Já pensou em se hospedar numa obra de arte? Em Minas é possível
Por uma diária de 800 reais, a partir de 15 de novembro você poderá se hospedar em um parque artístico de 10.000 metros quadrados em Extrema, Minas Gerais
Matheus Doliveira
Publicado em 26 de outubro de 2020 às 13h50.
Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 14h07.
Em um terreno de 10.000 metros quadrados rodeado de verde em Extrema, município de Minas gerais , natureza, arquitetura e obras de arte se encontram em novo parque artístico a céu aberto (no estilo museu de Inhotim). Mas em vez de contemplarem as instalações por algumas horas, os visitantes da Casa Vista, projeto do artista plástico Rafael Sanches, poderão se hospedar dentro de uma obra de arte para apreciar as demais.
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A ideia, segundo o artista, é criar um ambiente de total imersão para os visitantes do parque. A inauguração acontecerá no próximo dia 15 de novembro e, diferentemente de uma galeria ou museu comum, onde se vendem ingressos para conhecer as obras, a experiência imersiva na Casa Vista será por hospedagem na plataforma Airbnb . O preço da diária é salgado: 800 reais. Mas a experiência promete ser única. “É diferente de entrar numa exposição e ficar 30 minutos na sala. Aqui é mergulhar de verdade numa instalação imersiva, uma verdadeira galeria a céu aberto com esculturas, arquitetura e mobiliários, mas com um quê a mais: a conexão real com a natureza, o poder sentir a terra”, diz Sanches.
Com duas suítes e capacidade para até quatro pessoas, a casa em formato de contêiner possui poltrona e pias assinadas por Sanches e outros itens de marcas renomadas e premiadas como Wentz, Prototype, Noori e Zissou. Fora da casa conceitual, instalações de arte, arquitetura e mobiliários, além da própria natureza, fazem parte da programação.
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A casa, que foi executada pelo escritório Studio Adi, conta com energia solar, água potável proveniente de uma nascente local,pomar, galinheiro e uma estufa com horta que poderá ser utilizada livremente pelos hóspedes. “Já faz um tempo que tenho explorado mais a vertente da arquitetura e criação de mobiliários. Em meio à pandemia, com tantos questionamentos e buscas de novos propósitos, senti que era o momento de concretizar toda essa pesquisa e esforço. Há três anos me chamariam de louco. Hoje, sinto que estou preparado e tenho liberdade para fazer isso”, conta o artista.