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Fechado por causa da covid-19, Copacabana Palace volta às atividades hoje

Sem receber hóspedes pela primeira vez em 97 anos, hotel só teve dois moradores na pandemia: a diretora da unidade e o cantor Jorge Ben Jor

A volta do Copacabana Palace ocorre num cenário de terra arrasada para a hotelaria do Rio de Janeiro. Em quatro meses, o prejuízo chegou a 850 milhões de reais (Andia/Getty Images)
LB

Leo Branco

Publicado em 20 de agosto de 2020 às 06h00.

Última atualização em 10 de setembro de 2020 às 18h22.

Hotel mais famoso do Brasil, o Copacabana Palace , na zona sul do Rio de Janeiro reabre as portas nesta quinta-feira, 20, após cinco meses fechado por causa da pandemia – a primeira vez em 97 anos de história. Neste período, o cartão-postal da praia de Copacabana teve apenas dois hóspedes: a diretora geral da unidade, Andréa Natal, e o cantor Jorge Ben Jor, isolado num dos 239 apartamentos por causa de uma reforma em sua residência no Rio de Janeiro durante a crise sanitária.

A reabertura do Copa terá um protocolo reforçado de segurança para conter surtos da covid-19 por ali. Só metade dos quartos estarão à disposição dos hóspedes. Estações de álcool gel foram espalhadas pelo hotel. O acesso a espaços de uso comum, como spa e academia de ginástica, só será possível com reservas – e só uma família poderá desfrutar do espaço por vez. Na piscina e na academia, a circulação será controlada para evitar muvuca.

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Em meio às incertezas sobre a futuro da indústria do turismo no mundo – ainda não está claro o momento em que o volume de viajantes voltará aos níveis pré-pandemia –, a aposta da rede hoteleira Belmond , administradora do Copacabana Palace é a de transformar o local num centro de “experiências” para moradores do Rio de Janeiro dispostos a fugir da rotina.

Numa delas, o hóspede pode alugar o sexto andar inteiro, com quatro suítes com terraço e vista para o mar, além de uma piscina própria. Outra, chamada Staycation, o hóspede pode ficar 30 horas nas dependências e ter descontos em atrativos como o restaurante Pérgola, dentro do hotel.

A volta do Copacabana Palace ocorre num cenário de terra arrasada para a hotelaria do Rio de Janeiro. Em quatro meses, o prejuízo chegou a 850 milhões de reais, segundo a Hotéis Rio, sindicato dos hotéis cariocas.

Num estudo recente da entidade, 51% dos associados não tinham previsão de voltar a funcionar nos próximos meses. Outros 42% pretendem voltar até setembro. Quase 5% só devem receber turistas em 2021. Desde março, sete dos 300 estabelecimentos fecharam as portas definitivamente. A expectativa é de que a retomada das atividades num dos principais cartões postais consiga amenizar a crise – e atrair de volta os turistas à cidade.

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