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Ex-dirigente da Fifa que denunciou corrupção morre aos 72 anos

Chuck Blazer, de 72 anos, foi secretário-geral da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) entre 1990 e 2011

Chuck Blazer: dirigente se declarou culpado de suborno e delitos financeiros em 2013 nos Estados Unidos (Foto/Reuters)

Chuck Blazer: dirigente se declarou culpado de suborno e delitos financeiros em 2013 nos Estados Unidos (Foto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de julho de 2017 às 10h12.

O ex-membro do comitê executivo da Fifa Chuck Blazer, que admitiu ser culpado de extorsão, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, morreu, disseram seus advogados na quarta-feira.

O comunicado dos dois advogados de Blazer não informou os detalhes ou as circunstâncias de sua morte. O jornal New York Times disse que ele morreu de câncer no reto, do qual sofria há anos.

Blazer, de 72 anos, foi secretário-geral da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) entre 1990 e 2011.

O dirigente se declarou culpado de suborno e delitos financeiros em 2013 nos Estados Unidos e mais tarde foi proibido pela Fifa de exercer qualquer atividade no futebol.

De acordo com a transcrição de seu acordo de admissão de culpa de novembro de 2013, Blazer e outros membros da Fifa concordaram em aceitar propinas no processo seletivo para a escolha da Copa do Mundo de 1998 na França e para a Copa do Mundo da África do Sul de 2010.

O comitê de ética da Fifa disse que Blazer violou regras de lealdade, confidencialidade, dever de transparência, conflitos de interesse, oferta e aceitação de presentes, suborno e corrupção.

Como parte do acordo de 2013, Blazer concordou em cooperar com as autoridades investigativas nos EUA enquanto estas apuravam o escândalo de corrupção da Fifa, que mais adiante teve um papel crucial na saída de seu ex-presidente Joseph Blatter.

Blazer havia acusado outro ex-presidente da Concacaf, Jack Warner, de ter embolsado fundos de um projeto de 10 milhões de dólares de apoio à diáspora africana em países caribenhos à época da bem-sucedida campanha sul-africana para sediar o Mundial de 2010.

A Fifa iniciou uma investigação de ética a respeito das alegações de propinas por votos na eleição presidencial de 2011 da entidade depois de Blazer relatar um caso possível de suborno entre Blatter e o então candidato a presidente da Fifa Mohamed Bin Hammam.

Warner e Bin Hammam também foram banidos pela Fifa pelo resto de suas vidas.

A Fifa expressou suas condolências à família de Blazer em um comunicado enviado à Reuters por email, mas não fez outros comentários sobre como a morte de Blazer irá afetar a investigação de corrupção.

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