Especialistas querem evitar tratamentos 'inúteis' contra câncer
Médicos reclamam de tratamentos que oferecem "falsas esperanças" para doentes terminais
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2011 às 13h46.
Londres - Especialistas britânicos pediram aos doentes terminais de câncer evitar se submeter a tratamentos "inúteis" e caros que oferecem "falsas esperanças", informou nesta terça-feira a revista médica "The Lancet Oncology".
O professor Richard Sullivan, do King's College de Londres, e um grupo de acadêmicos afirmaram que alguns médicos criam "expectativas irreais" nos doentes ao submetê-los a diversos tratamentos, ao invés de deixar que a família poupe o dinheiro para dar conforto ao paciente terminal.
O aumento do custo dos tratamentos se deve ao fato da maioria dos doentes ser idoso e serem oferecidos tratamentos modernos e complexos, acrescenta o artigo publicado nesta terça-feira.
"É preciso dar atenção especial aos custos do cuidado ao paciente com câncer no final da vida", acrescentam. Os acadêmicos lembram que algumas formas de câncer são atualmente incuráveis.
Os estudos sugerem que grande parte dos custos totais do atendimento aos pacientes terminais corresponde às últimas semanas de vida, algo que resulta inútil, ressaltam os especialistas.
"Tratamentos como a quimioterapia nas últimas semanas de vida não só têm consequências financeiras para a família do doente e a sociedade, mas podem comprometer também a qualidade de vida do paciente", afirmam.
Em seu estudo, os acadêmicos avaliaram uma série de tratamentos e observaram que muitas vezes mesmo os melhores podem ser inúteis. "Os médicos e a indústria da saúde criaram expectativas irreais para impedir o agravamento da doença e a morte", insistem.
"Estas expectativas permitem a aplicação inadequada de tratamentos de eficácia relativa, inclusive a cirurgia", afirmam os especialistas, destacando que nos países desenvolvidos o tratamento contra o câncer é uma "cultura do excesso". "Estamos em uma sociedade centrada quase exclusivamente no lucro e esse lucro costuma ser pequeno".
Portanto, o artigo evidencia que os médicos devem considerar a maneira mais efetiva e menos dispendiosa das opções disponíveis para estes pacientes, por isso sugerem o fornecimento de determinados remédios unicamente aos que possam tirar algum proveito.
Londres - Especialistas britânicos pediram aos doentes terminais de câncer evitar se submeter a tratamentos "inúteis" e caros que oferecem "falsas esperanças", informou nesta terça-feira a revista médica "The Lancet Oncology".
O professor Richard Sullivan, do King's College de Londres, e um grupo de acadêmicos afirmaram que alguns médicos criam "expectativas irreais" nos doentes ao submetê-los a diversos tratamentos, ao invés de deixar que a família poupe o dinheiro para dar conforto ao paciente terminal.
O aumento do custo dos tratamentos se deve ao fato da maioria dos doentes ser idoso e serem oferecidos tratamentos modernos e complexos, acrescenta o artigo publicado nesta terça-feira.
"É preciso dar atenção especial aos custos do cuidado ao paciente com câncer no final da vida", acrescentam. Os acadêmicos lembram que algumas formas de câncer são atualmente incuráveis.
Os estudos sugerem que grande parte dos custos totais do atendimento aos pacientes terminais corresponde às últimas semanas de vida, algo que resulta inútil, ressaltam os especialistas.
"Tratamentos como a quimioterapia nas últimas semanas de vida não só têm consequências financeiras para a família do doente e a sociedade, mas podem comprometer também a qualidade de vida do paciente", afirmam.
Em seu estudo, os acadêmicos avaliaram uma série de tratamentos e observaram que muitas vezes mesmo os melhores podem ser inúteis. "Os médicos e a indústria da saúde criaram expectativas irreais para impedir o agravamento da doença e a morte", insistem.
"Estas expectativas permitem a aplicação inadequada de tratamentos de eficácia relativa, inclusive a cirurgia", afirmam os especialistas, destacando que nos países desenvolvidos o tratamento contra o câncer é uma "cultura do excesso". "Estamos em uma sociedade centrada quase exclusivamente no lucro e esse lucro costuma ser pequeno".
Portanto, o artigo evidencia que os médicos devem considerar a maneira mais efetiva e menos dispendiosa das opções disponíveis para estes pacientes, por isso sugerem o fornecimento de determinados remédios unicamente aos que possam tirar algum proveito.