Mães da tragédia dos Andes em 1972 se solidarizam com Chapecoense
"É difícil em circunstâncias como estas pensar além da dor, mas saibam que contam com toda nossa solidariedade e empatia", afirma a nota
EFE
Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 17h14.
Montevidéu - A organização integrada pelas mães dos mortos na tragédia dos Andes de 1972 publicou em sua página no Facebook uma carta na qual se solidarizam com os familiares das vítimas do voo que caiu com o time da Chapecoense .
"É difícil em circunstâncias como estas pensar além da dor, mas saibam que contam com toda nossa solidariedade e empatia", afirma a nota publicada pela organização, chamada Biblioteca Nuestros Hijos.
O comunicado começa dizendo que "quarenta e três anos atrás, mas na cordilheira dos Andes, mães, pais e irmãos de um grupo de desportistas uruguaios viviam um desassossego como o que hoje vivem os entes queridos falecidos no acidente do avião que transportava a equipe da Chapecoense".
"As mães dos que não voltaram dos Andes fundaram a Biblioteca Nuestros Hijos, sublimando assim sua dor para servir aos demais e manter viva a lembrança de seus filhos. Daqui abrimos nossos braços e corações às famílias e amigos das vítimas de Chapecó, Brasil", completa a carta, publicada em espanhol e em português.
No dia 13 de outubro de 1972 partiram de Montevidéu em um avião de passageiros da força aérea do Uruguai os jogadores do clube de rugby Old Christians e seus familiares (45 pessoas), rumo a Santiago do Chile, mas nunca chegaram ao destino, já que uma tempestade fez com que se chocassem contra os Andes.
A Chapecoense perdeu na segunda-feira 19 de seus 30 jogadores, toda sua comissão técnica e vários de seus dirigentes no acidente de avião em que a equipe viajava à cidade colombiana de Medellín para disputar o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana.