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Após fiasco, segunda edição do Fyre Festival tem ingressos que custam até US$ 1,1 milhão

Fundador do evento, Billy McFarland, tenta reconstruir sua reputação após o fracasso da primeira edição, prometendo luxo e atividades inusitadas

A primeira edição do Fyre Festival virou documentário por causa de todos os problemas causados pelo fundador, Billy McFarland. (Youtube/Reprodução)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 11 de setembro de 2024 às 10h54.

O Fyre Festival, famoso pelo fiasco da primeira edição em 2017, está de volta. Billy McFarland, o organizador por trás do fracasso que virou documentário, anunciou que o Fyre Festival II acontecerá em uma ilha privada na costa do México, entre os dias 25 e 28 de abril de 2025. Mesmo após ter sido condenado por fraude e ter cumprido quatro anos de prisão, McFarland pretende atrair novamente o público com promessas de luxo e atividades exclusivas. Os ingressos estão sendo vendidos por valores que variam de R$ 2.264 (US$ 400) a R$ 6,23 milhões (US$ 1,1 milhão). Entre as atrações mais caras, os participantes poderão mergulhar com o próprio McFarland e realizar outras atividades inusitadas. As informações são da Fortune.

O valor astronômico dos ingressos contrasta com o histórico desastroso do evento original, que foi promovido como uma experiência de luxo, mas terminou como um dos maiores fracassos do setor de entretenimento.Em 2017, o Fyre Festival foi vendido como um evento musical de alto padrão nas Bahamas, com celebridades como Kendall Jenner e Bella Hadid fazendo parte da campanha de marketing. O evento prometia acomodações luxuosas, refeições preparadas por chefs renomados e shows de grandes artistas, como Blink-182 e Major Lazer. No entanto, a realidade foi muito diferente. Os participantes foram recebidos com barracas de emergência em vez de vilas de luxo, sanduíches pré-embalados e condições sanitárias extremamente precárias.

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O fiasco da primeira edição rendeu a McFarland uma condenação judicial e o obrigou a pagar cerca de R$ 147,16 milhões (US$ 26 milhões) aos investidores lesados. Após cumprir quatro anos de prisão, ele foi libertado em 2022 e, desde então, tem tentado reconstruir sua reputação. McFarland afirma que o Fyre Festival II será diferente, prometendo evitar os erros do passado. Ele contratou uma empresa de produção de eventos para lidar com a logística, uma das maiores falhas do evento original. No entanto, até o momento, nenhum artista foi confirmado para o festival, o que levanta dúvidas sobre sua viabilidade.

A despeito da falta de atrações musicais, o interesse no festival parece ser grande. Segundo McFarland, mais de 1.200 pessoas já solicitaram ingressos.Em agosto de 2023, a primeira leva de ingressos, com preços a partir de R$ 2.824 (US$ 499), esgotou-se em um único dia, mesmo sem detalhes concretos sobre a programação do evento. O interesse pode estar relacionado à curiosidade do público em ver se McFarland será capaz de entregar o que prometeu, ou se o Fyre Festival II se tornará mais um exemplo de fracasso.

Ingresso pode chegar a US$ 1,1 milhão

Além dos ingressos de menor valor, o Fyre Festival II também oferece pacotes de luxo que podem chegar a R$ 6,23 milhões (US$ 1,1 milhão). Esses pacotes incluem, além do mergulho com McFarland, passeios entre ilhas e lutas de artes marciais na praia. McFarland tem promovido essas atividades exóticas como uma forma de garantir que o evento seja mais do que apenas um festival de música. Ele insiste que esta nova edição do Fyre Festival será uma experiência única, ainda que muitos detalhes cruciais, como o lineup de artistas, permaneçam desconhecidos.

Indian Creek, a ilha privada onde o festival será realizado, é conhecida por abrigar grandes fortunas e celebridades, o que faz parte da estratégia de marketing de McFarland para atrair o público mais abastado. A ilha oferece um cenário paradisíaco, mas é também sinônimo de exclusividade, com propriedades de luxo avaliadas em centenas de milhões de reais. Esse ambiente exclusivo contribui para a narrativa de luxo que McFarland tenta reconstruir após o fracasso de 2017.

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