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Luxo enquanto espera: Louis Vuitton inaugura seu primeiro lounge em aeroporto

O lounge está localizado no Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha, e funciona todos os dias 24 horas

Entre as amenidades do espaço está um cardápio assinado por Yannick Alléno (Qatar Airways/Divulgação)
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 12 de junho de 2023 às 16h03.

Última atualização em 12 de junho de 2023 às 16h16.

Para complementar a exclusividade e o luxo de viajar na primeira classe e na executiva, a Qatar Airways acaba de inaugurar o primeiro lounge da Louis Vuitton no mundo, no Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha.

Entre as amenidades do espaço está um cardápio assinado por Yannick Alléno, chef francês que acumula 12 estrelas Michelin no currículo. Para o restaurante, Alléno desenvolveu um conceito “multilíngue”, em que os pratos são feitos com ingredientes locais, além de clássicos internacionais, como sushi, caviar, sanduíches e lagosta.

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Este é o nono projeto culinário da grife francesa.

O lounge está localizado acima da loja Louis Vuitton e do Qatar Duty Free no saguão central do Aeroporto Internacional de Hamad e funciona todos os dias 24 horas.

O acesso é feito pelo Al Mourjan Business Lounge, localizado pelo "The Garden", espaço de 7 mil metros quadrados.

Lounge Louis Vuitton: cardápio assinado por Yannick Alléno. (Louis Vuitton/Divulgação)

LVMH se torna a primeira da Europa a atingir US$ 500 bilhões em valor de mercado

A LVMH, dona de marcas de luxo como Dior, Tiffany & Co. e Louis Vuitton, se tornou a primeira empresa da Europa a superar o montante de US$ 500 bilhões em valor de mercado. O recorde acontece em um momento em que a companhia se beneficia tanto de eventos internos quanto externos, como a reabertura chinesa e o aumento do valor do euro.

Internamente,a LVMH apresentou um forte crescimento no primeiro trimestre do ano, registrando receitas de € 21 bilhões — alta de 17% em relação ao ano anterior. Os dados foram impulsionados por vendas fortes na Europa e no Japão, além de ter mantido o ciclo de expansão nos Estados Unidos.

A reabertura chinesa, após ondas de fechamentos por conta da pandemia de covid-19, também contribuiu para impulsionar os números e mostrar a apetite por produtos e artigos de luxo.

Quem está por trás da LVMH

A LVMH é comandada por Bernard Arnault, que detém 50% da operação. Atualmente, ele é o homem mais rico do mundo com um patrimônio estimado em US$ 243,2 bilhões, de acordo com o índice de bilionário da "Forbes".Logo após a divulgação do  balanço do primeiro trimestre, o francês viu sua fortuna aumentar US$ 11, 7 bilhões em apenas um dia.

Conhecido por sua gana de vencer e estratégia agressiva nos negócios, Arnault ganhou alguns apelidos que ajudam revelar a jornada construída pelo atual dono do posto de homem mais rico do mundo. Entre eles, “O Exterminador do futuro”, “Lobo de Cashmere”, “Sun Tzu do Luxo” e o “Maquiavel das Finanças”.

O primeiro, “O Exterminador do Futuro”, surgiu logo que entrou no mercado de luxo, na década de 1980. Ele disputou a licitação pelo Boussac, conglomerado que detinha a marca Christian Dior, e pouco tempo depois de assumir o negócio, demitiu 9 mil funcionários e se desfez da maior parte dos ativos da empresa, mantendo a marca Dior.

A conquista do comando da LVMH veio como resultado de uma outra batalha travada pelo executivo, quando ganhou denominações como “o lobo do cashmere” e “Maquiavel das finanças”, referência a Nicolau Maquiavel, autor do clássico “O Príncipe”.

Em 1989, ele assumiu a companhia, resultado da fusão entre a empresa de moda Louis Vuitton e o produtor de bebidas Moët Hennessy, em 1987. Arnault tinha investido no negócio e passou a discordar da gestão de Henry Racamier, conhecido por vitalizar a Louis Vuitton. Por dentro, mexeu as peças, tirou Racamier do poder e o expulsou do conselho.

A última jogada em que a estratégia de Arnault pode ser acompanhada de perto foi na aquisição da Tiffany & Co. Após a LVMH e a joalheria americana anunciarem um acordo para a transação, veio a pandemia, perda de valor de mercado e trocas públicas de acusações entre as duas companhias.

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