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Alfaiates destacam principais desafios do ofício que cria roupas únicas

Versáteis e detalhistas, os alfaiates lutam para que a profissão siga sendo reconhecida e valorizada no mercado de trabalho

Alfaiate: arte milenar se tornou exclusiva. (Volodymyr Zakharov/Getty Images)

Alfaiate: arte milenar se tornou exclusiva. (Volodymyr Zakharov/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 6 de setembro de 2023 às 06h16.

Nesta quarta-feira, 6 de setembro, é comemorado o Dia do Alfaiate. A data homenageia uma das profissões mais antigas do mundo, responsável por cuidar do processo artesanal de confecção e ajuste de roupas. Com tantas mudanças no mercado da moda e a industrialização do varejo, os alfaiates tornaram-se peças cada vez mais exclusivas no setor. Nas marcas da Aramis Inc., por exemplo, a profissão conquistou espaço indispensável durante o atendimento, oferecendo para o consumidor o ajuste de peça no momento da compra.

A house of brands que contempla as marcas Aramis e Urban Performance já conta com mais de 50 alfaiates em suas lojas por todo o Brasil. Dentre os profissionais, muitos aprenderam o ofício dentro de suas próprias casas, passando o conhecimento de geração a geração, como é o caso de José Chafi.

“Eu aprendi a ser alfaiate em 1964, com 13 anos de idade. Meu pai gostava de andar muito bem alinhado e, por eu ser o filho mais velho, ele achou melhor eu aprender o ofício. O maior orgulho da vida dele era que eu fosse alfaiate e eu sigo sendo até hoje”, comenta o alfaiate da loja Aramis do Shopping Flamboyant, em Goiânia, Goiás.

Versáteis e detalhistas, os alfaiates lutam para que a profissão siga sendo reconhecida e valorizada no mercado de trabalho. Para a Maria das Graças Lacerda, alfaiate na loja Aramis do Shopping Parque D. Pedro, em Campinas, no interior de São Paulo, a experiência com o alfaiate faz parte de um ciclo de encantamento.

“Eu estou há 5 anos na empresa e minhas experiências são as melhores possíveis. Aqui, a alfaiataria é feita com o coração pela equipe inteira. Nós começamos com os vendedores, encantando o cliente, e terminamos com a preparação da roupa. Ver o brilho no olho do cliente não tem preço, é maravilhoso”, diz.

Mudanças no setor

Com os primeiros registros históricos do ofício identificados em 1297, a profissão do alfaiate já acumula séculos de tradição. Esta longevidade impõe aos profissionais uma capacidade intensa de adaptação, entendendo os diferentes momentos da moda e do setor.

“Antes, procurava-se muito o alfaiate para fazer a peça exclusiva, com corte perfeito e sob medida. Hoje, perdemos espaço para as confecções e fábricas, que têm aumentado cada vez mais. As lojas vendem as peças já no corte slim, porém, nosso papel é dar seguimento aos ajustes ideais para o cliente, focando no comprimento e no caimento que fazem total diferença”, comenta Sheila Suellen, alfaiate da loja Aramis no Shopping RioMar, em Recife, Pernambuco.

Mesmo com os desafios inerentes à profissão, a busca por novos conhecimentos dentro da alfaiataria é constante. Com mais de 30 anos de experiência, Joana Alves, alfaiate na loja Aramis do Shopping Iguatemi, na capital paulista, conta com entusiasmo sobre as técnicas empregadas. “Nós temos que fazer o cliente se sentir confortável, se sentir bem. Eu aprendi a profissão com a minha mãe, desde muito novinha, e hoje eu trabalho na Aramis há mais de 5 anos. Gosto muito do que faço aqui e me sinto muito respeitada pelo meu trabalho”, afirma.

A experiência única oferecida aos clientes é uma característica fundamental do ofício, que respeita a diversidade de corpos, estilos e gostos. A Aramis oferece o serviço gratuito e vitalício de ajuste com alfaiates para as peças adquiridas nas lojas próprias, franquias e site oficial.

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