Babá transexual de Obama sonha em rever seu 'pequeno Barry'
Turdi descreve o presidente americano como um menino bom e tolerante que evitava julgá-lo
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2012 às 09h41.
Jscarta - Turdi, o transexual que durante anos foi babá de Barack Obama na Indonésia, hoje sonha em rever seu "pequeno Barry", que descreve como um menino bom e tolerante que evitava julgá-lo.
Turdi nasceu homem, mas sempre se considerou mulher e os amigos a chamavam de "Evie". Mas hoje, aos 66 anos, prefere se vestir com roupa masculina por medo de sofrer agressões, disse à AFP.
Durante dois anos - 1970 e 1971 - Turdi foi contratado pelos Obama na Indonésia, onde a mãe do futuro presidente dos Estados Unidos, Ann Dunham, morou com o novo marido, o indonésio Lolo Soetoro.
"Barry", como era chamado o pequeno Barack, tinha oito anos quando sua família contratou Turdi como cozinheiro e babá. Ele ou ela fazia as compras da casa e até costurou os vestidos de grávida antes do nascimento de Maya, irmã do presidente.
"Penso que ela (Ann Dunham) sabia quem eu era realmente. Quando cortava o cabelo curto ela me dizia: 'fica melhor com ele nos ombros", conta Turdi.
Os Obama "sempre me trataram como um membro da família", incluindo Barak, revelou Turdi, que após sair do trabalho na casa em Jacarta colocava salto alto e vestido para se transformar em Evie. "Me sentia livre de uma prisão quando estava vestida de mulher".
"Sempre mantive uma aparência masculina diante de Barry. Ele era muito jovem para conhecer nosso mundo (...) mas acredito que sabia como eu era, apenas fingia que não".
"Era curioso e queria saber de tudo, mas jamais me fez perguntas sobre isto e sempre me tratou normalmente. Barry não discriminava ninguém. Era amigo de todo mundo. Uma criança boa, que ria e brincava muito".
"Tinha um bom humor que perdia raramente, mesmo quando era provocado pelos colegas de classe", revelou Trudi. "Quando ia pegá-lo no colégio, seus amigos gritavam: Banci! Banci!' (travesti). Mas ele ignorava e dizia para irmos para casa".
Após a partida da família de Obama, Turdi se prostituiu nos bairros "vermelhos" de Jacarta, mas depois de incessantes agressões no maior país muçulmano do planeta, deixou a vida de travesti.
Hoje Turdi vive em um pequeno quarto sem janelas, alugado em uma favela, e sobrevive lavando a roupa dos vizinhos, entre eles muitos transexuais.
"Não espero nada dele", revela Turdi, que não viu Obama quando o presidente visitou a Indonésia em 2010 e 2011.
"É impossível que ele venha aqui me ver, e viajar aos Estados Unidos só em sonho, mas realmente gostaria de vê-lo, apenas isto. Se o Barry que conheci ainda é o mesmo, estou certo de que me aceitará como sou, transexual ou não".
Jscarta - Turdi, o transexual que durante anos foi babá de Barack Obama na Indonésia, hoje sonha em rever seu "pequeno Barry", que descreve como um menino bom e tolerante que evitava julgá-lo.
Turdi nasceu homem, mas sempre se considerou mulher e os amigos a chamavam de "Evie". Mas hoje, aos 66 anos, prefere se vestir com roupa masculina por medo de sofrer agressões, disse à AFP.
Durante dois anos - 1970 e 1971 - Turdi foi contratado pelos Obama na Indonésia, onde a mãe do futuro presidente dos Estados Unidos, Ann Dunham, morou com o novo marido, o indonésio Lolo Soetoro.
"Barry", como era chamado o pequeno Barack, tinha oito anos quando sua família contratou Turdi como cozinheiro e babá. Ele ou ela fazia as compras da casa e até costurou os vestidos de grávida antes do nascimento de Maya, irmã do presidente.
"Penso que ela (Ann Dunham) sabia quem eu era realmente. Quando cortava o cabelo curto ela me dizia: 'fica melhor com ele nos ombros", conta Turdi.
Os Obama "sempre me trataram como um membro da família", incluindo Barak, revelou Turdi, que após sair do trabalho na casa em Jacarta colocava salto alto e vestido para se transformar em Evie. "Me sentia livre de uma prisão quando estava vestida de mulher".
"Sempre mantive uma aparência masculina diante de Barry. Ele era muito jovem para conhecer nosso mundo (...) mas acredito que sabia como eu era, apenas fingia que não".
"Era curioso e queria saber de tudo, mas jamais me fez perguntas sobre isto e sempre me tratou normalmente. Barry não discriminava ninguém. Era amigo de todo mundo. Uma criança boa, que ria e brincava muito".
"Tinha um bom humor que perdia raramente, mesmo quando era provocado pelos colegas de classe", revelou Trudi. "Quando ia pegá-lo no colégio, seus amigos gritavam: Banci! Banci!' (travesti). Mas ele ignorava e dizia para irmos para casa".
Após a partida da família de Obama, Turdi se prostituiu nos bairros "vermelhos" de Jacarta, mas depois de incessantes agressões no maior país muçulmano do planeta, deixou a vida de travesti.
Hoje Turdi vive em um pequeno quarto sem janelas, alugado em uma favela, e sobrevive lavando a roupa dos vizinhos, entre eles muitos transexuais.
"Não espero nada dele", revela Turdi, que não viu Obama quando o presidente visitou a Indonésia em 2010 e 2011.
"É impossível que ele venha aqui me ver, e viajar aos Estados Unidos só em sonho, mas realmente gostaria de vê-lo, apenas isto. Se o Barry que conheci ainda é o mesmo, estou certo de que me aceitará como sou, transexual ou não".