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Aeroportos vazios, hotéis sem hóspedes: turismo perdeu US$ 1,3 trilhão em 2020

Segundo a Organização Mundial do Turismo, "o turismo internacional poderia levar entre dois anos e meio e quatro para voltar aos níveis de 2019"

O ano de 2020 teve um bilhão de chegadas internacionais a menos que no ano anterior.  (Leandro Fonseca/Exame)

O ano de 2020 teve um bilhão de chegadas internacionais a menos que no ano anterior. (Leandro Fonseca/Exame)

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Julia Storch

Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 16h15.

Última atualização em 28 de janeiro de 2021 às 16h41.

O turismo mundial viveu seu pior ano em 2020 por causa da pandemia, com um prejuízo econômico para o setor estimado em 1,3 trilhão de dólares, anunciou a Organização Mundial do Turismo (OMT) nesta quinta-feira, 28. A queda da receita, contabilizada como exportações, representa "mais de 11 vezes as perdas registradas durante a crise econômica global de 2009" e reflete uma redução de 74% nas chegadas internacionais de turistas em relação a 2019, informou a agência da ONU em seu relatório anual.

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"O turismo mundial registrou seu pior ano em 2020", com "1 bilhão de chegadas internacionais a menos que no ano anterior, devido a um colapso sem precedentes da demanda e às restrições generalizadas das viagens", detalhou a Organização.

A título de comparação, durante a crise financeira internacional de 2008-2009, o número de visitantes nos destinos de todo mundo caiu apenas 4%. A OMT estima também que, como consequência desta crise, "entre 100 e 120 milhões de empregos turísticos diretos estão em risco, muitos deles em pequenas e médias empresas".

No curto prazo, a Organização destaca que "as perspectivas gerais de uma recuperação em 2021 parecem ter piorado", e acredita que "o turismo internacional poderia levar entre dois anos e meio e quatro para voltar aos níveis de 2019".

"A crise ainda está longe de ter terminado", declarou em comunicado o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili. "A harmonização, a coordenação e a digitalização das medidas de redução de risco de propagação da covid-19 em relação às viagens, entre elas os testes, o rastreamento e os certificados de vacinação, são a base imprescindível para promover viagens seguras e preparar a recuperação do turismo assim que as condições permitirem", acrescentou.

Por regiões, a Ásia-Pacífico foi a mais duramente atingida, com uma queda de chegadas de 84% em relação a 2019, tanto por ter sido a primeira afetada quanto pelas sérias restrições de movimentos que ainda mantém. As Américas tiveram a queda mais moderada nas chegadas internacionais, com 69%, "com resultados levemente melhores no último trimestre do ano", indicou a OMT. A Europa sofreu uma queda de 70% e teve a maior queda em termos absolutos, com uma redução de mais de 500 milhões de turistas em 2020.

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