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Bilionários emprestam suas obras para temporada de arte em Nova York

Picasso, Lucian Freud e Willem de Kooning são alguns dos autores de obras emprestadas a museus e galerias por ricaços em Manhattan

Roman Abramovich: um dos bilionários que costumam emprestar as suas obras de arte milionárias em Nova York (Toby Melville/Reuters)

Guilherme Dearo

Publicado em 5 de maio de 2019 às 07h00.

Última atualização em 5 de maio de 2019 às 07h00.

Foi um dos destaques das recentes exibições de Pablo Picasso em Paris e Londres. Agora, o célebre quadro do mestre espanhol "Le Reve" ("O Sonho") está de volta a Nova York .

O sensual retrato de 1932 da amante do artista, Marie-Therese Walter, fará parte da exposição da galeria Gagosian “Mulheres de Picasso: De Fernande a Jacqueline”, que começa esta semana. O gestor de hedge funds Steve Cohen, que comprou o quadro de Steve Wynn por US$ 155 milhões em 2013, emprestou a obra para a exposição.

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Cohen está entre os colecionadores que emprestam obras-primas às galerias de Nova York quando a cidade inicia sua temporada de feiras e leilões de arte.A apenas três quarteirões - da East 76th Street até a East 79th Street - também serão exibidas obras de Picasso, Lucian Freud e Willem de Kooning. Bilionários como Roman Abramovich, Joe Lewis e Mitchell Rales estão entre os que também contribuem com obras para as galerias, além de instituições públicas como o Museu Metropolitano de Arte e o Guggenheim. Todas as exposições são gratuitas.

Na sede da Gagosian, na Madison Avenue, a obra "Le Reve" será exibida ao lado de quadros de propriedade da família de Picasso. A exposição é dedicada ao biógrafo do artista, John Richardson, que morreu em março e organizou diversas exibições na Gagosian, com foco nas amantes do pintor espanhol.

"Le Reve" foi exibida pela última vez ao público em Nova York em 2008, como parte de uma exposição sobre Marie-Therese, organizada pela Acquavella Galleries. Na época, a obra pertencia ao magnata dos cassinos, Wynn, que ficou conhecido por ter comprado a tela alguns anos antes.

Cohen também está emprestando obras para a exposição “De Kooning: Five Decades”, na galeria Mnuchin, que explora a evolução do artista ao longo de 60 anos, enquanto se movia entre figuração e abstração.

Abramovich e Lewis também fornecem obras para a exposição “Lucian Freud: Monumental” na Acquavella, onde 13 amplos retratos de nus masculinos e femininos são íntimos, hipnotizantes e, ao mesmo tempo, grotescos.

“Benefits Supervisor Sleeping”, de 1995, retrata Sue Tilley, que pesa cerca de 130 quilos, deitada em um sofá. O quadro foi exposto pela última vez em Nova York em 2008, na Christie’s, quando Abramovich pagou US$ 33,6 milhões pela obra, na época um recorde para um artista vivo.

Uma das obras mais bizarras, "Large Interior, Notting Hill" (1998), retrata um homem nu, com um bebê no colo. A babá original era a modelo Jerry Hall, que acabara de ter um bebê com Mick Jagger (agora é casada com Rupert Murdoch), segundo a galeria. Os quadros de Freud levaram meses para ficarem prontos e, depois de Hall ter faltado a algumas sessões, Freud fez uma "mudança de sexo", substituindo a modelo por seu assistente de longa data, David Dawson.

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