Atriz Elaine Stritch durante apresentação em Washington, em uma foto de 19 de julho de 2010 (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2014 às 17h52.
Elaine Stritch, cuja voz rouca e postura desbocada dominaram os palcos da Broadway e do West End durante uma carreira de mais de 60 anos, morreu aos 89 anos nesta quinta-feira, informou seu porta-voz.</p>
Stritch, que conquistou prêmios Emmys, o Oscar da TV norte-americana, por seus papeis nas séries "30 Rock" e "Lei & Ordem", faleceu em Birmingham, no Estado do Michigan, nos arredores de sua nativa Detroit, de causas naturais. Ela sofria de diabetes há vários anos e sua saúde vinha declinando.
Stritch trabalhou com alguns dos maiores compositores do teatro, de Noel Coward a Stephen Sondheim, que escreveu aquela que se tornou sua canção-símbolo, a arrebatadora "The Ladies Who Lunch," do musical "Company", de 1970.
Sua voz não tinha grande alcance, mas ela punha emoção e ritmo impecável em tudo que cantava.
Stritch estava tão identificada com a Broadway e com Nova York que o grupo encarregado de preservar os marcos da cidade a declarou um monumento vivo em 2003.
Em 2013, Stritch disse não ter mais a energia necessária para viver na grande metrópole e voltou à Michigan.
Mas a vida nos arredores de Detroit se mostrou uma transição difícil, e dois meses depois de se mudar ela declarou à revista Vanity Fair: "Não tenho droga nenhuma para fazer, a não ser caminhadas em Birmingham, e já fiz isso”.
Stritch foi para Nova York em 1944, aos 17 anos, para terminar os estudos, e se envolveu no mundo dos palcos e estudou na prestigiosa escola de atores de Stella Adler, onde Marlon Brando e Walter Matthau eram seus colegas de classe.