A outra face de Berlim que não aparece nos guias turísticos
Há anfitriões de todo tipo entre os lares que podem ser visitados, desde famílias, estudantes e casais a mulheres idosas
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2014 às 11h21.
Berlim - Berlim registrou no ano passado 11 milhões de turistas atraídos por sua fervilhante vida cultural e as marcas da história, mas cada vez mais iniciativas oferecem percursos fora dos roteiros frequentes.
Uma destas alternativas de turismo pouco convencional é a 'Opendoorsberlin', que permite conhecer como é a vida de um berlinense abrindo as portas de suas casas.
'Nenhum guia pode te mostrar como é viver em Berlim, é uma maneira de conhecer a cidade mais profundamente e de um ponto de vista muito pessoal', explicou à Agência Efe Caroline Dreysel, uma das fundadoras da agência.
Estas visitas, muito populares entre turistas escandinavos, holandeses, coreanos e bávaros, podem acompanhar, por um acréscimo no valor, um jantar oferecido pelos donos da casa.
Há anfitriões de todo tipo entre os lares que podem ser visitados, desde famílias, estudantes e casais a mulheres idosas, todos eles 'interessados em conhecer gente nova, de outros países e de mente aberta', explicou.
'Muitos deles cresceram na parte leste de Berlim, quando o muro ainda existia e agora querem compartilhar suas vivências com os turistas que desejam visitá-los', acrescentou.
No lado oposto desta experiência está a iniciativa da associação de serviços sociais 'Gebewo', que decidiu mostrar a realidade das pessoas sem teto em Berlim pela perspectiva de Klaus Seilwinder, um ex-morador de rua de 57 anos.
Através de suas próprias vivências na rua, Seilwinder e o historiador Harald Steinhausen contam a mudança nas condições sociais para sem-teto desde a queda do muro, assim como o trabalho que realizam nos abrigos.
Em busca de conscientizar o visitante, Seilwinder mostra ao longo do percurso como era seu dia a dia nas ruas da capital alemã, onde dormia e como escondia seus poucos pertences no famoso parque Tiergarten.
Através de seus olhos a monumental praça da Gendarmenmarkt é vista por outra perspectiva. Era onde durante 15 horas por dia buscava garrafas nos lixos para conseguir o 'pfand', os centavos que se obtêm ao devolver o casco.
Também com um cenário social, embora de outro ponto de vista, o 'Revolutionary Berlim' decidiu há cinco anos mostrar aos turistas e aos não tão turistas a parte mais 'antissistema' da capital alemã.
Seu tour principal acontece em lembrança do 1º de maio, data histórica na cidade por causa das 'manifestações revolucionárias' realizadas pelo Dia do Trabalho e que, desde 1987, frequentemente terminam com violentos incidentes.
No percurso de três horas pelo bairro de Kreuzberg, palco dos distúrbios, Bill, um guia americano com nome fictício, narra a história destes protestos, das casas ocupadas zona e os problemas da especulação na capital.
Os dois guias que formam o 'Revolutionary Berlim' se autodenominam 'jovens de esquerda que gostam de falar sobre história' e explicam que decidiram destinar parte do preço do percurso a projetos relacionados.
Para ampliar o público, oferecem um tour sobre o movimento operário da capital desde que o Kaiser foi derrubado em 1918 e outro sobre o passado colonial de Berlim que inclui desde o tráfico de escravos em Brandemburgo à história do 'bairro africano'.
Berlim - Berlim registrou no ano passado 11 milhões de turistas atraídos por sua fervilhante vida cultural e as marcas da história, mas cada vez mais iniciativas oferecem percursos fora dos roteiros frequentes.
Uma destas alternativas de turismo pouco convencional é a 'Opendoorsberlin', que permite conhecer como é a vida de um berlinense abrindo as portas de suas casas.
'Nenhum guia pode te mostrar como é viver em Berlim, é uma maneira de conhecer a cidade mais profundamente e de um ponto de vista muito pessoal', explicou à Agência Efe Caroline Dreysel, uma das fundadoras da agência.
Estas visitas, muito populares entre turistas escandinavos, holandeses, coreanos e bávaros, podem acompanhar, por um acréscimo no valor, um jantar oferecido pelos donos da casa.
Há anfitriões de todo tipo entre os lares que podem ser visitados, desde famílias, estudantes e casais a mulheres idosas, todos eles 'interessados em conhecer gente nova, de outros países e de mente aberta', explicou.
'Muitos deles cresceram na parte leste de Berlim, quando o muro ainda existia e agora querem compartilhar suas vivências com os turistas que desejam visitá-los', acrescentou.
No lado oposto desta experiência está a iniciativa da associação de serviços sociais 'Gebewo', que decidiu mostrar a realidade das pessoas sem teto em Berlim pela perspectiva de Klaus Seilwinder, um ex-morador de rua de 57 anos.
Através de suas próprias vivências na rua, Seilwinder e o historiador Harald Steinhausen contam a mudança nas condições sociais para sem-teto desde a queda do muro, assim como o trabalho que realizam nos abrigos.
Em busca de conscientizar o visitante, Seilwinder mostra ao longo do percurso como era seu dia a dia nas ruas da capital alemã, onde dormia e como escondia seus poucos pertences no famoso parque Tiergarten.
Através de seus olhos a monumental praça da Gendarmenmarkt é vista por outra perspectiva. Era onde durante 15 horas por dia buscava garrafas nos lixos para conseguir o 'pfand', os centavos que se obtêm ao devolver o casco.
Também com um cenário social, embora de outro ponto de vista, o 'Revolutionary Berlim' decidiu há cinco anos mostrar aos turistas e aos não tão turistas a parte mais 'antissistema' da capital alemã.
Seu tour principal acontece em lembrança do 1º de maio, data histórica na cidade por causa das 'manifestações revolucionárias' realizadas pelo Dia do Trabalho e que, desde 1987, frequentemente terminam com violentos incidentes.
No percurso de três horas pelo bairro de Kreuzberg, palco dos distúrbios, Bill, um guia americano com nome fictício, narra a história destes protestos, das casas ocupadas zona e os problemas da especulação na capital.
Os dois guias que formam o 'Revolutionary Berlim' se autodenominam 'jovens de esquerda que gostam de falar sobre história' e explicam que decidiram destinar parte do preço do percurso a projetos relacionados.
Para ampliar o público, oferecem um tour sobre o movimento operário da capital desde que o Kaiser foi derrubado em 1918 e outro sobre o passado colonial de Berlim que inclui desde o tráfico de escravos em Brandemburgo à história do 'bairro africano'.