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As versões mais legais que não temos de carros vendidos no Brasil

S10 ao estilo Raptor, perua Logan, Fit com injeção direta, Focus e Fiesta esportivos...

Carros: um mesmo modelo é vendido em diversos mercados, mas não sem adaptações locais (Divulgação/Ford/Divulgação)

Carros: um mesmo modelo é vendido em diversos mercados, mas não sem adaptações locais (Divulgação/Ford/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2017 às 16h15.

Hoje, a maioria dos carros são globais. Ou seja, um mesmo modelo é vendido em diversos mercados, mas não sem adaptações locais.

Entre essas mudanças há também a disponibilidade de versões criadas para determinadas regiões. O Renault Sandero, por exemplo, é vendido em toda a Europa. No entanto, só nós temos a versão R.S., equipada com motor 2.0.

Mas calma. Nem tente contar vantagem em cima de amigos gringos, pois o troco pode vir sem piedade. Olha só o que eles têm e a gente não.

Chevrolet Colorado ZR2

Colorado ZR2

A Colorado é irmã da nossa S10, mas infelizmente a ZR2 só é vendida nos Estados Unidos. Projetada para bater de frente com Ford F-150 Raptor e Toyota Tacoma TRD, a ZR2 não esconde a vocação para incursões fora do asfalto.

Traz para-choques com maiores ângulos de entrada e saída, gancho para reboque, suspensão reforçada com amortecedores ajustáveis e pneus todo-terreno de 31 polegadas com rodas aro 17.

A tração 4×4 possui nove opções de ajustes e há até um modo Off-Road, que modifica a atuação do bloqueio do diferencial e dos controles de tração e de estabilidade para diferentes condições de rodagem.

Nos Eua é é comercializada com opções de cabine dupla ou estendida e duas opções de motorização: 3.6 V6 a gasolina (312 cv e 38 mkgf), associado à transmissão automática de oito velocidades, e 2.8 Duramax diesel de quatro cilindros, com 184 cv e 51 mkgf.

Ford Focus RS

Modo Drift é um dos destaques da versão esportiva do Focus – ele anda de lado com ajuda da eletrônica (divulgação/Ford) (Wikicommons)

O Focus RS nunca justificou tanto o rótulo de esportivo como nesta geração. Mais do que o visual agressivo, realçado pelo enorme aerofólio traseiro e duas ponteiras de escapamento, o hatch consumiu 24 meses de desenvolvimento intenso – um tempo consideravelmente extenso para uma versão de um projeto já existente.

O motor 2.3 EcoBoost emprestado do Mustang recebeu melhorias, como a troca dos pistões, turbocompressor e do mapeamento eletrônico.

A potência foi elevada de 310 cv para 350 cv. E pela primeira vez um Focus sai de fábrica com tração integral, que despeja 70% do torque nas rodas traseiras e 30% nas rodas da frente em condições de aderência ideal.

A força enviada ao eixo traseiro também pode ser dividida entre as rodas, variando em função do tipo de curva ou da diferença do nível de aderência do piso.

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Com motor 2.3 EcoBoost, o modelo vai de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos (divulgação/Ford) (Reuters / Fabrizio Bensch)

Há outras diferenças para os Focus convencionais – inclusive os vendidos no Brasil. Uma das principais é o seletor de modos de condução, que ajustam os parâmetros do motor (aceleração e sonoridade), transmissão (câmbio e tração), direção, suspensão e sistemas de controle de chassi (tração e estabilidade).

São quatro configurações, com destaque para o modo Drift, no qual o condutor pode se divertir fazendo derrapagens controladas, graças ao diferencial traseiro que divide o torque entre as rodas.

Honda Fit com motor 1.5 com injeção direta

Monovolume vendido na Argentina é importado do México (divulgação/Honda) (Wikicommons)

Enquanto o Brasil conheceu a terceira geração do Fit em 2014, a Argentina só iniciou as vendas do modelo dois anos depois. Pelo menos nossos hermanos foram recompensados com uma importante diferença: a injeção direta de combustível.

Nesta configuração, o motor 1.5 i-VTEC rende 132 cv e 16,8 mkgf de torque máximo, contra 116 cv e 15,3 mkgf do modelo brasileiro. A transmissão é a mesma CVT simulando sete marchas com trocas sequenciais atrás do volante.

Volkswagen Golf R

Golf duas portas: eis a carroceria que gostaríamos de ver no Brasil (divulgação/Volkswagen)

A letra “R” representa o máximo de esportividade dentro da linha Golf. A Volkswagen realizou algumas melhorias no conhecido motor 2.0 turbo, que entrega 300 cv e 38,8 mkgf de torque máximo – ante 220 cv e 35,7 mkgf do GTI.

E instalou uma tração integral para garantir o máximo de eficiência no contato entre os pneus e o asfalto.

A receita deu certo: são necessários apenas 4,9 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h com a transmissão DSG de dupla embreagem e seis velocidades – se o cliente optar pelo câmbio manual de seis marchas, o tempo sobe para 5,1 segundos.

