Casual

Diga adeus aos hotéis de aeroporto com opções cinco estrelas

Na maior parte das vezes, os hotéis de aeroportos parecem caixas de dormir utilitárias

 (Nóbile Hotéis/Divulgação)

(Nóbile Hotéis/Divulgação)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 14 de novembro de 2018 às 05h00.

Última atualização em 14 de novembro de 2018 às 05h00.

Há alguns anos, a produtora Christina Wayne decidiu encerrar uma viagem a Roma passando uma noite na La Posta Vecchia, uma mansão renascentista que pertenceu a John Paul Getty, com escadarias de mármore, lareiras de pedra e cortinas de seda que emolduravam a vista para o Mar Tirreno.

O maior atrativo, porém, era que o hotel ficava a uma curta distância do Aeroporto Leonardo da Vinci Fiumicino. “Nosso voo era muito cedo”, diz Wayne, CEO da Assembly Entertainment. Ela escolheu La Posta Vecchia como uma alternativa de alto nível a um hotel de aeroporto, alternativa que valeu a pena quando ela foi informada que o voo havia sido cancelado. “Acabamos tendo que ficar durante o fim de semana”, diz. “Foi a glória!”

Os hotéis de aeroporto -- aquelas propriedades situadas dentro ou ao lado de um aeroporto e que atendem especificamente pessoas em trânsito -- subiram de nível nos últimos anos. O Hotel Fairmont Vancouver Airport, em Richmond, no Canadá, que fica bem em cima do terminal de partidas para os EUA, dispõe de um spa com isolamento acústico e serve chá da tarde. Ao lado do terminal Jeppesen do Aeroporto Internacional de Denver, nos EUA, há um Westin que oferece vista para a montanha e piscina na cobertura.

No ano que vem, o TWA Hotel estreará no terminal projetado por Eero Saarinen no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, para oferecer um alívio de estilo retrô aos viajantes cansados.

Mas, na maior parte das vezes, os hotéis de aeroportos parecem caixas de dormir utilitárias; mesmo os melhores deles dão a sensação de serem genéricos. Eles são ótimos se você tiver uma escala de quatro horas e só precisar de um banho e de um pouco de descanso, mas para quem quiser ficar um pouco mais, não são a única opção.

Alguns viajantes experientes estão reservando retiros cinco estrelas com níveis de conveniência semelhantes. Eles ficam a uma curta distância do aeroporto, servindo, portanto, para escalas longas, para partidas logo cedo, para reuniões de negócios curtas e para encontros internacionais, mas isso porque são projetados como destinos, e não para hospedagem temporária, e porque oferecem um design diferenciado, refeições memoráveis e até mesmo algumas atividades interessantes de lazer.

No novo Solis Two Porsche Drive, perto do Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson, em Atlanta, os hóspedes podem aprender a dirigir carros esportivos. O Westdrift Manhattan Beach, a 10 minutos do Aeroporto Internacional de Los Angeles, conta com um campo de golfe de nove buracos. Mais distante, no Roseate House New Delhi, em Nova Déli, na Índia, a cinco minutos de carro do Aeroporto Internacional Indira Gandhi, é possível passear por alguns hectares de jardim e mergulhar em uma piscina de 100 metros.

Apesar de esses hotéis não estarem a uma curta caminhada das esteiras das bagagens, eles também não exigem uma viagem até o centro da cidade. Como muitos aeroportos estão localizados em áreas periféricas, um viajante de mente aberta pode encontrar uma propriedade rural com bastante personalidade. No Reino Unido há grandes estâncias transformadas em resorts; na França, há mansões e pousadas rurais.

Em áreas menos cosmopolitas, as opções podem ser ainda mais recompensadoras, como o Umstead Hotel and Spa, a apenas sete minutos de carro do Aeroporto Internacional Raleigh-Durham, na Carolina do Norte, nos EUA, onde é possível conseguir serviço de quarto 24 horas em vez de uma tigela de bagels.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosHotéisViagens

Mais de Casual

8 restaurantes brasileiros estão na lista estendida dos melhores da América Latina; veja ranking

Novos cardápios, cartas de drinques e restaurantes para aproveitar o feriado em São Paulo

A Burberry tem um plano para reverter queda de vendas de 20%. Entenda

Bernard Arnault transfere o filho Alexandre para a divisão de vinhos e destilados do grupo LVMH