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Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2012 às 19h36.
Buenos Aires - Poucos dias depois das celebrações do 60º aniversário da morte de Eva Perón, a argentina Erminda Duarte, a última irmã viva de Evita, morreu na noite desta terça-feira aos 95 anos em Buenos Aires, informou hoje a imprensa local.
Nascida em 1916, Erminda, que era três anos mais velha que Evita e a quarta dos cinco irmãos Duarte, foi fruto de uma relação extraconjugal do fazendeiro Juan Duarte com Juana Ibarguren.
Erminda Duarte, que não teve filhos e nunca esteve vinculada à política, apareceu em público pela última vez na última semana para participar dos atos de homenagem a Evita, segunda esposa do ex-presidente Juan Domingo Perón, que morreu no dia 26 de julho de 1952.
Após a morte de Evita, a família Duarte se distanciou progressivamente de Juan Domingo Perón. Em 1955, quando o mesmo foi deposto, a mãe e as irmãs de Eva se exilaram no Chile até 1962.
Em 1971, Erminda viajou para Madri com sua irmã Blanca para participar do processo de repatriação do corpo de Evita, que tinha sido sequestrado pela ditadura, enterrado em segredo na Itália e entregue a Perón durante seu exílio na capital espanhola.
Um ano depois, Erminda publicou o livro ''Minha irmã Evita'', que traz sua visão sobre a história de Eva.
Na década de 80, após o retorno da democracia, Erminda e sua irmã Blanca ganharam um complexo processo judicial pela herança de Evita. Na ocasião, a terceira esposa de Perón, Isabel, teve que desembolsar uma quantia de US$ 2 milhões.
Erminda era a última sobrevivente dos irmãos Duarte. Juan Duarte, que chegou a ser secretário de Perón, morreu em 1953; Elisa morreu aos 52 anos, em 1967, e Blanca morreu aos 96 anos, em 2005.
Os restos de Erminda serão enterrados hoje no cemitério portenho da Recoleta, mesmo local onde se encontra o corpo de Eva Duarte Perón.