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Guias de safáris são estrelas em onda de conservação digital

Esses passeios guiados ao vivo são um caminho promissor para a recuperação econômica durante e após a pandemia do Covid-19

Safáris: conservação digital via Instagram em tempos de quarentena (squashedbox/Thinkstock)

Safáris: conservação digital via Instagram em tempos de quarentena (squashedbox/Thinkstock)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 7 de abril de 2020 às 10h42.

Mais da metade do mundo pode estar confinada, mas um número cada vez maior de pessoas tem decidido fazer safáris virtuais. Jarryd Du Preez, guia da andBeyond Phinda Private Game Reserve, em KwaZulu-Natal, África do Sul, recentemente respondia a perguntas de pessoas da Índia, Chile, Bahrein, Alemanha, Canadá, EUA, Reino Unido, Santa Lúcia e Rússia, enquanto apontava dois filhotes de rinocerontes brancos escondidos atrás de uma fêmea adulta. Vocês podem dizer o sexo dos filhotes? (Eram machos.) Os caçadores são um perigo? (Sempre.)

A luz dourada da África lançava seu brilho mágico enquanto uma brisa suave soprava através de arbustos chamados de grama fedorenta. “Qual é o odor da grama fedorenta?” alguém perguntou.

Pessoalmente, é fácil discernir o odor de um gambá; nas redes sociais, onde essa cena é transmitida em tempo real, os aromas são imperceptíveis. Mas, felizmente para a andBeyond - que tem postado passeios guiados, ou “game drives”, duas vezes ao dia via Instagram Live desde 28 de março -, poucos espectadores parecem se importar. A empresa registra aumento de 50% no engajamento, um salto de 100% de novos seguidores diários e um alta de 130% no alcance orgânico de sua página do Instagram, diz Nicole Robinson, diretora de marketing da andBeyond.

O sucesso foi tão rápido que, em quatro dias, a empresa estava complementando seus esforços com transmissões “WILDwatch” duas vezes ao dia com duração de três horas em colaboração com a WildEarth no Facebook e Youtube, onde o fornecedor de longa data de vídeos de safáris também registra números recordes.

Esses passeios guiados ao vivo não são apenas um caminho promissor para a recuperação econômica após a pandemia de Covid-19, diz Robinson. Também são um bálsamo desesperadamente necessário para o desejo de viajar em quarentena e, de maneiras menos óbvias, uma importante forma de proteção dos animais na tela.

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