Campeonato Brasileiro Feminino volta com times afetados pela pandemia
Competição recomeça nesta quarta (26) para conclusão da quinta rodada
Agência Brasil
Publicado em 26 de agosto de 2020 às 14h31.
Última atualização em 26 de agosto de 2020 às 19h19.
Quando o apito soar no gramado da Vila Belmiro, às 14h (horário de Brasília) desta quarta-feira (26), dando início à partida entre Santos e Audax, chegará ao fim uma espera de 164 dias, ou cinco meses e meio, pela volta da Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. A competição foi interrompida em 15 de março, durante a quinta rodada, em decorrência da pandemia do novo coronavírus ( covid-19 ).
Como a doença ainda não está controlada no território nacional, o retorno do torneio terá de ser realizado sem a presença de público e sob rigoroso protocolo sanitário, com várias diretrizes para os jogos. Entre as normas estão o acesso restrito a campo e vestiários; a realização de exames da covid-19 custeados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF); aferição da temperatura na chegada ao estádio, de todas as pessoas envolvidas na realização do jogo; o uso frequente de máscaras (com exceção dos atletas em campo); e a higienização com álcool em gel.
Os procedimentos são os mesmos adotados no Brasileirão masculino, incluindo as mudanças feitas após a primeira rodada da Série A, como testagem de todo o elenco 72 horas antes da partida, e entrega dos resultados dos testes à CBF até 24 horas antes do jogo pelo time mandante, e até 12 horas antes da viagem, no caso do visitante. "À princípio, vamos seguir o mesmo protocolo. À medida que as rodadas forem ocorrendo e os resultados aparecendo, ai sim, a gente vai verificar a necessidade ou não de mudança de programas de testagem", diz à Agência Brasil Jorge Pagura, o coordenador médico da entidade.
Além do jogo na Vila, outras duas partidas movimentam esta quarta (26) pela quinta rodada do Brasileiro feminino. Às 15h30, o Internacional recebe o Flamengo no Sesc Campestre. Já às 19h30, Corinthians e Ferroviária reeditam a final do ano passado no Parque São Jorge. A sexta rodada tem inicio no sábado (29) e vai até segunda-feira (31), com os seguintes duelos:
Sábado (29)
14h - Cruzeiro x Grêmio (Mineirão)
15h - Ponte Preta x Palmeiras (Moisés Lucarelli)
20h30 - Vitória x Iranduba (Barradão)
Domingo (30)
14h - São Paulo x Minas Icesp (CFA de Cotia)
15h - Avaí/Kindermann x Santos (Carlos Alberto Costa Neves)
15h - Ferroviária x Internacional (Fonte Luminosa)
15h - Audax x São José (José Liberatti)
Segunda-feira (31)
19h - Flamengo x Corinthians (a definir)
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A pandemia da covid-19 impactou as equipes do Brasileiro Feminino de forma diversa. Santos e São Paulo, por exemplo, voltaram aos treinos com o mesmo grupo de antes da paralisação. Se por um lado o Palmeiras perdeu Bia Zaneratto, atacante da seleção brasileira, que estava emprestada pelo Wuhan Xinjiyuan (China), por outro se reforçou com atletas que atuavam no exterior: a zagueira Janaína Queiroz, ex-Braga (Portugal) e a meio-campista Camilinha, ex-Orlando Pride (Estados Unidos). Esta última, também jogadora da seleção verde e amarela.
"Saí do Brasil tem quatro anos, para jogar no Orlando e, desde minha chegada, vejo grandes mudanças [de estrutura no futebol feminino]. No Palmeiras, isso é nítido. Acho que a gente, que está vindo de fora, pode somar e trazer uma experiência grande", destacou Camilinha, em entrevista coletiva.