Casual

Conheça todas as modalidades da Paralimpíada de Tóquio

Confira a lista com todos os esportes e as datas em que cada um será disputado nos Jogos deste ano

Conheça as modalidades adaptadas e as exclusivas da Paralimpíada (Reuters/Agência Brasil)

Conheça as modalidades adaptadas e as exclusivas da Paralimpíada (Reuters/Agência Brasil)

AM

André Martins

Publicado em 24 de agosto de 2021 às 13h34.

Última atualização em 24 de agosto de 2021 às 14h25.

Depois do sucesso da Olimpíada, começaram nesta terça-feira, 24, os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Ao todo, 22 esportes estão no programa da competição que irá durar 13 dias com atletas de todo o mundo. 

Você está por dentro de todos as modalidades em disputa? Confira a lista de todos esportes da competição e como eles funcionam. Veja também as datas em que cada um será disputado nos Jogos deste ano:

Atletismo

Nos Jogos Paralímpicos, o atletismo tem provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos. Elas são disputadas por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Os atletas são divididos de acordo com funcionalidade na prática esportiva.

A modalidade será disputada entre 27 de agosto e 5 de setembro.

Treino do atletismo em Hamamatsu, cidade-sede da delegação brasileira para aclimatação antes dos Jogos Paralímpicos de Toquio. (Ale Cabral/CPB./Agência Brasil)

Basquete em cadeira de rodas

Praticado inicialmente por ex-soldados americanos que haviam participado da Segunda Guerra Mundial, o basquete em cadeira de rodas fez parte de todas as edições já realizadas dos Jogos Paralímpicos. 

As cadeiras de rodas utilizadas por homens e mulheres são adaptadas e padronizadas pelas regras da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas. O jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira. As dimensões da quadra e a altura da cesta seguem o padrão do basquete olímpico. São disputados quatro quartos de 10 minutos cada um.

A modalidade será disputada entre 25 de agosto e 5 de setembro.

Bocha

A bocha paralímpica é praticada por atletas com grau severo de comprometimento físico-motor, oriundo de uma paralisia cerebral elevada ou lesões medulares. O objetivo da bocha é lançar bolas coloridas (vermelhas ou azuis) em direção a uma branca, idêntica em tamanho e peso (280 gramas), de nome jack, em uma quadra de 12,5 metros de comprimento por 6 metros de largura.

As disputas individuais e em pares têm quatro rodadas. Na competição por equipes, são seis. Cada lado (atleta, par ou equipe) lança seis bolas por rodada. Vence quem faz mais pontos ao longo da partida.

A bocha é mista, ou seja, homens e mulheres não são divididos por gênero. A separação se dá por classes, conforme a deficiência físico-motora.

A modalidade será disputada entre 28 de agosto e 4 de setembro.

Canoagem

Esporte que estreou no programa paralímpico no Rio 2016, a canoagem é disputado por atletas com deficiência físico-motora dos dois sexos. A canoagem paralímpica possui provas divididas de acordo com o grau de deficiência de cada atleta em KL1, KL2 e KL3, do maior grau de comprometimento para o menor. 

A classificação funcional da modalidade divide os competidores em grupos de acordo com o grau de movimentação dos membros inferiores, superiores e do tronco.

A modalidade será disputada entre 2 e 4 de setembro.

Ciclismo

Tradicional na competição, o ciclismo paralímpico é disputado em provas de pista no velódromo e de estrada e tem algumas diferenças do ciclismo olímpico. Os atletas são divididos em classes. As bicicletas são adaptadas conforme deficiência do atleta. 

A modalidade será disputada entre 31 de agosto e 3 de setembro.

Esgrima em cadeira de rodas

Assim como na esgrima, na modalidade adaptada as provas são com espada, sabre e florete, e o objetivo é o mesmo: vence que faz mais pontos a cada toque da ponta da arma no tronco do adversário.

Os atletas competem divididos em categorias. Na A estão atletas com mobilidade no tronco, amputados ou com limitações de movimento. Já aqueles com menos equilíbrio e reduzida mobilidade no tronco disputam na categoria B. Por fim, na categoria C, estão os tetraplégicos, com dificuldades nos movimentos do tronco, mãos e braços.

A modalidade será disputada entre 25 e 30 de agosto.

Futebol de 5

A Modalidade é exclusiva para cegos ou deficientes visuais. Os atletas disputam a partida vendados e se guiam pelo barulho da bola e por um guia que sinaliza com som onde fica o gol adversário. Cada time é formado por cinco jogadores – um goleiro e quatro na linha. O goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos. 

As partidas, normalmente, são em uma quadra de futsal adaptada, mas, desde os Jogos Paralímpicos de Atenas 2004, também têm sido praticadas em campos de grama sintética.

Só os brasileiros subiram no lugar mais alto do pódio desde a introdução da modalidade no programa paralímpico, em 2004.

A modalidade será disputada entre 29 de agosto e 4 de setembro.

