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Final do Aberto da Austrália não teve perdedor

Depois de 6 horas de aula de tênis, é uma grande injustiça chamar Rafael Nadal de derrotado

Rivalidade entre Novak Djokovic e Rafael Nadal é a maior do tênis atual. Já estiveram frente a frente em 30 oportunidades (Getty Images/Ryan Pierse)
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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 09h33.

São Paulo - Novak Djokovic venceu Rafael Nadal na final do Aberto da Austrália de 2012. Esse é o resultado apenas para os imbecis da objetividade. O espanhol venceu apenas um set a menos, mas nem por isso não pode ser considerado vencedor. Depois de 6 horas soltando o braço, os dois tenistas deram uma verdadeira aula de emoção, técnica, dedicação, força, controle mental e entrega.

A rivalidade entre os dois é a maior do tênis atual. Já estiveram frente a frente em 30 oportunidades. Para surpresa de muitos, Federer e Nadal se enfrentaram menos, “apenas” 27 vezes.

Até dezembro de 2010, Rafa levava ampla vantagem contra Novak. 16 a 7 era a vantagem do Touro Miura. O sérvio sabia que alguma coisa tinha que mudar. Primeiro, descobriu ser intolerante ao glúten. Cortou pão, macarrão e cevada. Com uma alimentação mais natural, ele se tornou mais ágil. Não há mais bola impossível para Nole. Com a nova comida, veio a supremacia eslava. Nos últimos 7 confrontos, 7 vitórias.

Enxergando a perda de terreno, o espanhol também buscou novas alternativas. Em 2012, confessou estar usando uma raquete mais pesada. Seria uma estratégia para melhorar o saque. Não adiantou, mas provocou um inédito 5º set na disputa.

Importante ressaltar que os dois jogaram com todas as armas disponíveis. Não só as que precisam da raquete, mas também aquelas que minam a cabeça. Nadal ousou. Desafiou uma decisão da arbitragem que havia marcado que seu serviço era válido. O espanhol queria que a bola tocasse o chão fora do quadrante e forçasse-o a servir pela segunda vez. Não deu. A bola foi boa. Em outro momento, o sérvio, percebendo a vantagem momentânea do outro lado da quadra, desabou, chamou o médico e esfriou o jogo. Bem no estilo Libertadores da América.

Mesmo com a catimba, os dois, por mais paradoxal que seja, deram uma aula de fair play. Em momento alguma da partida, perderam o respeito e a elegância. No fim, Djokovic, o vencedor, segundo os números, abraçou e agradeceu imensamente por Nadal ter vendido tão caro a vitória. Afinal, um campeão se mede por seus rivais. Depois do show em Melbourne, o sérvio rasgou a camisa e abriu o peito para, enfim, se colocar entre os grandes da quadra, onde Nadal já está.

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São Paulo - Novak Djokovic venceu Rafael Nadal na final do Aberto da Austrália de 2012. Esse é o resultado apenas para os imbecis da objetividade. O espanhol venceu apenas um set a menos, mas nem por isso não pode ser considerado vencedor. Depois de 6 horas soltando o braço, os dois tenistas deram uma verdadeira aula de emoção, técnica, dedicação, força, controle mental e entrega.

A rivalidade entre os dois é a maior do tênis atual. Já estiveram frente a frente em 30 oportunidades. Para surpresa de muitos, Federer e Nadal se enfrentaram menos, “apenas” 27 vezes.

Até dezembro de 2010, Rafa levava ampla vantagem contra Novak. 16 a 7 era a vantagem do Touro Miura. O sérvio sabia que alguma coisa tinha que mudar. Primeiro, descobriu ser intolerante ao glúten. Cortou pão, macarrão e cevada. Com uma alimentação mais natural, ele se tornou mais ágil. Não há mais bola impossível para Nole. Com a nova comida, veio a supremacia eslava. Nos últimos 7 confrontos, 7 vitórias.

Enxergando a perda de terreno, o espanhol também buscou novas alternativas. Em 2012, confessou estar usando uma raquete mais pesada. Seria uma estratégia para melhorar o saque. Não adiantou, mas provocou um inédito 5º set na disputa.

Importante ressaltar que os dois jogaram com todas as armas disponíveis. Não só as que precisam da raquete, mas também aquelas que minam a cabeça. Nadal ousou. Desafiou uma decisão da arbitragem que havia marcado que seu serviço era válido. O espanhol queria que a bola tocasse o chão fora do quadrante e forçasse-o a servir pela segunda vez. Não deu. A bola foi boa. Em outro momento, o sérvio, percebendo a vantagem momentânea do outro lado da quadra, desabou, chamou o médico e esfriou o jogo. Bem no estilo Libertadores da América.

Mesmo com a catimba, os dois, por mais paradoxal que seja, deram uma aula de fair play. Em momento alguma da partida, perderam o respeito e a elegância. No fim, Djokovic, o vencedor, segundo os números, abraçou e agradeceu imensamente por Nadal ter vendido tão caro a vitória. Afinal, um campeão se mede por seus rivais. Depois do show em Melbourne, o sérvio rasgou a camisa e abriu o peito para, enfim, se colocar entre os grandes da quadra, onde Nadal já está.

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