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Banda Pussy Riot despreza chance de ganhar dinheiro com fama

Três meses após o fim de um julgamentol, integrantes da banda dizem que estão lutando para impedir que qualquer um ganhe dinheiro em cima de sua marca

Integrantes da banda punk Pussy Riot sentam por trás das grades no tribunal de Moscou: especialistas dizem que o nome da banda vale uma fortuna (©AFP / Natalia Kolesnikova)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 12h50.

Moscou - Duas integrantes da banda russa de punk feminista Pussy Riot estão na prisão por protestar em uma igreja contra Vladimir Putin.

Enquanto isso, por 19,95 dólares mais o frete, os fãs da cantora norte-americana Madonna podem encomendar uma camiseta 100 por cento algodão da "Pussy Riot", com o logo da banda de uma mulher em um vestido curto vermelho e máscara de esqui, com o punho levantado e um guitarra elétrica.

Primeiro veio a batalha pela liberdade, agora vem a batalha pela propaganda. Três meses após o fim de um julgamento que as lançou para a fama mundial, as integrantes da banda dizem que estão lutando para impedir que qualquer um ganhe dinheiro em cima de sua marca, que vale vários milhões de dólares.

Especialistas dizem que o nome da banda vale uma fortuna. Se elas estivessem interessadas, as meninas poderiam ficar ricas com turnês, filmes, documentários e contratos de gravação.

Mas é um anátema para as mulheres que, vestidas com máscaras extravagantes, vestidos e meias-calças descombinantes, invadiram uma catedral ortodoxa russa em fevereiro e fizeram uma "oração punk", pedindo à Virgem Maria afastar Putin.

"Nós nunca iremos permitir que a marca seja registrada", disse Yekaterina Samutsevich, a única das três integrantes da banda a ficar livre até agora, que anunciou em seu comunicado que vai representar os interesses das duas que ainda estão na prisão.


"Nós sempre dissemos que nossa banda nunca seria comercial. Até um certo ponto, ela foi criada para combater o comercialismo." Samutsevich, 30, foi condenada em agosto por vandalismo motivado por ódio religioso, juntamente com Nadezhda Tolokonnikova, 23, e Maria Alyokhina , 24.

A pena Samutsevich foi suspensa e ela foi libertada em um recurso; Tolokonnikova e Alyokhina iniciaram suas penas de dois anos de prisão. A Anistia Internacional considera-as prisioneiras de consciência.

Para os estrangeiros, incluindo celebridades ocidentais que adotaram a causa das mulheres encarceradas, vender mercadorias com o logotipo da Pussy Riot é uma forma de arrecadar dinheiro para ajudá-las.

A cantora Madonna oferece camisetas da Pussy Riot para venda em seu site e em seus shows. Ela diz que está enviando o dinheiro que arrecada para ajudar a pagar pela defesa legal da banda.

A cantora islandesa Bjork também entrou em contato com a banda russa para discutir venda de camisetas para ajudar a arrecadar dinheiro para os custos legais, disse seu empresário, Derek Birkett.

Essas discussões estão em espera, porque os membros da banda "agora estão em dúvida sobre a comercialização do nome e da ideia", disse Birkett.

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Enquanto isso, por 19,95 dólares mais o frete, os fãs da cantora norte-americana Madonna podem encomendar uma camiseta 100 por cento algodão da "Pussy Riot", com o logo da banda de uma mulher em um vestido curto vermelho e máscara de esqui, com o punho levantado e um guitarra elétrica.

Primeiro veio a batalha pela liberdade, agora vem a batalha pela propaganda. Três meses após o fim de um julgamento que as lançou para a fama mundial, as integrantes da banda dizem que estão lutando para impedir que qualquer um ganhe dinheiro em cima de sua marca, que vale vários milhões de dólares.

Especialistas dizem que o nome da banda vale uma fortuna. Se elas estivessem interessadas, as meninas poderiam ficar ricas com turnês, filmes, documentários e contratos de gravação.

Mas é um anátema para as mulheres que, vestidas com máscaras extravagantes, vestidos e meias-calças descombinantes, invadiram uma catedral ortodoxa russa em fevereiro e fizeram uma "oração punk", pedindo à Virgem Maria afastar Putin.

"Nós nunca iremos permitir que a marca seja registrada", disse Yekaterina Samutsevich, a única das três integrantes da banda a ficar livre até agora, que anunciou em seu comunicado que vai representar os interesses das duas que ainda estão na prisão.


"Nós sempre dissemos que nossa banda nunca seria comercial. Até um certo ponto, ela foi criada para combater o comercialismo." Samutsevich, 30, foi condenada em agosto por vandalismo motivado por ódio religioso, juntamente com Nadezhda Tolokonnikova, 23, e Maria Alyokhina , 24.

A pena Samutsevich foi suspensa e ela foi libertada em um recurso; Tolokonnikova e Alyokhina iniciaram suas penas de dois anos de prisão. A Anistia Internacional considera-as prisioneiras de consciência.

Para os estrangeiros, incluindo celebridades ocidentais que adotaram a causa das mulheres encarceradas, vender mercadorias com o logotipo da Pussy Riot é uma forma de arrecadar dinheiro para ajudá-las.

A cantora Madonna oferece camisetas da Pussy Riot para venda em seu site e em seus shows. Ela diz que está enviando o dinheiro que arrecada para ajudar a pagar pela defesa legal da banda.

A cantora islandesa Bjork também entrou em contato com a banda russa para discutir venda de camisetas para ajudar a arrecadar dinheiro para os custos legais, disse seu empresário, Derek Birkett.

Essas discussões estão em espera, porque os membros da banda "agora estão em dúvida sobre a comercialização do nome e da ideia", disse Birkett.

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