rowling (EFE)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2014 às 18h23.
A escritora britânica J.K. Rowling anunciou seu apoio à campanha do "não" pela separação da Escócia do Reino Unido e acabou recebendo insultos e críticas, que foram condenadas nesta quarta-feira por opositores e partidários da independência.
"Isto tem que parar, o povo deve poder se expressar livremente e sem medo", declarou a trabalhista escocesa Margaret Curran, que qualificou as mensagem recebidas por Rowling como um "abuso".
O principal ministro escocês, o nacionalista Alex Salmond, sustentou por sua vez que tanto os partidários da independência como "J.K Rowling, que respalda a campanha do 'não', têm direito a expressar seu apoio sem receber ataques de lugar algum".
"Acho que todo o mundo deve poder expressar seu ponto de vista em qualquer sentido", afirmou Salmond. A polêmica foi levantada depois que Rowling, que vive em Edimburgo há mais de 20 anos, anunciou que doou um milhão de libras à campanha "Melhor juntos", promovida pelos três principais partidos britânicos: conservadores, trabalhistas e liberal-democratas.
A maior polêmica foi uma mensagem no Twitter da ONG Dignity Project, dedicada a ajudar crianças na África, na qual tachava a escritora de "raposa" por apoiar o "não" à independência, quando Edimburgo lhe "deu abrigo quando era uma mãe solteira".
Horas depois que a mensagem foi publicada, a organização divulgou um comunicado no qual assegurava que sua conta no "Twitter" foi hackeada, motivo pelo qual negou sua responsabilidade "sobre algum tweet que tenha sido enviado".
Por causa dessa mensagem, um porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, ressaltou que "não há lugar para os comportamentos abusivos em nenhuma esfera da vida".
Um porta-voz da Yes Scotland, a campanha a favor do "sim" no referendo sobre a independência da Escócia do próximo 18 de setembro, criticou a mensagem da ONG.
"Podemos estar em desacordo com seus pontos de vista, mas respeitamos totalmente, certamente, J.K. Rowling, seu direito a expressar sua opinião sobre o referendo e a doação à campanha pelo 'não'", afirmou um porta-voz da organização.