Alexandre Bratt, CEO Víssimo Group. (Luiz Sales/Divulgação)
Ivan Padilla
Publicado em 25 de maio de 2022 às 08h00.
Última atualização em 26 de maio de 2022 às 15h03.
Após três meses de um processo de integração e branding, o maior grupo omnichannel de vinhos do Brasil anuncia sua nova identidade visual. Formada pela fusão das marcas Evino e Grand Cru, a holding Víssimo se posiciona como a maior varejista de vinhos no Brasil.
Dentre as ações do grupo está o estímulo em vendas de vinhos premium no país, que fez com que a comercialização destes rótulos do portfólio disparassem. Chamado de Grand Sélection, o projeto unificou em um canal modelos selecionados do portfólio da Grand Cru e rótulos importantes da Evino. O resultado foi um aumento de 434% das vendas deste nicho em comparação ao mesmo período do ano passado.
Com o recente aporte de 650 milhões de reais aplicado pela Vinci Partners, o grupo Víssimo prevê acelerar ainda mais o crescimento com investimentos em qualificação de times, infraestrutura, expansão das marcas, novas aquisições, omnicanalidade e digitalização das lojas Grand Cru, além de abertura de uma unidade física da Evino.
Para este ano a expectativa é faturar 800 milhões de reais. Além do vinho, o grupo terá no portfólio produtos ligados à gastronomia. “Nosso objetivo é ser o maior varejista de vinhos, alimentos e bebidas do Brasil. Para construir esse legado, teremos Evino e Grand Cru, e prevemos a aquisição de novas marcas que irão oferecer serviços, produtos e soluções complementares para agregar na vida e no bem-estar do público”, afirma Alexandre Bratt, CEO do Víssimo Group.
No portfólio de vinhos, o grupo acaba de anunciar parceria de exclusividade com a centenária vinícola Nieto Senetiner, de Mendoza, uma das principais regiões de produção de vinhos do mundo.
Em entrevista exclusiva à Casual Exame, Alexandre Bratt, CEO do Víssimo Group, conta sobre os projetos do grupo.
Qual o volume de vendas do Víssimo Group?
Para 2022, o Víssimo Group prevê uma movimentação entre 15 e 20 milhões de garrafas.
Qual a importância dos rótulos da Nieto? O quanto isso aumenta o portfólio, em rótulos e unidades do grupo?
A vinícola Nieto Senetiner é muito importante mais do que pelo volume de vendas que eles trazem (mas, sim, o volume é relevante pois prevemos mais de 2 milhões de garrafas de Nieto no primeiro ano de parceria), mas é a primeira vinícola que entra no Víssimo Group e, com isso, conseguimos distribuir as sete marcas deles nos nossos canais e na nossa clusterização de produtos.
Por exemplo, o Benjamim, que entra como uma classificação de off-trade, onde será vendido primordialmente em supermercados, distribuidores mais mainstream e no site da Evino.
O Fran, a segunda linha da vinícola, será distribuído exclusivamente no online da Evino. Temos o Camila, que é uma linha de produtos que será distribuída exclusivamente no online da Grand Cru. Temos o Nieto, um produto multiplataforma, que será distribuído tanto em Evino quanto em Grand Cru.
E assim por diante. Portanto, é uma vinícola estratégica que fomos incluindo cada um dos produtos deles em nossos canais. É a primeira vinícola e parceria que a gente consegue trabalhar 100% do portfólio: desde o produto de entrada ao mais sofisticado, que no caso é o Cadus, que será vendido no portfólio Grand Cru. Ou seja, será vendido nas lojas, franquias, on-trade e off-trade premium da Grand Cru.
Para onde o portfólio agora do grupo deve crescer, mais para linha da Grand Cru ou mais para linha da Evino?
O portfólio do Víssimo Group continuará crescendo tanto para a Grand Cru como para a Evino. A gente tem um plano de crescimento para as duas marcas de maneira independente.
A Evino, por ter um modelo mais de flash sales, precisa de mais produtos novos por ano. Somente no ano passado lançamos mais de 450 novos rótulos em Evino. Já na Grand Cru também precisamos de renovação de portfólio, mas temos vinhos que queremos manter no portfólio por muito tempo, diferentemente do flash sales de Evino.
Tracionando bem a gente traz novos rótulos, mas com muito menos intensidade do que Evino, por conta do próprio modelo de negócio distinto das duas.
Em volume de inovação, a Evino continua puxando, mas em crescimento de representatividade ambas seguem e não muda o que a gente já vem fazendo.