Goalball

O goalball é a única modalidade entre as 22 que integram a Paralimpíada de Tóquio que não é uma adaptação de um esporte olímpico. Ela foi criada logo após a Segunda Guerra Mundial pelo alemão Sepp Reindle e pelo austríaco Hanz Lorezen, para reabilitar veteranos que perderam a visão durante os combates. O esporte é voltado para cegos e pessoas com deficiência visual.

Com três de cada lado, os atletas lançam uma bola com sino para tentar marcar um gol na baliza do adversário, que tem 9m x 1,30m. A jogada deve ser rasteira ou tocar o solo pelo menos uma vez, em áreas obrigatórias, justamente para o guizo ser escutado. O jogo é disputado em dois tempos de 12 minutos, mas pode ser encerrado antes se uma das equipes chegar a dez gols de diferença no placar.

A modalidade será disputada entre 25 de agosto e 03 de setembro.

(Agência Brasil/Agência Brasil)

Halterofilismo

Durante as disputas, cada competidor tem três tentativas, precisa cumprir ao menos dois de três movimentos para validar o peso levantado. São três árbitros analisando o desempenho dos atletas.

Competem homens e mulheres com deficiência nos membros inferiores (com amputação e/ou com lesão medular), paralisia cerebral e/ou medula espinhal. Serão disputadas dez categorias masculinas e dez femininas.

A modalidade será disputada entre 26 e 30 de agosto.

Hipismo

Na Paralimpíada de Tóquio o adestramento paraequestre será a única disciplina no programa do hipismo, com provas nas categorias prática individual, estilo livre individual e por equipes.

O hipismo paralímpico estreou nos Jogos Paralímpicos de Nova York, em 1984. Em Tóquio, os atletas paralímpicos com deficiência físico-motora ou visual serão divididos em cinco graus denominados por algarismos romanos, de I a V.

No hipismo paralímpico, a pista recebe algumas adaptações em relação à modalidade olímpica. A areia é compactada para facilitar a locomoção e são utilizadas sinalizações sonoras para orientar os competidores cegos. 

A modalidade será disputada entre 26 e 30 de agosto.

Judô

A modalidade é disputada por atletas com deficiência visual divididos em categorias a partir do peso corporal de cada um. Além do peso corporal, os atletas são classificados a partir do grau de deficiência visual. 

As lutas tem a duração de até cinco minutos, e ocorrem sob as mesmas regras utilizadas pela Federação Internacional de Judô, mas com pequenas modificações. A principal é que o atleta inicia a luta já em contato com o quimono do oponente. Além disso, o combate é interrompido quando os lutadores perdem esse contato.

A modalidade será disputada entre 27 e 29 de agosto.

Natação

Presente desde a primeira edição oficial, a natação nas Paralimpíadas é praticada por atletas com deficiências físico-motoras, visuais ou intelectuais. Os nadadores são divididos por categorias, de acordo com o grau da deficiência. São disputadas provas de 50m, 100m, 200m e 400m livre; 50m e 100m borboleta; 50m peito; 50m e 100m costas; 150m e 200m medley; revezamentos.

A modalidade será disputada entre 25 de agosto e 3 de setembro.

Parabadminton

Uma das duas modalidades estreantes na Paralimpíada, o parabadminton é disputado por atletas que utilizam uma raquete para golpear uma peteca na quadra dos adversários. As partidas são disputadas em uma melhor de três sets, com pontuação mínima de 21. Para vencer a parcial é necessária uma vantagem de, no mínimo, dois pontos até chegar à pontuação máxima de 30.

As disputas ocorrem individualmente ou em duplas (masculinas, femininas ou mistas), e os atletas são divididos em seis classes.

A modalidade será disputada entre 1º de setembro e 5 de setembro.

Parataekwondo

Estreante nos Jogos, o parataekwondo é praticado por atletas com deficiência nos membros superiores. Na modalidade, um atleta veste um colete azul e o outro um vermelho. A roupa possui sensores que medem a potência do chute assim que ela entra em contato com a meia do oponente.

Os duelos têm três rounds de dois minutos, com um minuto de intervalo. O vencedor é aquele atleta que tiver mais pontos ao término do último round. Em caso de empate, outro round é disputado e o lutador que obtiver os dois primeiros pontos é considerado vencedor.

A modalidade será disputada entre 2 de setembro e 4 de setembro.

Remo

O remo adaptado vai para a sua quarta Paralímpiada. A modalidade é dividida em três classes, que agregam atletas com deficiências física ou visual. A classe PR1 é destinada a remadores com pouca ou nenhuma função de tronco, que utilizam mais braço e ombro para impulsionar o barco.

Já na PR2, os atletas fazem uso dos braços e do tronco, no entanto, têm fraqueza ou dificuldade para deslizar o assento. Por fim, a classe PR3 inclui remadores com deficiência visual e também aqueles que têm função residual nas pernas e conseguem movimentar o banco do barco.

A modalidade será disputada entre 27 e 29 de agosto.

