Automedicação pode piorar dor de cabeça
Estudo mostrou que 50% das pessoas com dor de cabeça praticam a automedicação sem ter tido nenhum contato com profissional da saúde
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2012 às 10h48.
São Paulo - Os números são altos: 46% da população tem dor de cabeça, 42% sofrem dor de cabeça tensional, 11%, de enxaqueca e 2%, de enxaqueca crônica. Além do grande número de pessoas que em algum momento de suas vidas se deparam com baixa produtividade e piora na qualidade de vida devido a uma dor, os dados também demonstram a grande frequência da doença e como se confunde com um “estado normal”.
Ou seja, para não parar suas vidas por conta da dor de cabeça, muitos pacientes optam pelo caminho considerado mais rápido e pontual: a automedicação para aliviar o problema naquele momento.
Estudo recente publicado no “Atlas of Headache Disorders”, da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que 50% das pessoas com dor de cabeça praticam a automedicação sem ter tido nenhum contato com profissional da saúde. “As pessoas começam a conviver com a dor e não percebem que o uso de medicamentos sem o diagnóstico correto e acompanhamento médico só levará a um agravamento do problema, ou seja, ela se tornará crônica com aumento na frequência em que irá ocorrer e na intensidade”, explica o médico Leandro Calia, neurologista do Albert Einstein e professor titular da disciplina de neurologia da UNISA.
Essa atitude de se automedicar tem se mostrado cada vez mais um problema de saúde pública. Um artigo publicado este ano na revista Pain trata o uso abusivo de medicamentos para tratar a dor de cabeça como uma pandemia silenciosa. De acordo com Calia, existem mais de 150 diferentes tipos de dor de cabeça e é fundamental que um neurologista faça o correto diagnóstico da doença e indique o tratamento mais adequado para cada caso.
O tratamento, por exemplo, da enxaqueca crônica - caracterizada por no mínimo 15 dias de dor de cabeça, com duração de mais de quatro horas por dia, por mais de três meses – é complexo e envolve uma série de medidas medicamentosas e não medicamentosas.
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o uso da toxina botulínica para enxaqueca crônica. Porém, o medicamento não deve ser usado para outros tipos de dores de cabeça porque ainda não existem estudos que comprovem sua eficácia e cada dor possui características distintas.
“No caso do tratamento referido, o estudo que foi realizado com mais de mil pessoas mostrou que além das crises terem diminuído em 50%, em número de dias e horas de dor, houve uma queda também no uso de medicamentos orais, que provocam efeitos colaterais e o agravamento da dor ao longo do tempo. Além disso, o excesso de medicação causa um impacto econômico na vida destes pacientes” conclui Calia.
São Paulo - Os números são altos: 46% da população tem dor de cabeça, 42% sofrem dor de cabeça tensional, 11%, de enxaqueca e 2%, de enxaqueca crônica. Além do grande número de pessoas que em algum momento de suas vidas se deparam com baixa produtividade e piora na qualidade de vida devido a uma dor, os dados também demonstram a grande frequência da doença e como se confunde com um “estado normal”.
Ou seja, para não parar suas vidas por conta da dor de cabeça, muitos pacientes optam pelo caminho considerado mais rápido e pontual: a automedicação para aliviar o problema naquele momento.
Estudo recente publicado no “Atlas of Headache Disorders”, da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que 50% das pessoas com dor de cabeça praticam a automedicação sem ter tido nenhum contato com profissional da saúde. “As pessoas começam a conviver com a dor e não percebem que o uso de medicamentos sem o diagnóstico correto e acompanhamento médico só levará a um agravamento do problema, ou seja, ela se tornará crônica com aumento na frequência em que irá ocorrer e na intensidade”, explica o médico Leandro Calia, neurologista do Albert Einstein e professor titular da disciplina de neurologia da UNISA.
Essa atitude de se automedicar tem se mostrado cada vez mais um problema de saúde pública. Um artigo publicado este ano na revista Pain trata o uso abusivo de medicamentos para tratar a dor de cabeça como uma pandemia silenciosa. De acordo com Calia, existem mais de 150 diferentes tipos de dor de cabeça e é fundamental que um neurologista faça o correto diagnóstico da doença e indique o tratamento mais adequado para cada caso.
O tratamento, por exemplo, da enxaqueca crônica - caracterizada por no mínimo 15 dias de dor de cabeça, com duração de mais de quatro horas por dia, por mais de três meses – é complexo e envolve uma série de medidas medicamentosas e não medicamentosas.
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o uso da toxina botulínica para enxaqueca crônica. Porém, o medicamento não deve ser usado para outros tipos de dores de cabeça porque ainda não existem estudos que comprovem sua eficácia e cada dor possui características distintas.
“No caso do tratamento referido, o estudo que foi realizado com mais de mil pessoas mostrou que além das crises terem diminuído em 50%, em número de dias e horas de dor, houve uma queda também no uso de medicamentos orais, que provocam efeitos colaterais e o agravamento da dor ao longo do tempo. Além disso, o excesso de medicação causa um impacto econômico na vida destes pacientes” conclui Calia.