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Com quase 4 meses de atraso, Bob Dylan recebe Nobel de Literatura

Como se esperava, a entrega aconteceu de forma íntima e sem a presença dos veículos de imprensa

Músico americano Bob Dylan durante show na California (Kevin Winter/Getty Images)
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EFE

Publicado em 1 de abril de 2017 às 19h45.

Berlim — O cantor americano Bob Dylan recebeu neste sábado em Estocolmo o diploma e a medalha do Nobel de Literatura, quase quatro meses depois da cerimônia oficial de entrega dos prêmios, à qual não compareceu.

Vários membros da Academia Sueca, entre eles a secretária permanente, Sara Danius, e seu antecessor, Horace Engdahl, confirmaram à televisão pública da Suécia "SVT" a presença do músico na cidade.

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Como se esperava, a entrega aconteceu de forma íntima e sem a presença dos veículos de imprensa. Dylan se encontra em Estocolmo para dois shows neste fim de semana e Danius antecipou na quarta-feira passada em seu blog que iria a um deles.

Aproveitando a estadia do astro na cidade, foi combinado que a entrega do prêmio ocorreria em um encontro "pequeno e íntimo" e sem imprensa, seguindo os desejos do cantor, de 75 anos.

Apenas um dia antes, no mesmo blog, a secretária da Academia revelou que os dirigentes estavam há meses sem falar com o músico e lembrou que a cerimônia de entrega do prêmio - necessária também para dar as 8 milhões de coroas suecas (US$ 900 mil) - deveria ocorrer até o dia 10 de junho.

Após marcar o encontro com Dylan para este fim de semana, Danius explicou que esperavam receber posteriormente e gravação do discurso de aceitação, o que já tinha ocorrido em outras ocasiões.

Dylan foi premiado com o Nobel no dia 13 de outubro por criar "novas expressões poéticas dentro da grande tradição da canção americano". O músico confirmou pouco depois que aceitava o prêmio, mas em meados de novembro a Academia anunciou que ele não estaria na cerimônia de entrega, prevista para o dia 10 de dezembro.

"Ele queria poder receber o prêmio pessoalmente, mas outros compromissos o impossibilitaram", afirmou a instituição em comunicado no qual mostrava respeito a decisão e lembrava que o fato de um premiado não ir a Estocolmo era pouco frequente, embora não excepcional.

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