Rúgbi em cadeira de rodas

Competem no esporte tanto homens quanto mulheres (não há divisão de gênero) com tetraplegia ou deficiências nas quais as sequelas sejam parecidas com a de um tetra. 

Os jogos ocorrem em quadras de 15m de largura por 28m de comprimento e têm 4 períodos de 8 minutos. O objetivo é passar da linha do gol com as duas rodas da cadeira e a bola nas mãos.

A modalidade será disputada entre 25 e 29 de agosto.

Tênis de mesa

No começo, apenas atletas em cadeira de rodas participavam da disputa. Porém, jogadores em pé também foram aceitos a partir dos jogos de Toronto em 1976, ano no qual o Brasil estreou na modalidade.

Na Paralimpíada o tênis de mesa tem a participação de atletas do sexo masculino e feminino com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes. As competições são divididas entre mesatenistas andantes e cadeirantes, com jogos individuais, em duplas ou por equipes.

As partidas são disputadas em uma melhor de cinco sets, com cada um sendo disputado até um jogador atingir 11 pontos. Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem.

A modalidade será disputada entre 25 de agosto e 3 de setembro.

Tênis em cadeira de rodas

As regras da modalidade não diferem muito das seguidas no tênis olímpico, a não ser pelos dois quiques da bola em quadra. Os atletas precisam fazer a devolução antes que a bola toque a quadra pela terceira vez. Nada impede, no entanto, que os atletas possam devolver a bola após um quique apenas do seu lado da quadra. A contagem de pontos é igual: ganha quem fechar dois sets primeiro.

As cadeiras são adaptadas especialmente para a atividade, de forma que propiciem equilíbrio e mobilidade apurados.

Os competidores disputam em simples, duplas masculinas e femininas. Os atletas são divididos  nas classes aberta (deficiências nos membros inferiores) e quad (deficiência em três ou mais membros).

A modalidade será disputada entre 27 de agosto e 4 de setembro.

Tiro com arco

O tiro com arco paralímpico pode ser disputado por pessoas com amputações, paraplégicos e tetraplégicos, paralisia cerebral, doenças disfuncionais e progressivas, como a atrofia muscular e escleroses, com disfunções nas articulações, problemas na coluna e múltiplas deficiências.

Além das provas individuais, a modalidade ainda conta com a disputa por equipes, com três arqueiros em cada time. As regras do tiro com arco paralímpico são as mesmas do esporte olímpico. 

A modalidade será disputada entre 27 de agosto e 4 de setembro.

Tiro esportivo

O tiro esportivo paralímpico é bastante semelhante ao olímpico. A principal diferença é a divisão em duas classes: SH1 (atiradores de pistola e de carabina que não requerem suporte para a arma) e SH2 (atiradores de carabina que não possuem habilidade para suportar o peso da arma com os braços e precisam de suporte para atirar).

Atiradores com deficiências nos membros superiores ou inferiores podem competir nas mesmas provas. As provas da modalidade são pistola de ar e carabina de 10m, a pistola de perfuração de 25m e a pistola de 50m. 

A modalidade será disputada entre 30 de agosto e 5 de setembro.

Triatlo

Nas disputas do triatlo, competem homens e mulheres. A prova engloba 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida, e pode ser praticada por pessoas com diferentes tipos de deficiência, como cadeirantes, amputados ou cegos. O triatlo foi incluso na programação paralímpica nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

São seis classes diferentes, que levam em conta a deficiência e mobilidade do atleta. Cinco das classes são para atletas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral e uma para deficientes visuais.

A modalidade será disputada entre 28 e 29 de agosto.

Vôlei sentado

Competem na modalidade atletas que têm deficiências ligadas a locomoção. São seis jogadores de cada lado da quadra. A disputa se dá em uma melhor de cinco sets, vencendo o time que ganhar três deles, sempre com a diferença mínima de dois pontos para o adversário. 

Os atletas são divididos por duas classes, conforme o grau de deficiência. Na VS1, estão os jogadores amputados ou com maior limitação na locomoção. Os demais, de menor comprometimento físico-motor se encontram na VS2. Cada time só pode ter dois VS2 no elenco, sendo que eles não podem estar ao mesmo tempo na quadra - que tem dez metros de comprimento por seis metros de largura, com a altura da rede variando de 1,05 metro (feminino) a 1,15 m (masculino).

No vôlei sentado, os saques podem ser bloqueados e atacados na rede. Os atletas, contudo, devem permanecer em contato com o solo para executar as jogadas.

A modalidade será disputada entre 27 de agosto e 5 de setembro.

(Com informações da Agência Brasil)

  • Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.
Acompanhe tudo sobre:EsportesJogos ParalímpicosPessoas com deficiênciaTóquio

Mais de Casual

5 livros que C-levels brasileiras recomendam para o fim do ano

Flute, tupila ou de vinho branco? Qual a melhor taça para beber um espumante

Tiffany & Co. inaugura a primeira flagship store na América Latina no shopping Iguatemi São Paulo

Os 6 imóveis mais caros comprados em 2024; brasileiro está na lista