Dez picapes que fizeram a diferença no mercado mundial
Da líder mundial Ford F-Series até a desconhecida Studebaker Coupe-Express, elas têm muita história para contar
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2015 às 16h27.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h27.
São Paulo - Na América do Norte, especialmente Estados Unidos e Canadá, não há um tipo de veículo que venda mais. São muitas décadas de tradição no segmento das picapes e, no decorrer desse período, alguns modelos se destacaram mais do que outros. Nesse contexto, levantamos dez picapes marcantes, seja por algum tipo de pioneirismo, seja pelo design, seja pelo desempenho em termos de vendas. Algumas delas são muito conhecidas e obtêm grande sucesso até hoje, enquanto outras passaram quase anônimas em seus tempos para depois serem valorizadas. Confira nas imagens a seguir.
A rainha das picapes. Já se vão 67 anos desde que a primeira unidade da família de picapes mais famosa do mundo foi produzida, mas sua influência no mercado global parece ser maior a cada ano. Para entender a importância deste modelo, um simples dado basta: ele é o veículo mais vendido nos Estados Unidos há 32 anos. Ao longo desse período, já foram lançadas 13 gerações, a mais recente delas no Salão de Detroit de 2014, sendo considerada uma revolução em termos estruturais graças à utilização de uma carroceria feita com alumínio.
Breve o suficiente para fazer história. Ela foi desenvolvida em 1991 como uma variante de performance da GMC Sonoma (surpresa, surpresa, ninguém menos do que a Chevrolet S10 brasileira) e teve menos de três mil unidades produzidas. Além de ser rara, suas características, que são interessantes até hoje, eram de dar água na boca: motor 4.3 V6 turbo, que oferecia 280 cavalos de potência e 48,4 mkgf de torque, utilizando ainda um câmbio automático de quatro marchas.
Na eterna disputa pelo mercado interno norte-americano, o Grupo Chrysler deu um salto no início dos anos 1980, mais precisamente em 1981, com o lançamento da Dodge RAM, legítima concorrente para modelos como Ford F-Series e GMC e Chevrolet C/K (depois, Chevrolet Silverado e GMC Sierra). Ela sempre foi produzida em diversas versões, com tamanhos e opções de motorização variados. Em 2013, a Chrysler resolveu separar a RAM da Dodge, constituindo uma nova marca do grupo.
Seu significado simbólico é ainda mais relevante do que o técnico. Isso porque este foi o primeiro produto mais drasticamente reestilizado pela GM depois da II Guerra Mundial, em 1947. Desenvolvido em diversas versões (3100, para meia tonelada, 3600, para 750 kg, 3800, para uma tonelada), ela era maior e mais moderna do que a antecessora AK. Como consequência, contribuiu para a liderança da montadora nas vendas do segmento das picapes nos EUA entre 1947 e 1955.
Eleito o carro mais influente do século passado, o Ford T também teve uma variante com carroceria picape, sim. Diga-se de passagem, foi a primeira picape produzida pela marca norte-americana, tendo como base o modelo padrão. Seu período de montagem foi relativamente curto, já que o Model T foi descontinuado em 1927, mas representou o ponto de partida de uma dinastia que chegaria ao ponto máximo com a F-Series.
Curiosamente, este é um modelo que não é vendido nos Estados Unidos - no local, a preferência é pela Tacoma, que tem maiores dimensões. Mas o fato é que a história global da Hilux é mais relevante: são mais de 12 milhões de unidades vendidas desde seu lançamento, em 1968. Ao longo desses quase 50 anos, o modelo passou por oito gerações, a mais recente delas mostrada neste ano, com expectativa de chegada ao mercado brasileiro para os próximos meses.
Das grandes concorrentes norte-americanas, foi a última a estrear no mercado, em 1998. Mas isso não significa desvantagem em relação às concorrentes de Ford e RAM. Em sua mais recente geração, a terceira, mostrada em dezembro de 2012, a Silverado deu um salto em termos de design e passou a ocupar um lugar de destaque no mercado norte-americano. Atualmente, é o segundo modelo mais vendido por lá, perdendo apenas para a Ford F-Series.
Não se engane. Este modelo não primou pelo volume de vendas, longe disso. Na verdade, seu grande mérito foi a redução da distância entre as picapes convencionais e os carros de passeio. Foi lançada em 1955 e, depois dela, outras marcas passariam a seguir pelo mesmo caminho, incluindo a Ford (com a Styleside) e a Dodge (com a Sweptside). Além dos predicados modernos relativos ao design, era bem mais bruta em termos de motorização, já que tinha um propulsor V8 sob o capô - por padrão, as picapes da época contavam com motores de seis cilindros.
Foi a pioneira em relação ao conceito de cabines estendidas, sendo lançada em 1972. A receita era simples: um pouco mais de espaço atrás dos bancos do motorista e do passageiro, incluindo pequenos vidros, e a possibilidade de carregar mais pessoas na cabine; por outro lado, nada de portas adicionais ou de uma fileira que aumentasse demais a extensão do veículo ou roubasse espaço dedicado à caçamba. Em pouco tempo, o conceito introduzido pela D100 Club Cab passaria a ser copiado pelas rivais.
É provável que você nunca tenha ouvido falar nessa picape, o que é compreensível, já que a montadora deixou de existir em 1967 e a Coupe-Express foi um total fiasco de vendas (mal conseguia três mil unidades ao ano). Mas o fato é que ele foi um dos primeiros veículos mistos (quase o que costumamos chamar hoje em dia de crossover), misturando a capacidade de carga de uma picape (até 500 kg) com as características luxuosas de cabine de um cupê. Modelos bem mais populares, como Ford Ranchero e Chevrolet El Camino, se inspirariam nela.
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