Vídeo reivindica que o termo "casamento" seja usado para para uniões heterossexuais e homossexuais, e não haja diferenciação com a expressão "união homoafetiva" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2012 às 18h11.
São Paulo – A luta dos homossexuais pela igualdade de direitos no país não parou quando o Supremo Tribunal Federal reconheceu, no ano passado, a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Isso porque muitos juízes e cartórios ainda se negam a realizar o processo por falta de legislação específica. Para tentar acabar com a burocracia e promover a igualdade, amigos e funcionários do Google fizeram um vídeo em apoio ao casamento civil gay.
O trabalho da produtora Maria João Filmes mostra depoimentos de pessoas homo e heterossexuais com argumentos que questionam as dificuldades de um casal gay se unir no âmbito civil. Em suas falas, eles mencionam a discriminação, a importância da igualdade, a laicidade do estado e a dignidade social.
Além do reconhecimento da união estável, eles pedem mais: o mesmo nome para o casamento – independentemente de quem está se casando. Eu não fico confortável com essa história de ter um nome diferente. Por que diferente? Se é o casamento de um homem branco com uma mulher negra, por acaso a gente vai dizer que é uma união civil inter-racial? Precisa dizer? Precisa desse adendo? Se não precisa aí, por que precisa para mim?, afirma um entrevistado.
Na última semana, um passo foi dado em direção a essa igualdade, com a aprovação do projeto de lei da senadora Marta Suplicy (PT-SP) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Segundo o projeto, a união estável entre casais homossexuais será incluída no Código Civil e pode ser convertida em casamento civil – o que deve reduzir as dificuldades para a união homossexual.
No entanto, para que isso aconteça na prática, o projeto ainda deve ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e passar pelo plenário do Senado e pela Câmara dos Deputados. Confira a seguir o vídeo produzido pelos amigos e funcionários do Google em defesa dessa causa.