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Bruno Mars surpreende e domina o Grammy 2018

Cantor venceu em todas as categorias nas quais estava indicado e saiu da cerimônia, no Madison Square Garden de Nova York, com seis prêmios

Bruno Mars: cantor venceu os prêmios de melhor álbum por "24K Magic", melhor canção por "That's What I Like" e melhor gravação por "24K Magic" (Carlo Allegri/Reuters)

Bruno Mars: cantor venceu os prêmios de melhor álbum por "24K Magic", melhor canção por "That's What I Like" e melhor gravação por "24K Magic" (Carlo Allegri/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 06h30.

Última atualização em 29 de janeiro de 2018 às 06h31.

Bruno Mars surpreendeu e dominou a festa do Grammy, em uma premiação que recompensou suas canções para dançar, superando "Despacito" e o hip hop .

Mars venceu em todas as categorias nas quais estava indicado e saiu da cerimônia, no Madison Square Garden de Nova York, com seis gramofones, incluindo melhor álbum por "24K Magic", melhor canção por "That's What I Like" e melhor gravação por "24K Magic".

Muito feliz com as vitórias, Mars recordou sua primeira apresentação, quando era criança, para alguns turistas no Havaí.

"Eu recordo como se fosse hoje, pessoas que não se conheciam, de lados opostos do planeta, dançando uns com os outros, celebrando juntos", disse.

"A única coisa que eu queria fazer com este álbum era isso", completou.

"Despacito", o hit viral de Luis Fonsi, que recebeu três indicações por seu remix con Daddy Yankee e Justin Bieber, não venceu em nenhuma categoria.

A vitória de Mars, um havaiano de 32 anos, por "24K Magic", seu terceiro álbum, deixou para trás as produções do hip hop que eram consideradas favoritas: "4:44" de Jay-Z, que apesar de ter recebido oito indicações voltou para casa de mãos vazias, e "DAMN." de Kendrick Lamar, que recebeu cinco prêmios, incluindo melhor álbum de rap e melhor canção de rap por "Humble.".

Apesar do domínio do hip hop nas paradas de sucesso americanas nos últimos anos, até hoje apenas dois álbuns de rap venceram o Grammy de álbum do ano.

Alessia Cara, que iniciou a carreira com vídeos no YouTube gravados em seu quarto e se tornou uma cantora pop com consciência social, venceu na categoria artista revelação.

A canadense de 21 anos, que cresceu no subúrbio de Toronto, superou, entre outros, o cantor Khalid, artista com o qual ela colaborou na canção sobre linha de prevenção do suicídio "1-800-273-8255".

Rosas brancas

A cerimônia, que voltou a Nova York após 14 anos em Los Angeles para marcar a 60ª edição do Grammy, também contou com a presença do movimento #Time's Up, com direito a uma apresentação de Kesha e fortes discursos de Janelle Monae e do rapper Logic.

"A todos os que se atrevem a tentar nos silenciar, oferecemos duas palavras: Time's Up. Acabou a desigualdade de salário, a discriminação, o assédio sob todas as suas formas e os abusos de poder", disse Monae ao apresentar Kesha, que luta há vários anos nos tribunais contra seu ex-produtor, Dr. Luke, a quem acusa de estupro.

Vestida de branco, ao lado de várias cantoras, como Cyndi Laupe e Camila Cabello, Kesha fez uma interpretação emocionada da canção "Praying", que terminou em lágrimas e em um grande abraço de todas as artistas.

Muitos músicos como Lady Gaga usaram no domingo uma rosa branca em solidariedade com as vítimas de abuso sexual.

A jovem cantora Camila Cabello lembrou dos "Dreamers", os quase dois milhões imigrantes que foram levados ilegalmente aos Estados Unidos por seus pais e que estão sob ameaça de deportação do governo de Donald Trump.

O presidente americano também foi criticado quando o apresentador da cerimônia, James Corden, destacou o pouco apreço de Trump pela leitura. Neste momento foi exibido um vídeo com celebridades lendo trechos do livro "Fire and Fury: Inside the Trump White House", que faz um relato sobre o primeiro ano de seu mandato.

Músicos críticos de Trump como Cher e Snoop Dog leram vários trechos, assim como Hillary Clinton, derrotada pelo republicano nas eleições de 2016.

"Com isto eu venço o Grammy", disse Clinton após ler algumas linhas.

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