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Chapecoense supera luto e ergue a taça de campeã da Sul-Americana

Sete semanas depois do funeral das vítimas da tragédia aérea com a delegação da equipe, na Colômbia, a Arena Condá voltou a ficar cheia neste sábado (21)

Alan Ruschel: Sobrevivente acompanha amistoso com o Palmeiras, o primeiro jogo depois da tragédia (Paulo Whitaker/Reuters)

Alan Ruschel: Sobrevivente acompanha amistoso com o Palmeiras, o primeiro jogo depois da tragédia (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de janeiro de 2017 às 16h42.

Chapecó - A Chapecoense pôde enfim comemorar o título da Copa Sul-Americana. Exatas sete semanas depois do funeral das vítimas da tragédia aérea com a delegação da equipe, na Colômbia, a Arena Condá voltou a ficar cheia neste sábado, desta vez por um motivo mais feliz. Os sobreviventes receberam a taça, os familiares dos falecidos ganharam medalhas e a torcida gritou "é campeão".

Antes do amistoso com o Palmeiras, o primeiro jogo depois da tragédia, o clube organizou uma cerimônia de homenagem às vítimas. Um dos pontos altos foi a entrada em campo dos três jogadores sobreviventes da queda do avião da LaMia em Medellín, na Colômbia. O goleiro Follmann recebeu autorização especial para deixar o hospital onde segue internado e entrar em campo com cadeira de rodas, acompanhado pelo zagueiro Neto e pelo lateral-esquerdo Alan Ruschel.

A cerimônia teve a exibição de vídeos de homenagem aos antigos componentes da equipe e da comissão técnica que estavam entre os 71 mortos no acidente. Em campo, os presidentes da Chapecoense, Plínio David de Nês Filho, e do Palmeiras, Maurício Galiotte, junto com o prefeito da cidade catarinense, Luciano Boligon, receberam os homenageados e conduziram o ritual de premiação.

As viúvas e parentes dos jogadores mortos demonstraram emoção ao receberem as medalhas. Na sequência, a torcida foi apresentada aos novos atletas, em uma espécie de ato de transição do passado doloroso para o futuro, que traz a esperança da disputa da primeira Copa Libertadores da história da Chapecoense.Mais de 20 atletas foram contratados para repor a morte de 19 integrantes do elenco de 2016.

A cidade de Chapecó amanheceu em ambiente à altura da definição do amistoso, chamado de "Jogo da Amizade". O estádio sem divisão de torcidas se estendeu pelas ruas, onde camisas dos dois time conviveram pacificamente. Para realçar o alviverde, alguns foram à Arena Condá com o uniforme do Atlético Nacional, clube colombiano que seria o adversário da Chapecoense na final da Sul-Americana.

O alambrado decorado com dobraduras japonesas, faixas com mensagens de apoio e bandeiras da Colômbia marcavam a paisagem. A diretoria distribuiu 10 mil escudos do clube e 10 mil estrelas de papel para compor o cenário. O departamento de marketing, junto com uma torcida organizada, elaborou um novo mosaico.

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