Heitor Dhalia estreia em Hollywood com longa '12 Horas'
O suspense estreia nesta sexta e traz no elenco a estrela Amanda Seyfried
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2012 às 12h30.
São Paulo - Quando decidiu dirigir uma produção hollywoodiana, em 2004, depois de lançar o filme "Nina", o cineasta brasileiro Heitor Dhalia não sabia nem falar inglês. "Minha primeira providência foi estudar a língua", diz ele. Oito anos depois, o primeiro trabalho regido por Dhalia em Hollywood, o suspense "12 Horas", que estreia nesta sexta, traz no elenco a estrela Amanda Seyfried (de "A Garota da Capa Vermelha" e "Mamma Mia!"). Tarimbado por produções como "À Deriva" e "O Cheiro do Ralo", ele levou um grande susto ao embarcar no cinema americano. "Falando friamente, fui mão de obra barata".
Em "12 Horas", quem detinha o poder de decisões era o produtor Tom Rosenberg, que já ganhou um Oscar por "Menina de Ouro", de melhor filme de 2005, compartilhado com Clint Eastwood e Albert S. Ruddy. Dhalia era o único estrangeiro entre os americanos. "Sugeri 100 nomes de fotógrafos, negaram todos e mandaram eu escolher entre dois. Escolhi um deles e o produtor mandou contratar o outro. Eles fazem isso para tirar o poder do diretor no set", revela. O diretor não podia nem ensaiar com a atriz. "Tinha de decidir como a cena seria pouco antes de filmá-la. O que me salvou foi que fui muito organizado e já chegava para as filmagens sabendo o que queria fazer", diz ele.
Depois de pronto, após testes com o público, Dhalia ainda foi obrigado a refilmar o final, porque pesquisas mostraram que não estava bom. "Esse filme tem um público específico e tínhamos que agradar a ele. Por isso, refizemos todo o final", justifica ele, que acredita que Hollywood contrata diretores estrangeiros por serem mais fáceis de controlar.
Outros 16 diretores, americanos, disputaram a vaga, mas o brasileiro foi o escolhido. "A indústria cinematográfica é um grande cassino ou uma bolsa de valores. Eles estão apostando muito dinheiro ou investindo em ações em baixa. Vai que no futuro eu me transforme em um diretor mundialmente conhecido."
Para se ter uma ideia de seu grau de afastamento das decisões, ele nem ficou sabendo do orçamento do filme (US$ 24 milhões), mas também não quis revelar quanto ganhou de cachê. "No dia que ganhar mais de um milhão, eu conto". Da sua influência nas filmagens, Dhalia conta que decidiu em aspectos puramente técnicos, condizentes com o trabalho de um diretor, como que tipos de lentes usar.
A atriz Amanda Seyfried, no entanto, só mereceu elogios de Dhalia. "Ela é um amor de pessoa. Foi super competente e profissional." Nos momentos de dificuldade - e foram muitos, segundo ele -, o diretor, pernambucano, dizia que ouvia Luiz Gonzaga. "Filmamos na fria cidade de Portland. Para mim, que sou nordestino, nunca senti tanto frio na vida." A experiência serviu para Dhalia conhecer de perto como funciona a indústria do cinema americano. "Quero voltar a filmar em Hollywood, mas agora com outros termos, que sejam mais favoráveis a mim. Não vou mais filmar a qualquer custo." As informações são do Jornal da Tarde.
São Paulo - Quando decidiu dirigir uma produção hollywoodiana, em 2004, depois de lançar o filme "Nina", o cineasta brasileiro Heitor Dhalia não sabia nem falar inglês. "Minha primeira providência foi estudar a língua", diz ele. Oito anos depois, o primeiro trabalho regido por Dhalia em Hollywood, o suspense "12 Horas", que estreia nesta sexta, traz no elenco a estrela Amanda Seyfried (de "A Garota da Capa Vermelha" e "Mamma Mia!"). Tarimbado por produções como "À Deriva" e "O Cheiro do Ralo", ele levou um grande susto ao embarcar no cinema americano. "Falando friamente, fui mão de obra barata".
Em "12 Horas", quem detinha o poder de decisões era o produtor Tom Rosenberg, que já ganhou um Oscar por "Menina de Ouro", de melhor filme de 2005, compartilhado com Clint Eastwood e Albert S. Ruddy. Dhalia era o único estrangeiro entre os americanos. "Sugeri 100 nomes de fotógrafos, negaram todos e mandaram eu escolher entre dois. Escolhi um deles e o produtor mandou contratar o outro. Eles fazem isso para tirar o poder do diretor no set", revela. O diretor não podia nem ensaiar com a atriz. "Tinha de decidir como a cena seria pouco antes de filmá-la. O que me salvou foi que fui muito organizado e já chegava para as filmagens sabendo o que queria fazer", diz ele.
Depois de pronto, após testes com o público, Dhalia ainda foi obrigado a refilmar o final, porque pesquisas mostraram que não estava bom. "Esse filme tem um público específico e tínhamos que agradar a ele. Por isso, refizemos todo o final", justifica ele, que acredita que Hollywood contrata diretores estrangeiros por serem mais fáceis de controlar.
Outros 16 diretores, americanos, disputaram a vaga, mas o brasileiro foi o escolhido. "A indústria cinematográfica é um grande cassino ou uma bolsa de valores. Eles estão apostando muito dinheiro ou investindo em ações em baixa. Vai que no futuro eu me transforme em um diretor mundialmente conhecido."
Para se ter uma ideia de seu grau de afastamento das decisões, ele nem ficou sabendo do orçamento do filme (US$ 24 milhões), mas também não quis revelar quanto ganhou de cachê. "No dia que ganhar mais de um milhão, eu conto". Da sua influência nas filmagens, Dhalia conta que decidiu em aspectos puramente técnicos, condizentes com o trabalho de um diretor, como que tipos de lentes usar.
A atriz Amanda Seyfried, no entanto, só mereceu elogios de Dhalia. "Ela é um amor de pessoa. Foi super competente e profissional." Nos momentos de dificuldade - e foram muitos, segundo ele -, o diretor, pernambucano, dizia que ouvia Luiz Gonzaga. "Filmamos na fria cidade de Portland. Para mim, que sou nordestino, nunca senti tanto frio na vida." A experiência serviu para Dhalia conhecer de perto como funciona a indústria do cinema americano. "Quero voltar a filmar em Hollywood, mas agora com outros termos, que sejam mais favoráveis a mim. Não vou mais filmar a qualquer custo." As informações são do Jornal da Tarde.