Itália irá ampliar visitas do público ao palácio Quirinal
Somente alguns espaços da sede da Presidência da República podiam ser visitados até agora, e apenas aos domingos
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2015 às 17h36.
Roma, 21 fev (EFE).- O Palácio do Quirinal, sede da presidência da República da Itália , abrirá suas portas diariamente e mostrará espaços até agora fechados ao público para reforçar a união histórica e cultural entre a instituição e os cidadãos.
Essa foi uma das primeiras decisões tomadas pelo novo presidente da República, Sergio Mattarella, que jurou seu cargo em 2 de fevereiro e se fixou como prioridade 'superar as dificuldades dos italianos e realizar suas esperanças'.
Mattarella decidiu em sua terceira semana como presidente do país abrir 'um lugar simbólico da história e da cultura dos italianos', um palácio 'que acompanhou a história da Itália e dos italianos e que continua os acompanhando'.
O anúncio foi feito no próprio palácio durante o ato de apresentação de uma exposição de tapeçarias pertencentes à família Medici que constitui um dos melhores testemunhos da arte do Renascimento.
'Pedi que o palácio se abra às visitas a cada dia, todos os dias da semana. Dei indicações para que se amplie também o percurso das visitas, a salões e ambientes que antes não eram visíveis', detalhou.
O presidente também disse ter solicitado 'que os escritórios sejam retirados de alguma parte do palácio, para destinar estes espaços a novas exposições permanentes ou temporárias'.
Embora não tenha estabelecido uma data, Mattarella já antecipou que 'um grupo de trabalho já se ocupa de definir a modalidade deste novo uso do palácio'.
'Trata-se de relacionar dia a dia a função do Quirinal como sede da presidência da República junto com a história de nosso país e nossos concidadãos', resumiu o presidente.
Atualmente, o palácio, 'ponto de referência da vida democrática da nação e museu aberto à Itália e ao mundo', pode ser visitado quase todos os domingos com um horário limitado a três horas e meia durante a manhã.
Situado na colina Quirinal, a mais alta das sete que rodeiam Roma , o recinto sempre foi um lugar dedicado a organizar a vida política e social italiana, uma função que remonta à Antiguidade, quando no século IV a.C. foi espaço de culto e palco de ritos e cerimônias.
O palácio foi criado em 1573 como casa pontifícia de verão por decisão do papa Gregório XIII, após o que se transformou em residência real e, em 1947, em sede da presidência da República.
A passagem da monarquia deixou móveis, quadros e teares, enquanto da época pontifícia se conservam uma coleção de grandes vasos orientais, consoles dos finais do século XVII e princípios do XVIII e alguns quadros e teares.
As coleções mais vistosas são as dos relógios franceses de bronze dos finais do XVIII e princípios do XIX, a das peças de porcelana do século XVIII adquirida pela Família Real e as mais de cem carruagens que utilizaram tanto os papas como os membros da monarquia.
Em estâncias com decorações neorococó, decoradas com tapetes, cortinas, tapeçarias e grandes lâmpadas, com móveis dourados com veludo vermelho e tetos adornados, se exibem coleções de arte antiga - quase todas de motivos religiosos - e de arte moderna, com obras procedentes de distintas Bienais de Veneza.
Em seu interior esconde um jardim de quatro hectares adornado com fontes, estátuas e com um palacete de menor tamanho chamado Coffee House, no qual os diversos hóspedes do Quirinal mantinham reuniões, em sua maioria de caráter cultural.
Além das coleções, talvez o que mais atraia os cidadãos seja a curiosidade de poder percorrer os mesmos corredores pelos quais pisaram os diferentes governantes do país ou visitar as estâncias nas quais receberam líderes internacionais.
Roma, 21 fev (EFE).- O Palácio do Quirinal, sede da presidência da República da Itália , abrirá suas portas diariamente e mostrará espaços até agora fechados ao público para reforçar a união histórica e cultural entre a instituição e os cidadãos.
Essa foi uma das primeiras decisões tomadas pelo novo presidente da República, Sergio Mattarella, que jurou seu cargo em 2 de fevereiro e se fixou como prioridade 'superar as dificuldades dos italianos e realizar suas esperanças'.
Mattarella decidiu em sua terceira semana como presidente do país abrir 'um lugar simbólico da história e da cultura dos italianos', um palácio 'que acompanhou a história da Itália e dos italianos e que continua os acompanhando'.
O anúncio foi feito no próprio palácio durante o ato de apresentação de uma exposição de tapeçarias pertencentes à família Medici que constitui um dos melhores testemunhos da arte do Renascimento.
'Pedi que o palácio se abra às visitas a cada dia, todos os dias da semana. Dei indicações para que se amplie também o percurso das visitas, a salões e ambientes que antes não eram visíveis', detalhou.
O presidente também disse ter solicitado 'que os escritórios sejam retirados de alguma parte do palácio, para destinar estes espaços a novas exposições permanentes ou temporárias'.
Embora não tenha estabelecido uma data, Mattarella já antecipou que 'um grupo de trabalho já se ocupa de definir a modalidade deste novo uso do palácio'.
'Trata-se de relacionar dia a dia a função do Quirinal como sede da presidência da República junto com a história de nosso país e nossos concidadãos', resumiu o presidente.
Atualmente, o palácio, 'ponto de referência da vida democrática da nação e museu aberto à Itália e ao mundo', pode ser visitado quase todos os domingos com um horário limitado a três horas e meia durante a manhã.
Situado na colina Quirinal, a mais alta das sete que rodeiam Roma , o recinto sempre foi um lugar dedicado a organizar a vida política e social italiana, uma função que remonta à Antiguidade, quando no século IV a.C. foi espaço de culto e palco de ritos e cerimônias.
O palácio foi criado em 1573 como casa pontifícia de verão por decisão do papa Gregório XIII, após o que se transformou em residência real e, em 1947, em sede da presidência da República.
A passagem da monarquia deixou móveis, quadros e teares, enquanto da época pontifícia se conservam uma coleção de grandes vasos orientais, consoles dos finais do século XVII e princípios do XVIII e alguns quadros e teares.
As coleções mais vistosas são as dos relógios franceses de bronze dos finais do XVIII e princípios do XIX, a das peças de porcelana do século XVIII adquirida pela Família Real e as mais de cem carruagens que utilizaram tanto os papas como os membros da monarquia.
Em estâncias com decorações neorococó, decoradas com tapetes, cortinas, tapeçarias e grandes lâmpadas, com móveis dourados com veludo vermelho e tetos adornados, se exibem coleções de arte antiga - quase todas de motivos religiosos - e de arte moderna, com obras procedentes de distintas Bienais de Veneza.
Em seu interior esconde um jardim de quatro hectares adornado com fontes, estátuas e com um palacete de menor tamanho chamado Coffee House, no qual os diversos hóspedes do Quirinal mantinham reuniões, em sua maioria de caráter cultural.
Além das coleções, talvez o que mais atraia os cidadãos seja a curiosidade de poder percorrer os mesmos corredores pelos quais pisaram os diferentes governantes do país ou visitar as estâncias nas quais receberam líderes internacionais.