Lollapalooza 2018: Pearl Jam encerrou segunda noite do festival (Mauricio Santana/Getty Images)
EFE
Publicado em 25 de março de 2018 às 10h14.
São Paulo - A banda Imagine Dragons subiu ao palco neste sábado com um show elétrico, comprometido socialmente e cheio de positivismo, na segunda noite do festival Lollapalooza 2018, que terminou com o Pearl Jam e sua viagem à década de 90.
"Inabalável" é a melhor palavra para descrever o vocalista da banda de Las Vegas, Dan Reynolds: envolveu o público presente no Autódromo de Interlagos, pegou nos braços seu guitarrista enquanto tocava e fez um discurso contra a política de armas nos Estados Unidos.
"Estou cansado do que acontece nos EUA. Estou cansado de perder nossos filhos com armas", denunciou Reynolds sob os aplausos dos fãs.
A banda levantou o público com músicas como "I Don't Know Why" e "Believer" e apontou sua apresentação na edição de 2014 do festival como uma das melhores da carreira.
O momento mais marcante chegou antes de um dos seus grandes sucessos, "Demons", quando Reynolds quis passar uma mensagem de positivismo na qual afirmou que sofrer de depressão "não é uma nenhuma fraqueza".
"Fale com sua família, com seus amigos, procure tratamento, mas siga em frente", disse o artista.
A banda encerrou o show com "Radioative", que já se tornou um hino e que rendeu um Grammy em 2014.
A cereja do bolo neste segundo dia de festival foi o Pearl Jam, que assim como o próprio Lollapalooza, criado pelo vocalista do Jane's Addiction, Perry Farrell, nasceu no início dos anos 90.
Com dez álbuns de estúdio e centenas de apresentações ao vivo, o grupo de Seattle revisitou sucessos como "Corduroy", "Do The Evolution" e "Alive", esta última do primeiro disco, "Ten" (1991), entre muitas outras.
Antes de "Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town", o carismático vocalista Eddie Vedder fez um discurso em português para agradecer a presença do "incrível" público.
A banda também trouxe a novidade "Can't Deny Me", que traz uma forte crítica política ao presidente americano, Donald Trump, e fará parte do seu próximo álbum.
Por sua vez, o norueguês Kygo, com seus toques tropicalistas, foi o grande nome do dia no palco de música eletrônica.
Assim como na edição chilena, no Lollapalooza Brasil também houve problemas técnicos. No show da banda "Liniker e os Caramelows", que participava pela primeira ao festival, a energia caiu repentinamente no palco "Onix". Pouco depois, o grupo anunciou que não seria possível retomar o show, quando ainda faltavam 15 minutos para terminar a apresentação.
O toque exótico do dia foi dado pelo grupo islandês Kaleo, que surpreendeu com sua mistura de rock, folk e blues e não hesitou em cantar algumas músicas em sua língua nativa, como "Vor í Vaglaskógi", uma melodia que fala sobre o amor.
Tão eficiente na bateria quanto no microfone e elogiado por "Rolling Stone", "New York Times" e "Billboard", Anderson Paak também se apresentou neste sábado e ofereceu um repertório variado entre o hip-hop e o dance moderno.
O Lollapalooza o Brasil começou nesta sexta-feira e receberá até o domingo mais de 70 atrações na capital paulista.
The Killers, Lana del Rey, o rapper Wiz Khalifa e o ex-vocalista do Oasis Liam Gallagher, entre outros, serão amanhã os encarregados de encerrar a sétima edição brasileira do festival.