers contra os estúdios Sony Pictures e depois que foram feitas ameaças contra as salas que decidissem projetá-lo, segundo confirmou a companhia.

Vários cinemas independentes dos Estados Unidos - como o El Plaza Theater (Atlanta) e o The Alamo Drafthouse (Dallas) - foram os primeiros a anunciar nesta terça-feira que estavam dispostos a exibir o filme no dia do Natal, como estava previsto.

A Sony autorizou que esses cinemas lançassem "A Entrevista" e, horas mais tarde, outras salas de todo o país se juntaram à inciativa, entre elas a The Bijou, em Traverse City, no estado do Michigan, que pertence ao cineasta Michael Moore.

"A Entrevista" é uma comédia de Seth Rogen e James Franco que relata um complô fictício dos EUA para assassinar o ditador norte-coreano, Kim Jong-um, e foi considerado pelo regime de Pyongyang como um "ato de guerra".

A estreia foi cancelada depois de os estúdios da Sony Pictures sofrerem um ataque cibernético, que o governo dos Estados Unidos vinculou à Coreia do Norte, e os hackers ameaçarem causar pânico nas salas que decidissem projetá-lo.

"Nunca nos rendemos para estrear 'A Entrevista' e estamos entusiasmados porque nosso filme chegará a vários cinemas no dia de Natal", afirmou o executivo-chefe de Sony Pictures, Michael Lynton, em comunicado.

Lynton garantiu que a Sony Pictures continua com seus esforços para assegurar que o filme seja exibido em mais cinemas e também através de plataformas alternativas.

"A liberdade prevaleceu! A Sony não se rendeu!" tuitou Seth Rogen, ator, codiretor e um dos roteiristas do filme.

No ataque cibernético, cometido no dia 24 de novembro, os hackers roubaram números de identificação fiscal e relatórios médicos, entre outras informações, de mais de 3 mil funcionários da companhia.

Além disso, os hackers, que se autodenominam "Guardians of Peace" (guardiões da paz, em inglês), apropriaram-se de cinco filmes inéditos da Sony Pictures, um dos principais estúdios de cinema de Hollywood, que foram divulgados na internet antes do tempo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aplaudiu a decisão da Sony de autorizar a projeção do filme em cinemas independentes.

"Como o presidente deixou claro, somos um país que acredita na liberdade de expressão e no direito à expressão artística", disse o porta-voz da Casa Branca Eric Schultz.

Na última sexta-feira, o presidente considerou um "erro" a decisão da Sony de suspender a estreia do filme.

As palavras de Obama incomodaram Lynton, que responsabilizou as salas de cinema, que preferiram cancelar a exibição do filme de maneira preventiva, o que não lhe deixou outra opção.

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