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Cher recebe no Camboja elefante maltratado no Paquistão

Cantora Cher fez campanha nas redes sociais para que o animal fosse transferido do zoológico de Islamabad, acusado de oferecer condições deficientes

Cher: "Kaavan comeu, não estava estressado. Estava até um pouco adormecido, de pé, apoiado na parede da jaula" (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 30 de novembro de 2020 às 13h25.

Após anos de maus-tratos em um zoológico do Paquistão , o "elefante mais solitário do mundo" chegou ao Camboja, nesta segunda-feira (30), onde foi recebido pela superestrela americana Cher, que o acompanhará a um santuário que abriga outros paquidermes.

O caso de Kaavan - um elefante de 36 anos com excesso de peso - causou polêmica entre grupos de defesa dos animais, que solicitaram sua transferência de um zoológico de Islamabad, acusado de oferecer condições e cuidados deficientes.

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Sua causa foi promovida em uma campanha nas redes sociais pela cantora, que viajou ao Paquistão.

 

Com uma máscara preta, Cher foi vista no aeroporto de Siem Reap, no noroeste do Camboja, e acenou com entusiasmo depois do pouso do avião em torno das 7h30 GMT (4h30 em Brasília).

A tão esperada viagem de Kaavan transcorreu "sem incidentes", disse Amir Khali, veterinário do grupo de bem-estar animal Four Paws, acrescentando que se comportou "como um viajante frequente".

"Kaavan comeu, não estava estressado. Estava até um pouco adormecido, de pé, apoiado na parede da jaula", relatou.

O animal será transportado de Siem Reap para a província vizinha de Oddar Meanchey, onde um santuário de vida silvestre com 600 outros elefantes será seu novo lar.

Conhecido como o "elefante mais solitário do mundo", ele vivia em condições muito precárias no centro da capital paquistanesa.

"O Camboja tem o prazer de receber Kaavan. Ele não será mais o elefante mais solitário do mundo", disse o vice-ministro do Meio Ambiente, Neth Pheaktra, à AFP.
Kaavan era o único elefante da Ásia no Paquistão. Os outros, muito poucos, eram paquidermes da África.

A administração do zoológico negou que o animal tenha sido maltratado e considerou que seu estado se devia ao fato de estar à espera de uma nova companheira, após a morte de Saheli. Esta última morreu de gangrena, em 2012.

Especialistas internacionais observaram que Kaavan apresentava um comportamento estereotipado: com frequência, apenas gira a cabeça e o tronco de um lado para o outro por horas. Isso levantou questões sobre sua saúde mental.

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