A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h.

O hatch ganhou suspensão rebaixada em 50 mm, quatro saídas de escapamento, novos para-choques e rodas de liga leve de 18 ou 19 polegadas.

Nissan March Nismo

Nissan March Nismo

A versão Nismo do Nissan March tem comportamento agressivo, semelhante à de um kart (divulgação/Nissan)

O Nissan March 1.6 16V já é um carro interessante, mas se torna comum perto da versão Nismo vendida no Japão. Além do visual mais esportivo, o March (ou Micra, como é chamado em seu país natal) recebeu ajustes específicos de suspensão, direção e freios.

A divisão competições e  alta performance da Nissan não mexeu muito na cavalaria do compacto: são 116 cv e 15,9 mkgf a 3.600 rpm, números levemente superiores que os 111 cv e 15,1 mkgf do March 1.6 16V. Mas quem já o dirigiu – QUATRO RODAS incluída – diz que a dinâmica é outra, muito próxima da de um kart.

Segundo a Nissan, acelera de 0 a 100 km/h em 10 segundos e atinge 220 km/h de velocidade máxima. Pena que não há mais chance de vê-lo por aqui, já que a nova geração do March foi apresentada no fim de 2016.

Nos EUA, há também o Sentra Nismo, recentemente lançado, com turbo e uma série de aprimoramentos mecânicos.

Ford Fiesta ST

Design segue as linhas da nova geração do Fiesta – ainda não lançada no Brasil (divulgação/Ford) (Wikimedia Commons)

Se um Fiesta duas-portas é um sonho distante para os entusiastas brasileiros da Ford, o que dizer da versão ST? Ao contrário da maioria das variações esportivas, o modelo vendido na Europa (que já está em sua sétima geração por lá, uma à frente do brasileiro) tem visual relativamente discreto e elegante.

Esteticamente, apenas detalhes como a grade frontal exclusiva e as rodas de liga leve de 17 polegadas entregam o temperamento mais arisco do Fiesta.

A suspensão foi rebaixada em 15 mm e ganhou molas, amortecedores e barra de torção (no eixo traseiro) mais rígidos.

Debaixo do capô, porém, a coisa muda: a nova geração, lançada no último Salão de Genebra, traz um novo motor 1.5 EcoBoost de três cilindros, com turbo e injeção direta.

São 200 cv e torque máximo de 29,6 mkgf – como referência, o Fiesta 1.0 EcoBoost vendido no Brasil, que já anda muito bem, tem 125 cv e 17,3 mkgf.

Lanternas agora são divididas pela tampa do porta-malas

Lanternas agora são divididas pela tampa do porta-malas (divulgação/Ford) (Wikimedia Commons)

Segundo a Ford, o carro acelera de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos. Há um inédito seletor de modo de condução (Normal, Sport e Track), que altera as respostas de motor, ronco do escape, direção, suspensão e controles eletrônicos de acordo com o desejo do motorista.

O câmbio é manual de seis marchas, e a tração dianteira tem o recurso do Torque Vectoring Control, que reduz a tendência ao substerço e as saídas de frente ao tracionar (o chamado esterçamento por torque) ao aplicar a força dos freios na roda do lado interno da curva.

Dacia Logan MCV

Na Europa, a perua Logan é vendida pela marca Dacia (divulgação/Renault) (Divulgação)

O mercado brasileiro está tomado pelos SUV, e isso afasta cada vez mais as peruas das revendas – caso da Logan MCV. Assim como Logan e Sandero, o espaço interno é uma das principais virtudes do modelo.

Além de permitir que cinco pessoas viajem sem aperto, dá para levar toda a bagagem da família no generoso porta-malas de 573 litros. Outro indício de que a Logan MCV seria um produto ideal para o Brasil é a existência da versão Stepway.

A perua recebeu os adereços típicos dos aventureiros, como as molduras pretas nos para-lamas e as barras longitudinais no teto. Já a suspensão foi levantada em 5 cm, aumentando a altura livre do solo para 17,4 cm.

Peugeot 208 GTI

(divulgação/Peugeot) (Divulgação)

O 208 GT já é um presente e tanto para os fãs de hot hatches. Melhor do que isso, só se a Peugeot decidisse importar da França a versão GTI. O motor 1.6 turbo com injeção direta de combustível entrega 200 cv e torque máximo de 28 mkgf, suficientes para fazê-lo acelerar de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos e atingir a velocidade máxima de 230 km/h.

As mudanças não se limitam ao motor. O 208 GTI recebeu amortecedores reforçados, barras estabilizadoras 10% mais espessas à frente e 50% atrás, reforços no subchassi dianteiro, suspensão rebaixada em 8 mm e bitolas alargadas em 10 mm na frente e 20 mm atrás.

Quanto ao visual, o 208 GTI não se diferencia muito do “nosso” GT, salvo pela bela carroceria de duas portas – indisponível no mercado brasileiro.

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Quatro Rodas.

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